quinta-feira, 25 de outubro de 2012


CONHECENDO A CINQUENTA SOMBRAS


-Amanhã. –
Murmuro, despachando Claude Bastille enquanto está de pé na entrada do meu
escritório.

-Golf esta semana, Grey. –Bastille sorri com fácil arrogância, sabendo que sua vitória no
campo de golf é certa.

Olho para ele com a testa franzida, ele se vira e vai. Suas palavras de despedida jogam sal nas
minhas feridas porque a pesar das minhas heroicas tentativas esta manhã no ginásio, meu
treinados pessoal havia chutado meu traseiro. Bastille é o único que pode me derrotar e adora
quer outro pedaço de carne humana no campo de golf. Odeio golf, mas os negócios são
melhores em espaços abertos, tenho que suportar suas lições também, ainda que eu odeie
admitir isso. Bastille de alguma maneira me ajuda a melhorar meu jogo.

Enquanto olho o céu de Seatle, a familiar sensação de cansaço permanece em minha
consciência. Meus dias estão se misturando sem distinção e preciso de alguma coisa para me
divertir. Trabalhei durante todo o final de semana e agora, no constante confinamento do meu
escritório, estou inquieto. Não deveria me sentir desta maneira, não depois de severos
exercícios com Bastille. Mas me sinto.

A triste realidade é que a única coisa que tem meu interesse ultimamente é minha decisão de
enviar dois navios de carga para Sudan. O que lembro, não se supõe que Rose tem que voltar
com os números e a logística. Que diabos a segura? Com a intenção de averiguar o que está
acontecendo, dou uma olhada na minha agenda e alcanço o telefone.

Oh Cristo! Tenho que aguentar uma entrevista com a persistente Senhorita Kavanagh da
revista estudantil WSU. Por que, demônios, aceitei?

Detesto as entrevistas, perguntas vão, mal informadas, idiotas vazias. O telefone toca.

-Sim. –
atendo a Andrea como se ela tivesse a culpa. Pelo menos posso me ocupar com esta
pequena entrevista.

-A Srta. Stele está aqui para vê-lo, Sr Grey

-Steele? Estava esperando a Katherin Kavanagh

-É a Srta. Steele quem está aqui, senhor.

Franzo a testa. Odeio coisas inesperadas.

-Diga que entre. –
Murmuro, sabendo que falo como um adolescente mal humorado, mas sem
que me importe essa merda.

Bom, bom... a senhorita Kavanagh não está disponível. Conheço seu pai, o dono de Kavanagh
mídia. Andamos fazendo negócios, parece um operário esperto e uma boa pessoa. Essa
entrevista é um favor para ele, uma vez que quero tirar proveito disso quando for



conveniente. E tenho que admitir que estou vagamente interessado em sua filha, interessado
para ver se a maçã caiu muito longe da árvore.

Um choque na porta me coloca de pé, enquanto um redemoinho de cabelo castanho e longo,
pele pálida e bocas café entra de cabeça em meu escritório. Fecho meus olhos e contenho
minha raiva natural frente a essa falta de jeito enquanto me apresso até a garota que caiu no
chão em cima de suas mãos e joelhos. Segurando seus finos ombros, a ajudo a ficar de pé.

Claros, brilhantes e desculposos olhos de cor azul enconstram os meus, colocando fim às
minhas preocupações. São extraordinários olhos azul claro inocente e,por um dado momento,
acredito que pode ver através de mim. Me sinto... exposto. A ideia é desconsertante. É
pequena, um doce rosto que agora cora, de um inocente rosa pálido. Me pergunto
brevemente se toda sua pele é tão... perfeita, e como ficaria rosa e quente por um açoite.
Foder. Detenho meus pensamentos descarados, assustado pela direção que estão indo. Em
que diabos está pensando, Grey? Esta garota é muito jovem. Ela ofega e quase fecho meus
olhos de novo. Sim, sim menina, é apenas uma beleza superficial. Minha hostilidade vai
embora, admirando o olhar destes grandes olhos azuis.

Hora do show Grey. Vamos nos divertir.

-Senhorita Kavanagh. –
digo estendendo uma mao de largos dedos em quanto me coloco
direito de pé. –
Sou Christian Grey. Está tudo bem? Quer se sentar?

E aí ela está corando de novo. E de novo, a analiso. É muito atraente, de uma maneira
estranha, pequena, pálida, com um cabelo marrom apenas segurado por um elástico em um rabo de cavalo. Uma morena. Sim, é atraente. Estendendo minha Mao, e ela gagueja o começo
de uma desculpa enquanto coloca sua pequena mão na minha, sua pele está tão fria e suave,
mas seu aperto de mãos é surpreendentemente firme.

-A senhorita Kavanagh está indisposta, assim ela me enviou. Espero que não se importe, Sr.
Grey. –
sua voz é calma com uma provisória musicalidade, e pisca de forma irregular, largos
cílios envolvendo estes grandes olhos azuis.

Incapaz de manter a diversão em minha voz enquanto me lembro sua nada elegante entrada
em meu escritório, pergunto quem é.

-Anastasia Steele. Estudo literatura inglesa com Kate... dgo... Katherine... bom... A senhoria
Kavanagh, em Washington.

Uma garota nervosa, do tipo tímida, apaixonada pelos livros, han? É o que parece.
Terrivelmente vestida, escondendo seu pequeno corpo embaixo de um suéter sem forma e
uma saia reta de cor café. Cristo. Não tem nenhuma noção de moda? Olha nervosa ao redor do
meu escritório, por todos os lados, menos para mim, olho para ela com divertida ironia.

Como essa garota pode ser jornalista? Não tem sequer um osso firme em seu corpo. É toca
encantadoramente nervosa, mansa, suave... Submissa. Balanço minha cabeça, assustado pela
direção que meus inapropriados pensamentos estão tomando. Murmurando por educação,



peço que sente, logo percebo sua perspicaz avaliação pelas pinturas do meu escritório. Antes
que eu possa me deter, me vejo lhe explicando.

-Um artista local. Trouton.

-São muito bonitos. Elevam o ordinário a categoria de extraordinário. – diz sonhadoramente,
perdida no esquisito e fino das minhas pinturas. Seu perfil é delicado, nariz arrebitado, lábios
suaves e carnudos, e em suas palavras estão refletidos meus pensamentos. O ordinário a
categoria do extraordinário. É uma observação inteligente. A Srta. Stelle é brilhante.

Murmuro concordando e vejo o vermelho aparecer lentamente de novo em sua pele.
Enquanto me sento em frente a ela, trato de reprimir meus pensamentos.

Procura uma amassada folha de papel e um gravador em seu bolso. Um gravador? Isso não
funciona com fita para VHS? Cristo... é toda desajeitada, deixando a maldita coisa cair duas
vezes em minha mesa para café Bauhaus. Obviamente nunca fez isto antes, mas por alguma
razão que não entendo, acho divertido. Normalmente esse tipo desajeitado me irrita até a
merda, mas agora escondo meu sorriso atrás do meu dedo indicador e resisto a necessidade
de arrumar para ela.

Enquanto fica mais nervosa, me ocorre que eu poderia melhorar a velocidade de seus
movimentos com um chicote. Habilmente utilizado pode fazer com que os mais assustados se
ajoelhem. A ideia errada faz com que eu me mova em minha cadeira. Ela me olha de lado e
morde seu lábio inferior. Que se foda. Como não notei essa boca antes?

-De...Desculpa. Não sei mexer nisso.

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diz em voz baixa.

Sorte? Um calafrio de novo corre por mim. Sorte? No há nem uma merda de sorte em volta
disso, Srta Steele. Permanece humilde e tranquila, mas esta pergunta Nunca ninguém me
perguntou se tive sorte. Trabalho duro, sobre as pesoas que trabalho pra mim, vigio de perto,
trato de adivinhar se algo falta, e se não estão a altura, demito sem piedade. Isso é o que eu
faço, e faço bem. Não tem nada a ver com sorte! Bela merda. Mostrando meu conhecimento,
cito as palavras do meu empresário americano favorito.

-Você parece um maníaco por controle. –
disse, e está perfeitamente séria.

Que demônios?

Talvez estes simples olhos podem ver através de mim. Controle é meu segundo nome.

A fulmino com o olhar.

-Oh, bom, eu controlo tudo, senhorita Steele –
e eu gostaria de exercê-lo sobre você, aqui e
agora.

Seus olhos se abrem mais. Este atrativo corar se estende pelo seu rosto mais uma vez e morde
de novo seu lábio. Desvio, tratando de tirar minha concentração de sua boca.

-Além do mais, você mesmo disse, em seu intimo, que nasceu para exercer o controle e isso
lhe concede um imenso poder. -Sente que possui um imenso poder? –
pergunta em um tom suave, mas levanta um pouco a
sobrancelha, revelando a censura em seus olhos. Minha raiva cresce. Está deliberadamente
tentando me estimular? São suas perguntas, suas atitudes ou o fato de que a acha atraente o
que me embebeda?

-Tenho mais de quarenta mil empregados, senhorita Steele. Isso me dá um certo sentido de
responsabilidade... poder, se assim prefere. Se eu disser que não me interesso mais pelo
negócio de telecomunicações e vendesse tudo, vinte mil pessoas passariam apuros para pagar
a hipoteca em pouco mais de um mês.

Sua boca cai abeta. Assim eu gosto mais. Bingo, senhorita Steele! Sinto meu equilíbrio voltar.

-Não tem uma diretoria para a qual responder?

-Sou sono da minha companhia. Não respondo a uma diretoria. –
respondo bruscamente.
Deveria saber disso. Levanto uma sobrancelha questionando.

-E tem algum outro interesse além do trabalho? –
continua rapidamente, corretamente
medindo minha reação. Sabe que estou nervoso e por alguma inexplicável razão, isso mexe
comigo.

-Meus interesses são muito diversos, Srta. Steele. Muito diversos. –
sorrio

Imagens dela em uma variedade de posições no meu quarto de jogos passam pela minha
mente: acorrentada na cruz, braços e pernas estendidos no poste, estendida sobre o banco de
açoites. Fodendo, inferno! Até onde isso vai? E está aqui, corando de novo. É como um
mecanismo de defesa. Calma Grey.

-Mas se trabalha tão duro, o que faz para relaxar?

-Relaxar? –
Sorrio, essas palavras saindo de sua boca inteligente soam estranhas. Além do
mais, quanto tempo tenho para ficar tranquilo? Não tem ideia de quantas companhias eu
controlo? Mas me olha com estes ingênuos olhos azuis, e para minha surpresa me encontro
considerando sua pergunta. O que faço para me acalmar? Navegar, voar, corre... provas os
limites de pequenas mulheres com o cabelo marrom como ela, e levá-las ao inferno... O
pensamento faz com que eu me mova na cadeira, mas respondo suavemente, omitindo
minhas duas atividades favoritas.

-Investe na fabricação. Por que, especificamente?

Sua pergunta me arrasta rudemente para o presente.

-Eu gosto de construir coisas Eu gosto de saber como funcionam as coisas, o que as
movimenta, como construir e desconstruí-las. Adoro os barcos. O que posso dizer? –
Eles
distribuem comida ao redor do planeta... tomando os bens de quem tem, para quem não tem
e assim outra vez. O que eu não deveria gostar?

-Isso soa como um coração falando, em faz da lógica e dos negócios.



Coração? Eu? Oh no, baby. Meu coração foi atacado selvagemmente muito antes do
reconhecimento, faz muito tempo.

-Possivelmente, ainda que muita gente diga que não tenho coração.

-Por que diriam isto?

-Porque me conhecem bem. – Lhe dou um pequeno sorriso irônico. Na verdade, ninguém me
conhece tão bem, talvez Elena. Me pergunto o que faria Srta Steele. A garota é um monte de
contradições: tímida, inquieta, obviamente brilhante e excitante como o inferno. Sim, está
bem, admito. Ela é uma pequena presa atraente.

Faz a seguinte pergunta de memória

-Seus amigos diriam que é fácil te conhecer?

-Sou uma pessoa muito reservada, Srta Steele. Faço muitas coisas para proteger minha
privacidade. Normalmente não dou entrevistas. – fazendo o que faço, vivendo a vida que
escolhi, necessito da minha privacidade.

-Por que aceitou dar esta?

-Porque sou benfeitor da univerdade, e depois de tantas tentativas, não podia desfazer da
Srta. Kavanagh. Ela insistiu e insistiu e o pessoal de RP aceitou. E admiro essa insistência. – Mas
me alegro de que seja você quem veio, não ela.

-Também investe em tecnologia da agricultura. Por que está interessado nessa área?

-Porque não podemos comer dinheiro, Srta. Steele, e há muitas pessoas neste planeta que
não tem o suficiente para comer. – Olho para ela, com o rosto impassível.
 -Isso soa muito filantrópico. É algo que sente necessidade? Alimentar os pobres do mundo? –
me considera com uma expressão excêntrica como se fosse uma espécie de estranho para ela,
mas não há maneira de querer me olhar com estes grandes olhos azuis, não dentro da minha
alma escura. Isto não é uma área aberta a discussão. Nunca.

-É um negócio bom. – me encolho, fingindo aborrecimento, e imagino morder essa sua boca
inteligente para me distrair de todos os pensamentos sobre a fome. Sim, essa boca necessita
de educação. Agora este pensamento está aparecendo e me deixo imaginar sobre seus joelhos
a minha frente.

-Tem uma filosofia? Si sim, qual é? – pergunta de cabeça, outra vez.

-Não tenho uma filosofia. Talvez um principio que me guia, Carnegie: “Um homem que
adquire a capacidade de tomar plena decisão de sua própria mente, pode possuir qualquer

coisa sobre o que tem direito”. Sou muito singular. Eu gosto do controle... de mim mesmo e

dos que estão ao meu redor.

-Então, quer possuir as coisas? – seus olhos crescem

Sim, baby. Você, em primeiro lugar.



-Quero merecer possui-las, mas sim, essencialmente quer.

-Soa como um consumidor compulsivo. –
sua voz tem um tom de desaprovação, me
enfurecendo de novo. Soa como uma garota rica, que teve tudo o que queria, mas quando
olho a sua roupa, está vestida pelo Walmart. Não cresceu em uma família rica.

Realmente, poderia cuidar dela.

Merda. De onde merda vem isso? Ainda que agora considero, necessito uma nova Sub.
Passaram o que, dois meses desde Susannah? E aqui estou, salivando por uma garota de
cabelo marrom. Tento um sorriso e estou de acordo com ela. Nada mal com o consumismo...
Depois de tudo, faço o que quero com a economia americada.

-Foi adotado. Quanto acha que isso formou quem você é hoje?

Que merda tem a ver isso com o preço do azeite? Franzo a testa. Que pergunta ridícula. Se eu
tivesse ficado com a puta viciada em crack, provavelmente estaria morto. A deixo esperando
por uma resposta, tratando de manter o nível da minha voz, mas ela me empurra, exigindo
saber quantos anos tinha quando fui adotado. Caralho, Grey.

-Isto é material público, Srta. Steele. –
minha voz é áspera. Ela deveria saber essa merda.
Agora parece arrependida. Bom.

-Teve que sacrificar sua vida família pelo trabalho.

-Isso não é uma pergunta. –
cuspo.

Gagueja de novo e morde o maldito lábio. Mas tem a graça de desculpar-se.

-Teve que sacrificar uma vida familiar pelo seu trabalho?

O que eu quero com uma família de merda?

-Tenho uma família. Tenho um irmão, uma irmã e pais carinhosos. Não estou interessado em
ampliar minha família.

-Você é gay, Sr Grey?

Que merda. Não posso acreditar que ela tenha dito isso em voz alta. A pergunta não
pronunciada que minha própria família não se atreve a perguntar, para o meu sossego. Como
ela se atreve!? Tenho que lutar contra o impulso de arrastá-la de sua cadeira, incliná-la sobre
os joelhos e açoitá-la até tirar toda merda dela, e depois fodê-la em meu escritório, com suas
mãos amarradas com força atrás de suas costas. Isso responderia sua pergunta. Quão
frustrante é essa mulher? Respiro profundamente e me tranquilizo. Para meu prazer vingativo,
ela parece muito envergonhada por sua própria pergunta.

-Não, Anastasia, não sou. –
levanto minhas sobrancelhas, mas mantenho minha expressão
impassível. Anastasia. É um nome encantador. Eu gosto da forma que minha língua o envolve.

-Desculpa. Está, hum.. escrito aqui. –
nervosa, coloca seu cabelo atrás da orelha.
 Não conhece as próprias perguntas. Talvez não sejam dela. Pergunto e ela fica pálida. Merda,
ela é realmente atraente, de uma forma, de uma forma sobrenatural. Eu até diria que é bonita.
-Er... não... Kate... A srta. Kavanagh... Ela fez as perguntas.
-São colegas do jornal estudantil?


-Não, moramos juntas.
Não me assusto que esteja em todas as partes. Passo a mão em minha barba, pensando se lhe
darei um mal momento.


-Se ofereceu para fazer esta entrevista? –
pergunto e sou recompensado com seu olhar de
submissa: olhos grandes, nervosos pela minha reação. Eu gosto do efeito que tenho sobre ela.
-Me obrigou. Ela não está bem. –
disse suavemente
-Isso explica muitas coisas.
Batem na porta e Andrea aparece.
-Sr Grey, me desculpe por interromper, mas sua próxima reunião é em dois minutos.


-Não terminamos aqui, Andrea. Por favor, cancele.
Andrea assente, me olhando boquiaberta. Olho para ela. Fora! Agora! Estou ocupado com a
pequena Srta Steele aqui. Andrea se assusta, mas logo se recupera.


-Muito bem, Sr Grey. –
diz, e girando sobre seus saltos, nos deixa.
Volto minha atenção de novo para a intrigante e frustrante criatura em meu sofá.
-Onde estávamos, Sehorita Steele?
-Por favor, não me deixe interromper nada.
Oh não, baby. É minha vez agora. Quero saber se há algum segredo para descobrir por trás


destes lindos olhos.
-Quero saber de você. Acho que é justo... –
Enquanto me inclino para trás e pressiono meus
dedos contra meus lábios, seus olhos se movem rápido até minha boca, e respira. Oh, sim... o


efeito normal. E é gratificante saber que não é completamente inconsciente dos meus
encantos.
-Não há muito o que saber. –
diz, voltando a corar. Estou a intimidando. Bom.
-Quais são seus planos para depois da formatura?
Ela se encolhe.
-Não fiz nenhum plano, Sr Grey. Só preciso passar nos exames finais.




-Temos um excelente programa de estágios aqui. –
Foder. O que me fez dizer isso? Estou
rompendo a regra de ouro: nunca jamais tenha sexo com o pessoal. Mas Grey, não está
transando com esta garota. Ela cora surpresa e seus dentes mordem de novo seu lábio. Por
que isso é tão excitante?

-Oh. Tomarei conta disso. –
murmura. Depois, em ultimo momento diz: -Ainda que estou
certa de que não me encaixo aqui.
Por que diabos não? O que há de errado com a minha companhia?
-Por que diz isso? –
pergunto
-Bom, é óbvio, não?


-Não para mim. –
Sua resposta me confunde.
Está nervosa de novo quando pega o mini gravador. Merda, está indo embora. Mentalmente,
penso em meus horários para esta tarde... não nada que vá me entreter.


-Gostaria que te mostrasse o prédio?
-Estou certa de que está muito ocupado, Sr Grey, e tenho uma longa viagem
-Vai dirigindo até Vancouver? –
olho pela janela. É um inferno de viagem e está chovendo,


mas não posso proibi-la. O pensamento me irrita.
-Bom, melhor dirigir com cuidado. –
Minha voz é mais severa do que pensei.
Ela guarda o gravador. Ela quer sair do meu escritório e, por alguma razão que não posso


explicar, não quero que vá.
-Conseguiu tudo que precisava? –
Pergunto em uma clara tentativa de prolongar sua visita. -Sim, senhor. –
disse lentamente.
Sua resposta me deixa tonto, a forma como soam essas palavras, saindo dessa boca


inteligente, e rapidamente imagino essa boca a minha disposição, e chamando.
-Obriga pela entrevista, Sr Grey.
-O prazer foi meu. –
respondo sinceramente, porque não fico fascinado por alguém há muito


tempo. O pensamento é inquietante.
Ela para e estendo minha mão, impaciente para tocá-la.
-Até a próxima vez que nos encontrarmos de novo, Srta. Steele. –
minha voz é baixa e ela leva


sua pequena mão até a minha. Sim, quero açoitar e foder esta garota em meu quarto de jogos.
Tê-la amarrada e esperando... necessitando-me, confiando em mim. Respiro. Isso não vai
acontecer, Grey.

-Sr Grey. –
Ela assente e tira rápido a mão... muito rápido.



Merda, não posso deixar que vá embora assim. É óbvio que está desesperada para ir. A
irritação e inspiração me golpeiam simultaneamente quando a vejo porta a fora.
-Só me assegurando que passe pela porta, Srta Steele
Ela corta saindo, sua deliciosa bochecha rosada.


-Muita consideração sua, Sr Grey – sorri
A senhorita Steele tem dentes! Sorrio por trás dela quando sai e a sigo em sua caminhada.
Tanto Andrea quando Olivia levantam o olhar com surpresa. Sim, sim. Só estou vendo esta
garota ir embora.


-Trouxe uma jaqueta? – pergunto
-Sim
Franzo a testa para Olivia, que imediatamente salta para pegar a jaqueta. Segurando-o, olho


para que ela saia. Jesus, Olivia é chata... girando ao meu redor o tempo todo.
Hmm. A jaqueta é do Walmart. A senhorita Anastasia deveria estar melhor vestida.
O seguro para ela e coloco sobre seus pequenos ombros, toco a pele de sua nuca. Ela fica


quieta diante do contato e empalidece. Sim! Ela está afetada por mim. Saber disso é
imensamente agradável. Caminhando até o elevador, pressiono o botão para chamá-lo
enquanto ela está parada, inquieta ao meu lado.

Oh, eu posso acalmar seus nevos, baby.
A porta se abre e ela se joga lá dentro, logo se vira para me enfrentar.
-Anastasia – murmuro, dizendo adeus
-Christian. – sussurra ela. E as portas do elevador se fecham, deixando meu nome solto no ar,


som estranho, desconhecido, mas atraente como o inferno.


Bom, foda-se. O que foi isso?

Preciso saber mais sobre esta garota.


-Andrea. – falo enquanto caminho de volta para o escritório. – Coloque-me em ligação com
Welch, agora.
Enquanto me sento no escritório e espero a chama, olho as pinturas na parede e as palavras da


Srta Steele voltam para mim “Elevando o ordinário ao extraordinário”. Facilmente poderi.
estar descrevendo a si mesmo.
Meu telefone vibra.
-Estou com Welch na linha para você.
-Passe
 -Sim, senhor
-Welch, preciso de uma investigação a fundo.


Sábado, 14 de Maio, 2011
Anastasia Rose Steele
Nascimento: 10 de setembro, 1989, Montesano, WA
Endereço: 1114 SW Green Street, Apartamento 7
Haven HeightsVancouverWA 98888
Telefone Celular: 360 959 4352
Número do seguro social: 987-65-4320
Detalhes Bancários: Banco Wells Fargo, Vancouver, WA 98888
Conta número: 309361: $ 683,16
Ocupação: Estudante não graduada
WSU Universidade de Artes Literais de Vancouver
Estudante de inglês
Media de classificação: 4.0
Contagem SAT: 2150
Emprego: Ferragens Clayton
NW Vancouver Drive, Portland, OR (Meio turno)
Pai: Franklin A. Lambert
Nascimento: 1 de setembro, 1969. Falecido em 11 de setembro, 1989
Mãe: Carla May Wilks Adams
Nascimento: 18 de Julho, 1970
Marido: Frank Lambert
1 de Março, 1989. Enviuvada 11 de setembro, 1989
Marido: Raymond Steele




6 de junho, 1990. Divorciada 12 de julho 2006
Marido: Stephen M. Morton
16 de agosto, 2006, divorciada 31 de janeiro 2007
Marido: Robbin (Bob) Adams
6 de abril 2009
Preferências Políticas: Nenhuma encontrada.
Preferência Religiosa: Nenhuma Encontrada
Orientação sexual: desconhecida.
Relações: nenhuma indicada até o momento.
Leio concentrado o resumo executivo pela centésima vez desde que o recebi há dois dias,

buscando algum entendimento sobre a enigmática Senhorita Anastasia Rose Steele. Não
consigo tirar da cabeça essa maldita mulher, e de verdade está começando a me incomodar.
Esta ultima semana, durante reuniões particularmente chatas, me encontrei repetindo a
entrevista em minha cabeça. Seus dedos atrapalhados no gravador, a forma que colocava o
cabelo atrás da orelha, como mordia o lábio. Esse morder o lábio me pega o tempo todo.

E agora, estou aqui, estacionado na porta do Clayton, a modesta casa de ferragens por
Portland, onde ela trabalha.

É idiota, Grey?Por que está aqui?

Sabia que chegaria nisto. Toda a semana... sabia que tinha que vê-la de novo. E sabia desde
que pronunciou meu nome no elevador e desapareceu nas profundidades do meu edifício.
Tentei resistir. Esperei cinco dias, cinco difíceis dias para ver se poderia esquecê-la.

E não sou o tipo que espera, odeio esperar... por qualquer coisa. Nunca persegui ativamente
uma mulher antes. As mulheres que se estendiam e faziam o que eu esperava delas. Meu
medo agora é que a Senhorita Steele seja muito jovem e que não esteja interessada no que
tenho para oferecer... ou sim? Será, ocultamente, uma boa submissa?

Balanço a cabeça.Só há uma maneira de descobrir... assim que estou aqui, como um maldito
idiota, sentado em um estacionamento suburbano em uma deprimente parte de Portland.

Seu registro de antecedentes não produziu nada marcante, exceto a última parte, que ainda
está guardada na minha mente. É o motivo de eu estar aqui. Por que sem namorado, Srta
Steele? Orientação sexual desconhecida, talvez é lésbica. Bufo, pensando que é pouco
provável. Me lembro da pergunta que fiz durante a entrevista, sua verdadeira vergonha, a
forma que sua pele se transformou em um rosa pálido...

Merda. Estou sofrendo com estes ridículos pensamentos desde que a vi.

É por isso que está aqui.



Quero vê-la de novo, aqueles olhos azuis que me perseguiram, até em meus sonhos. Não sei se
mencionei a Flynn, e fico feliz porque agora estou me comportando como um verdadeiro
perseguidor. Talvez deveria lhe dizer. Fecho os olhos, não o quero me acusando sobre sua
ultima merda baseada na solução. Só preciso de uma distração... e justo agora, a única
distração que quero está trabalhando como atendente em uma loja de feragens.

Veio até aqui. Vejamos se a pequena Senhorita Steele é tão atraente como se lembra.

Hora do espetáculo, Grey. Saio do carro e caminho pelo estacionamento até a porta principal.
A campainha toca e sai uma pequena nota eletrônica enquanto saio.

A loja é muito maior do que parece de fora, e mesmo sendo quase hora do almoço, o lugar
está tranquilo, para um sábado.

Há corredores e corredores do normal que esperaria. Eu havia me esquecido de todas as
possibilidades que uma loja de ferragens poderia presentear a alguém como eu. Normalmente
compro minhas necessidades online, mas já que estou aqui, talvez encontre alguns itens...
Velcro, aros metálicos... sim. Encontrarei a deliciosa Srta. Steele e me divertirei um pouco.

Gasto três segundo para encontrá-la.

Está encurvada sobre o monitor,olhando fixamente para a tela do computador e comendo seu
almoço... um bagel. Sem pensar, limpa uma migalha do canto do lábio e mete a boca, e lambe

o dedo. Meu corpo se retorce em resposta.
Foder! Quantos anos tenho? Quatorze? Minha reação me condena irritantemente. Talvez essa resposta adolescente vai sumir se eu a pego, fodo e açoito... e não necessariamente nesta
ordem. Sim. Isso é o que necesito.

Está completamente concentrada em sua tarefa, e isso me dá a oportunidade de estudá-la.
Deixando de lado os pensamentos sexuais, ela é atraente, verdadeiramente atraente.

Eu me lembro bem dela.

Levanta o olhar e congela, me imobilizando com inteligentes e exigentes olhos, os mais azuis
dos azuis que parecem ver através de mim. É tão enervante como a primeira vez que a vi. Ela
só me olha, surpreendida, acredito, e não sei se isso é uma boa ou má resposta.

-Srta Steele, que surpresa agradável.

-Sr Grey. –
sussurra, observando, nervosa. Ah... uma boa resposta.

-Estava pela área. Preciso reabastecer algumas coisas. É um prazer te ver de novo, Srta Steele.

um verdadeiro prazer. Está vestida com uma camiseta apertada e jeans, não a merda sem
forma que estava usando na semana anterior. Tem pernas grandes, cintura pequena e peitos
perfeitos. Continua boquiaberta, e tenho que resistir a vontade de fechar sua boca. Voou de
Seatle só para vê-la, e a forma que a vejo agora mesmo, valeu a pena a viagem.


-Ana. Meu nome é Ana. Em que posso ajudá-lo, Sr Grey? –
toma um profundo ar, endireita os
ombros como fez na entrevista, e me dá um falso sorriso que estou seguro que reserva só para
os clientes.

Que comece o jogo, Senhorita Steele.

-Há algumas coisas que preciso. Para começar, gostaria de umas braçadeiras.

Seus lábios se separam quando respira profundamente.

Estaria surpresa com o que posso fazer com algumas braçadeiras, Senhorita Steele.

-Temos de vários tamanhos. Quer que te mostre?

-Por favor. Me leve, Srta Steele

Sai detrás do balcão e faz um gesto até um dos corredores. Está usando tênis. Ociosamente me
pergunto como ficaria com saltos super altos. Saltos.... nada mais que saltos.

-Estão no corredor de elétricos, corredor oito. –
sua voz fraqueja enquanto gagueja... de novo.

Está afetada por mim. A esperança cresce no meu peito. Não é lésbica, então. Sorrio com
orgulho.

-Depois de você –
murmuro, sinalizando com minha mão para que ela guie o caminho.
Deixando que ela caminhe na frente, tenho espaço e tempo para admirar sua fantástica
bunda. Realmente é o pacote completo: doce, cortês e bonita com todos os atributos físicos
que valorizo em uma submissa. Mas a pergunta de um milhão de dólares é: ela poderia ser
uma submissa? Provavelmente não sabe nada deste estilo de vida, meu estilo de vida, mas
quero muito introduzi-la a ele. Está indo muito alem de você mesmo com isso, Grey.

-Está em Portland a negócios? –
pergunta, interrompendo meus pensamentos. Sua voz é alta,
tentando fingir desinteresse. Aquilo me faz rir, o que é bom. As mulheres raramente me fazem
rir.

-Estava visitando a divisão da WSU. Tem base em Vancouver. –
minto. De verdade, estou aqui
para vê-la, Senhorita Steele. Ela cora, e me sinto como um merda. –
Atualmente estou
financiando algumas investigações sobre o gado e o solo. –
Isso, pelo menos, é verdade.

-Tudo parte do seu plano para alimentar o mundo? –
seus lábios se abrem em um pequeno
sorriso.

-Algo assim. –
murmuro. Está rindo de mim? Oh, me deixaria muito feliz deter isso que está
fazendo. Mas, como começar? Quem sabe com um jantar, é mais que a entrevista casual...
Agora, isso seria uma novidade: levar um projeto para jantar.

Chegamos nas braçadeiras, que estão organizadas um a um por vários tamanhos e cores.
Distraidamente, meus dedos passam por elas.

Poderia simplesmente convidá-la para sair. Mas como no trabalho?
 Ela iria? Quando a olho, está olhando seus dedos pequenos. Não pode me olhar... isso é
promissor. Escolho as maiores amarras. São mais flexíveis, além disso, podem segurar dois
tornozelos e duas mãos de uma vez.

-Estas vão servir –
murmuro, e ela cora de novo.

-Mais alguma coisa? –
diz rapidamente. Ou está sendo super atenciosa ou quer que eu vá
embora da loja, não sei qual dos dois.
-Gostaria de uma fita
-Está redecorando?
Bufo, sem que ela perceba.
-Não, não estou redecorando. –
Eu não seguro um pincel por muito tempo. O pensamento me


faz sorrir, tenho gente que faz toda essa merda.
-Por aqui –
murmura, parecendo chateada. –
a fita de amarrar está no corredor de decoração


Vamos, Grey. Não tem muito tempo. Converse sobre algo com ela.

-Trabalha aqui há muito tempo? –
Claro, eu sei a resposta.

Diferente de algumas pessoas, eu faço minha investigação. Ela cora mais uma vez. Cristo, esta
garota é tímida. Não tenho uma maldita esperança. Ela se vira rapidamente e caminha pelo
corredor até a seção descrita como DECORAÇÃO. A sigo silenciosamente. Sou o que? Um
cachorrinho condenado?

-Quatro anos. –
murmura quando chegamos nas fitas. Se abaixa e pega dois rolos, de
diferentes tamanhos.

-Pegarei esta. –
digo. A fita mais larga é mais efetiva como mordaça. Quando me entrega, as
pontas de nossos dedos se tocam, rapidamente. Aquilo ressoa em minha virilha.

Foder!

Ela empalidece.
-Mais alguma coisa? –
sua voz é suave e rouca.
Cristo, estou tendo o mesmo efeito nela que ela tem em mim. Talvez...
-Uma corda, eu acho
-Por aqui. –
rapidamente sai do corredor, me dando outra oportunidade de apreciar sua


preciosa bunda.
-De que tipo procura? Temos corda sintética e natural, de filamento... trançada... corda
plástica Merda. Pare. Grito internamente, tentando esquecer a imagem dela suspensa no teto da


minha sala de jogos.
-Vou levar quatro metros e meio a corda natural de filamento, por favor. –
é mais grossa e
alarga se você luta contra elas... minha corda preferida.


Um tremor se desliza por seus dedos, mas eficientemente mede os quatro metros e meio.
Tirando um estilete do seu bolso direito, corta a corda com um gesto suave, a enrola
cuidadosamente e a prende com um nó corrediço. Impressionante.

-Foi uma garota exploradora?

-As atividades em grupos organizados não são realmente minha praia, Sr. Grey.

-Qual é sua praia, Anastasia? –
Encontro seu olhar e sua pupila se dilata enquanto a olho


fixamente. Sim!
-Os livros. –
sussurra
-Que tipo de livros?
-Ah, você sabe. O normal. Os clássicos. Literatura britânica, na maior parte.
Literatura britânica? Bronte e Austen, aposto. Todas estas coisas românticas de corações e


flores.


Porra. Isso não é bom.

-Precisa de mais alguma coisa?
-Não sei. O que sugere?
Quero ver sua reação.
-Para um trabalho manual? –
pergunta, surpresa
Quero dar gargalhadas. Oh, baby, trabalho manual não é minha praia. Faço que sim, sufocando


meu sorriso. Seus olhos passam pelo corpo e fico tenso. Está me analisando. Me foda.
-Macacões –
solta.
Faz gestos apontando para o meu jeans, ficando envergonhada de novo.
Não posso resistir.
-Sempre podemos lavá-los
-Hum. –
cora e olha para o chão
-Vou levar alguns macacões. Os céus não permitam que eu arruíne minha roupa. –
murmuro


para tirá-la da vergonha. Sem uma palavra, ela se vira e caminha com barulho pelo piso e mais


uma vez a sigo com sua tentadora caminhada.



-Precisa de mais alguma coisa? –
diz sem respirar, me passando um par de macacões azuis.
Está parada, seus olhos para baixo, o rosto corado.
Cristo, ela me faz sentir coisas.
-Como vai o artigo? –
pergunto com a esperança de que ela relaxe um pouco.


Levanta o olhar e me dá um breve sorriso de alivio. Finalmente.
-Não vou escrevê-lo. Katherine quem vai fazê-lo. A Senhorita Kavanagh. Minha companheira
de apartamento, ela é a escritora. Está muito feliz por estar fazendo isso. É a editora da revista
e está muito mal por não ter podido fazer a entrevista pessoalmente.


É a frase mais longa que me disse desde que nos vimos pela primeira vez, e está falando de
mais alguém, não dela mesma. Interessante.
Antes que eu possa comentar, ela acrescenta:


-Sua única preocupação é não ter fotografias originais suas.
A tenaz senhorita Kavanagh quer fotografias. Coisas de publicidade, han? Posso fazer isto. Me
permitirá passar um tempo a mais com a deliciosa Senhorita Steele.


-Que tipo de fotografia ela quer?
Ela me olha por um momento, logo balança a cabeça.
-Bom, estou por aqui. Talvez amanhã... –
Posso ficar em Portland. Trabalhando do hotel. Um


quarto no Heathman, talvez. Vou precisar que Taylor venha, que traga meu computador e
roupas. Ou Elliot... a menos que esteja viajando, o que é normal em seu final de semana.
-Estaria disposto a fazer uma sessão de fotos?
 Ela não pode conter a surpresa.
Lhe dou um breve assentimento. Estaria surpresa com o que eu faria para passar mais tempo
contigo, Senhorita Steele. Na verdade, até eu estou.


-Kate vai ficar muito feliz, se conseguirmos um fotógrafo
Sorri e seu rosto se ilumina como um amanhecer de verão. Cristo, é impressionante.
-Me avise amanha. –
Tiro um cartão da minha carteira. –
Tem meu número de celular ai.


Preciso que me ligue antes das dez da manhã.


E se não o fizer, vou voltar para Seatle e esquecer tudo sobre esta estúpida aventura. O
pensamento me deprime.
-De acordo. –
Continua sorrindo.




-Ana! –
ambos olhamos quando um homem jovem, casual, mas elegantemente vestido,
aparece ao fim do corredor. É todo sorrisos para a Senhorita Steele. Quem demônios é este
babaca?

-Er, desculpe-me por um momento, Sr Grey

Caminha até ele e o maldito a engole em um abraço de gorila. Meu sangue se esfria. É uma
resposta primitiva. Tire suas malditas mãos dela. Aperto minhas mãos e fico ligeiramente
calmo quando vejo que ela não faz nenhum momento para devolvê-lo o abraço.

Conversam sussurrando. Merda, talvez os dados de Welch estejam errados. Talvez este cara
seja seu namorado. Parece de uma boa idade, e não tira seus abusados olhos dela. A segura
por um momento, na altura do braço, examinando, e logo para com o braço descansando em
seu ombro. É um gesto aparentemente casual, mas sei que está tomando partido. Ela parece
envergonhada, se mexendo de um pé para o outro.

Merda. Eu deveria ir embora. Logo ela diz alguma coisa e anda para fora de seu alcance,
tocando seu braço, não sua mão. Está claro que não são namorados.

Bom.

-Er... Paul, este é Christian Grey. Sr Grey, este é Paul Clayton. Seu irmão é dono deste lugar.

Ela me olha de um jeito diferente que não entende, e continua. –
Conheço Paul desde que
trabalho aqui, mesmo que não nos vejamos sempre. Ele voltou de Princeton, onde estuda
administração de empresas.

O irmão do chefe, não um namorado. O grande alivio que sinto é inesperado, e isso me faz
franzir a testa. Essa mulher, de verdade, está embaixo da minha pele.

-Sr. Clayton. –
Meu tom é deliberadamente cortante

-Sr. Grey. –
Aperta minha mão rapidamente. Um idiota. –
Espera... Não é Christian Grey? Da
Grey Enterprises Holdings? –
Em uma batida de coração, vejo ele passar de dono para
empregado.

Sim, este sou eu, babaca.

-Uau.... Há algo que eu possa lhe oferecer?
-Anastasia me ajudou, Sr Clayton. Ela foi muito atenciosa. –
Agora, vá se foder.
-Excelente. –
disse de forma respeitosa, seus olhos arregalados. –
Te vejo mais tarde, Ana.
-Claro, Paul. –
diz ela, e ele sai com pressa, graças a Deus. O vejo desaparecer pela parte de


trás da loja. –
Algo mais Sr Grey?
-Só estas coisas. –
murmuro. Merda, não tenho tempo, e não sei se vou vê-la de novo. Tenho
que saber se há um inferno de esperança que ela considere o que tenho em mente.
 Como a pergunto? Estou pronto para ter uma nova submissa, uma que não sabe nada? Merda.
Ela vai precisar de um treinamento pesado. Resmungo internamente diante de todas as
possibilidades interessantes que isto me apresenta... que se foda, isso vai ser meio divertido.
Estará, de alguma forma, interessada? Ou estou entendendo tudo errado?

Ela vai para o caixa e registra minha comprar, enquanto mantém seu olhar baixo. Me olhe!
Maldita seja! Quero ver seus lindos olhos azuis de novo e calcular o que está pensando.
Finalmente ela levanta a cabeça.
-São quarenta e três dólares, por favor.


Isso é tudo?
-Gostaria de uma sacola? –
perguntando, levantando de modo tranquilo enquanto lhe entrego
meu Amex.


-Por favor, Anastasia. –
Seu nome, um lindo nome para uma linda garota, se desenrola em
minha língua.
Ela coloca os produtos rápida e eficientemente na sacola. Isso é tudo. Tenho que ir.
-Me ligará se quiser que eu faça a sessão de fotos?


Ela assente enquanto me devolve meu cartão de crédito.
-Bom, então até amanhã, quem sabe. –
não posso simplesmente ir. Tenho que fazê-la ver que
estou interessado. –
Oh, e Anastasia? Fico muito feliz de que a Senhorita Kavanagh não tenha
podido ir a entrevista. –
Deitando-me em sua expressão surpresa, coloco a sacola sobre meu
ombro e caminho para fora da loja.


Sim, contra todo meu juízo, a desejo.
Agora tenho que esperar... Maldita seja, esperar... de novo.