quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Capítulo 24

“Por mais que eu gostaria de beija-a o dia todo, seu café da
manha está esfriando”, Christian murmura próximo aos meus

lábios. Ele olha fixamente para mim, divertido, exceto seus
olhos que estão escuros, sensual. Puta merda ele está ligado
novamente, Sr. Mercúrio.

“Coma”. Ele ordena, sua voz esta macia, eu engulo em uma

reação a seu olhar que arde em chamas, eu rastejo de volta
para a cama evitando movimentos bruscos na minha linha IV.
Ele empurra a bandeja na minha frente. A aveia está fria, mas
as panquecas com a cobertura estão boas – na verdade,
estão de dar água na boca.
“Você sabe” eu murmuro entre as garfadas. “Blip pode ser
uma menina”.
Christian passa a mão entre os cabelos. “Duas mulheres
heim?” O olhar alarmado em seu rosto e seus olhos escuros

desaparecem.

Oh merda, “Você tem uma preferência?”
“Preferência?”.
“Menino ou menina?”.
Ele franze a testa. “Que seja saudável”, ele diz calma e
claramente desconcertado pela pergunta. “Coma” ele


repreende, e eu se que ele está tentando mudar de assunto.

“Estou comento, estou comento...caramba, continue com seus
cabelos Grey” eu observo-o com cuidado. Os cantos de seus
olhos estão enrugados de preocupação. Ele disse que ia
tentar, mas eu ei que ele ainda está apavorado por causa do
bebê. Oh Christian, eu também. Ele senta na poltrona ao meu
lado pegando o Seattle Times.

“Você fez a notícia novamente Sra. Grey”. Seu tom é amargo.
“Novamente?”
“As colunas estão simplesmente refazendo a história de
ontem, mas parecem em fato, precisas, você quer ler?”
Eu balanço minha cabeça. “Leia para mim, eu estou
comendo”.




Ele ri e segue lendo o artigo em voz alta. É uma reportagem
descrevendo Jack e Elizabeth como Bonnie e Clyde dos dias
modernos. O artigo conta brevemente sobre o sequestro de
Mia, meu envolvimento com seu resgate, e o fato de que nós
dois, Jack e eu, estamos no mesmo hospital. Como a
imprensa consegue todas essas informações? Eu preciso
perguntar para Kate.

Quando Christian termina, eu digo “Por favor leia mas alguma
coisa para mim, eu gosto de te ouvir”.

Ele lê para mim uma reportagem sobre a expansão dos
negócios com cenoura, e algo sobre a Boeing ter cancelado o
lançamento de algum avião. Christian franze a testa enquanto
lê. Mas escutar sua tranquilizante voz enquanto eu como me
assegura que eu estou bem, Mia está segura e meu pequeno
Blip está seguro. Eu sinto um precioso momento de paz
apesar de tudo que tem acontecido nos últimos dias.
Eu entendo que Christian esteja com medo pelo bebê, mas eu
não entendo a profundidade do seu medo. Eu resolvi falar com
ele um pouco mais sobre isso. Ver se eu consigo deixar sua
mente mais a vontade. O que me intriga é que não faltou para
ele modelo positivo de pais. Os dois, Grace e Carrick são pais
exemplares. Ou eles parecem. Talvez foi a puta que interferiu
e danificou ele tanto assim. Eu gostaria de pensar que é isso.
Mas na verdade eu acho que está voltado para sua mãe de
sangue, no entanto eu tenho certeza que a Sra. Robinson
também não ajudou. Eu parei meus pensamentos, tão cedo
quando eu me lembrei de uma conversa sussurrada. Droga!
Isso paira lá no fundo da minha memória, de quando eu
estava inconsciente.
Christina falando com Grace. Isso se derrete através da minha
turva memória. Oh, isso é tão frustrante.
Eu imagino se Christian algum dia vai, por conta própria, a
razão pela qual foi vê-la ou eu vou ter que puxar dele. Eu
estou a ponto de perguntar quando há uma batida na porta.
 O detetive Clark entra com cara de desculpas na sala, ele está
certo de estar culpado, meu coração afunda quando eu vejo
ele.

“Sr. Grey, Sra. Grey. Estou interrompendo?”
“Sim”. Christian estala.
Clark o ignora “Eu estou feliz por estar acordada Sra. Grey. Eu


preciso fazer a você algumas perguntas sobre quinta a tarde,

só por rotina. Agora é uma hora conveniente?”.
“Claro”, eu balbucio, mas eu não quero reviver os


acontecimentos de quinta.

“Minha esposa deveria estar descansando”. Christian se eriça.
“Eu vou ser breve Sr. Grey, e isso significa que eu vou estar
fora mais cedo do que imagina”.

Christian se levanta e oferece a Clark sua cadeira, e depois se
senta ao meu lado na cama, pega minha mão e segura de
modo reconfortante.
Meia hora depois Clark acabou, eu não tinha visto nada de
novo, mas eu contei a ele os acontecimentos em uma calma e
hesitante voz, vendo Christian ficar pálido e fazer caretas em
algumas partes.

“Eu imaginei que você teria mais objetivos” Christian murmura.
“Eu poderia ter feito se a Sra. Grey quisesse” Clark concorda.

O que?

“Obrigado Sra. Grey. Isso é tudo por agora”
“Você não vai deixar ele livre de novo, vai?”
“Eu não acho que ele vai pagar sua fiança agora Senhora”.
“Nós sabemos quem pagou sua fiança?” Christian pergunta.
“Não senhor, isso era confidencial”.


Christian franze a testa mas eu acho que ele tem suas
suspeitas. Clark se prepara para ir ao mesmo tempo que o Dr.
Singh e dois estagiários entram na sala.
Depois de um exame completo, Dr. Singh declara que eu
estou pronta para ir para casa. Christian parece aliviado.


“Sra. Grey, você vai ter que reparar se houver agravamento na

dor de cabeça ou visão embaçada, se isso ocorrer você

deverá retornar imediatamente”.



Concordo, tentando conter minha alegria de ir para casa.
Enquanto o Dr. Singh sai, Christian pede por uma conversa
rápida no corredor, ele mantém a porta entre aberta enquanto
faz isso. Ele sorri.

“Sim Sr. Grey, está bem”

Ele volta para sala com um sorriso largo parecendo um
homem feliz.

“O que foi tudo isso?”.
“Sexo”. Ele diz exibindo um sorriso perverso.
Eu ruborizo. “E...?”
“Você está pronta para ir”. Ele ri.


Oh Christian.

“Eu tenho dor de cabeça” Eu sorrio de volta.
“Eu sei que você estará fora dos limites por um tempo, eu
estava apenas chegando”.


Fora dos limites? Eu franzo a testa pela facada momentânea
de decepção que eu sinto. Eu não tenho certeza se eu quero
estar fora dos limites.
A enfermeira Nora se junta a nós para remover meu IV. Ela
olha para o Christian. Eu acho que ela é uma das poucas
mulheres que eu conheço que está alheia aos seus encantos.
Eu agradeço-a quando ela sai com meu carrinho IV.

“Devo te levar para casa?” Christian pergunta.
“Eu gostaria de ver Ray primeiro”.
“Claro”
“Ele sabe sobre o bebê?”
“Eu pensei que você gostaria de ser a única a falar para ele,
eu não contei para sua mãe também”.
“Obrigada”. Eu sorrio grata por ele não ter roubado esse


trovão.
 “Minha mãe sabe”. Christian adiciona. “Ela viu a sua tabela, e

disse ao meu pai, mas ninguém mais. Minha mãe disse que o
casal normalmente tem que aguardar por doze semanas ou

algo assim, para ter certeza”. Ele encolhe os ombros.
“Não tenho certeza se estou pronta para contar para Ray”.



“Eu deveria avisa-la, ele está feito louco, ele disse que eu
deveria bater em você”.
O que? Christian rio da minha expressão. “Eu disse a ele que
eu estaria disposto a fazer”.
“Você não fez!” Eu suspiro enquanto o eco de uma conversa

sussurrada atormenta minha memória, sim Ray estava aqui
enquanto eu estava inconsciente...
Ele pisca para mim. “Aqui, Taylor lhe comprou algumas roupas
limpas. Eu vou ajuda-la a se vestir”.
Como Christian previu, Ray está furioso. Eu não me lembro de
vê-lo tão descontrolado, Christian sabiamente decidiu nos
deixar a sós. Para um homem extremamente reservado, Ray
preencheu o quanto do hospital com sua injuria,
repreendendo-me pelo meu comportamento irresponsável. Eu
tenho 12 anos de idade novamente.
Oh Papai, por favor fique calmo. Sua pressão arterial não está
pronta para isso.

“E eu tive que lidar com sua mãe”. Ele resmunga, agitando

sua mão com exasperação.

“E pobre Christian! Eu nunca vi ele assim. Ele está mais velho.
Nós temos a mesma idade pelos últimos dias”.
“Ray, me desculpa”.
“Sua mãe está esperando por sua ligação”. Ele diz em tom


mais calculado.
Eu beijo sua bochecha, e finalmente ele cede.


“Eu vou ligar para ela. Eu realmente peço desculpas. Mas
obrigada por me ensinar como atirar”. Por um momento ele

me considera com seu mal disfarçado orgulho paternal.

“Estou feliz que você consiga atirar em linha reta”. Ele diz,
com uma voz rouca. “agora vá para casa e descanse um
pouco”.
“Você parece bem papai”. Eu tento mudar de assunto.
“Eu estou bem, eu prometo que não vou fazer nada assim
novamente”.


Ele aperta minha mão e me puxa para um abraço.



“Se alguma coisa tivesse acontecido com você”. Ele sussurra,

sua voz rouca e baixa. Meu olhos enchem de lágrimas. Eu não
estou acostumada com as manifestações de emoção do meu
padrasto.

“Papai, eu estou bem. Nada que um banho quente não cure”.

Nós saímos através das saídas do fundo do hospital para
evitar os paparazzi reunidos na entrada. Taylor nos leva para

o SUV, que estava nos esperando.
Christian permanece quieto enquanto Sawyer nos leva para
casa. Eu evito o olhar de Gaze no espelho retrovisor,
envergonhada pela última vez que eu o vi estava no banco,
quando eu dei a ele um escorregão.
Eu ligo para minha mãe, que soluça e soluça. Levou a maior
parte do caminho para casa para acalma-la, mas eu tive
sucesso prometendo que nós iriamos visita-la em breve.
Durante toda a minha conversa com ela, Christian segura
minha mão, rocando seu polegar em meus dedos. Ele está
nervoso...alguma coisa aconteceu.
“O que está errado?”. Eu pergunto quando eu estou finalmente

livre da minha mãe.

“Welch quer me ver”.
“Welch? Por quê?”.
“Ele encontrou algo sobre aquele filho da puta do Hyde”. Seus


lábios se enrolam em um rugido, e uma fração de medo passa

por mim. “Ele não quer falar comigo por telefone”.
“Oh”
“Ele está vindo de Detroit essa tarde”.
“Você acha que ele achou alguma ligação?”


Christian acena com a cabeça.

“Eu não tenho ideia”. Christian enruga a sobrancelha perplexo.
 Taylor avança para a garagem do Escala, e para no elevador
antes de estacionar. Na garagem nós conseguimos evitar a
atenção dos fotógrafos que estão esperando.
Christian me aguarda fora do carro. Deixando seu braço
envolta de minha cintura, ele me leva para esperar o elevador.

“Feliz por estar em casa?”



“Sim”. Eu sussurro. Mas enquanto eu estou em pé no

ambiente familiar do elevador, a grandiosidade das coisas da
qual tenho estado bate sobre mim e eu começo a tremer.

“Hey”. Christian envolve seus braços envolta de mim e me
coloca mais perto. “Você está em casa. Você está segura”. Ele

diz beijado meu cabelo.

“Oh Christian”. Uma barreira qu eu nem sabia que estava ali

explode e eu começo a soluçar.

“Se acalme agora”. Christian sussurra, colocando minha

cabeça novamente no seu peito. Mas é tarde de mais. Eu
derramo lagrimas sobrecarregadas em sua camisa.
Relembrando o perverso ataque de Jack –“isso foi pela SIP
sua puta fodida” – dizendo a Christian que eu estava indo –
“Você está me deixando?” – e meu medo, meu angustiante
medo por Mia, por mim mesma e pelo pequeno Blip.
Quando as portas do elevador se abrem Christian me pega

como uma criança e me carrega pela sala de estar. Eu
envolvo meus braços em seu pescoço, agarrando-o,
continuando em silencio.

Ele me carrega através do nosso quarto, e gentilmente me
coloca na cadeira.

“Banheira?” Ele pergunta.

Eu balanço minha cabeça. Não...não...não como Leila.
“Chuveiro?”. Sua voz está chocada com a ansiedade através
de minhas lágrimas, eu aceno com a cabeça. Eu quero lavar a
sujeira dos últimos dias, lavar a memória do ataque de Jack –
“Você está afundando sua puta” – eu soluço entre minhas
mãos enquanto o som da cascata do chuveiro ecoa entre das
predes.

“Hey” Christian sussurra. Ajoelhado em minha frete, ele puxa

minhas mãos fora das lágrimas em minha bochecha e deixa
meu rosto entre suas mãos. Eu olho fixo para ele, piscando
tentando tirar minha lágrimas.
“Você está segura, vocês dois estão”. Ele murmura.
Blip e eu, meus olhos se enchem de lágrima novamente.




“Pare agora, eu não posso suportar quando você chora” Sua

voz está rouca. Seus dedos limpam minhas bochechas, mas
minhas lágrimas ainda caem.
“Me desculpe Christian. Apenas me desculpe por tudo. Por
fazer você se preocupar, por arriscar tudo – pelas coisas que
eu disse”.
“shhhh, baby, por favor” Ele beija minha testa. “Desculpe-me,
mas, é preciso dois para dançar tango”. Ele me dá um sorriso
torto. “Bom, isso é o que minha mãe sempre diz. Eu disse
coisas e fiz coisas de que eu não estou orgulhoso”
Seus olhos estão sem vida, mas arrependidos. “Vamos tirar
sua roupa”. Sua voz é macia. Eu limpo meu nariz com as

costas da minha mão e ele beija minha testa novamente.
Agilmente ele despe-me. Tendo cuidado quando ele tira minha
camiseta pela minha cabeça. Mas minha cabeça não está
doendo tanto. Conduzindo-me para o chuveiro, ele tira sua
própria roupa em tempo recorde antes de entrar na bem vinda
água quente comigo. Ele me puxa para seus braços e me
segura, me segura por um longo tempo, enquanto a água jorra
sobre nós, caindo sobre ambos. Ele me deixa chorar em seu
peito. Ocasionalmente ele beija meu cabelo, mas ele não me
deixa, ele apenas me embala embaixo da água quente. Para
sentir sua pele na minha novamente, o cabelo do peito
novamente na minha bochecha...esse homem que eu amo,
essa insegurança própria, lindo homem, o homem que eu
poderia ter perdido por conta da minha própria imprudência.
Me sinto vazia e com dor com esse pensamento, mas
agradecida que ele está aqui, ainda aqui, apesar de tudo que
aconteceu.
Ele tem algumas explicações a dar, mas agora eu quero
deleitar-me com sensação de seu conforto, braços protetores
em mim. É nesse momento que me ocorre: qualquer
explicação sua, tem que vir dele. Eu não posso força-lo – ele
tem que querer me contar. Eu não vou fazer parte do elenco
das esposas ranzinzas, tentando constantemente resgatar
informações de seu marido. Isso é exaustante. Eu sei que ele



me ama. Eu sei que ele me ama mais do que jamais amou
ninguém, e por agora isso basta. Essa realização é
libertadora. Eu paro de chorar e me afasto um pouco.

“Melhor?” Ele pergunta.

Eu aceno com a cabeça.
“Bom. Deixe-me olhar para você” E por um momento eu não
sei o que ele quer dizer. Mas ele pega minha mão e examina o
braço em qual cai quando Jack me bateu.
Há contusões no meu ombro e arranhões no cotovelo e pulso.
Ele beija cada um deles. Ele pega uma bucha e sabonete de
banho da prateleira, e o doce e familiar cheiro de jasmins
preenche minhas narinas.
“Vire-se”. Gentilmente, ele continua a lavar meu braço
machucado, meus ombros, minhas costas e meu outro braço.
Ele me vira de lado e passa seus longos dedos pelo meu lado.
Eu estremeço enquanto eles patinam em cima da grande
contusão em meu quadril.
Os olhos de Christian endurecem e seus lábios se contraem.
Sua raiva é palpável enquanto ele assobia através de seus
dentes.
“Isso não machuca” eu murmuro para tranquiliza-lo.
Em chamas os olhos cinza encontram o meu. “Eu quero matalo.
Eu quase o fiz”. Ele sussurra enigmaticamente. Eu franzo a
testa e tremo com sua expressão sombria.
Ele espirra mais sabonete de banho na bucha, e com afeto
age gentilmente para examinar meus joelhos. Seus lábios
roçam em cima da contusão e depois ele volta a lavar minhas
pernas e meus pés.
Abaixado, eu acaricio sua cabeça, correndo meus dedos
através de seu cabelo molhado. Ele se levanta e seus dedos
traçam o contorno da contusão em minhas costelas, onde
Jack me chutou.

“Oh Baby”. Ele geme, seus olhos preenchidos com angustia,

seus olhos negros com fúria.

“Eu estou bem”. Eu puxo a cabeça dele para a minha e beijo

seus lábios. Ele está hesitante em retribuir, mas minha língua
encontra a dele, seu corpo se agita contra mim.


“Não”. Ele murmura contra meus lábios, e se afasta. “Vamos
deixar você limpa”.
Seu rosto está sério. Droga...ele quer dizer que. Eu faço
beicinho e a atmosfera entre nós se ilumina por um momento.
Ele sorri e me beija novamente.


“Limpa”. Ele enfatiza. “Não suja”.
“Eu gosto sujo”.
“Eu também Sra. Grey. Mas não agora, não aqui”. Ele pega o


shampoo, e antes que eu consiga persuadi-lo de outra
maneira, ele está lavando meu cabelo.
Eu gosto limpa também. Eu me sinto refrescada e revigorada,
e eu não sei se é pelo chuveiro, pelo choro, ou pela minha
decisão de parar de incomodar Christian sobre tudo.
Ele me enrola em uma grande toalha e uma em volta de seus
quadris enquanto eu gentilmente seco meu cabelo. Minha
cabeça dói, mas é uma dor persistente, que é mais do que
viável. Eu tenho alguns analgésicos que o Dr. Singh me
receitou, mas ele me falou para não usar até que fosse
necessário.
Enquanto eu seco meu cabelo, eu penso sobre Elizabeth.

“Eu ainda não entendo porque Elizabeth estava envolvida com
Jack”.
“Eu entendo”. Christian murmura sombriamente.


Isso é novo. Eu franzo a testa para ele, mas eu estou
distraída, ele está secando seu cabelo com uma toalha, seu
peito e ombros ainda estão com gotas de agua que brilham
abaixo dos halogênios. Ele para e ri.

“Apreciando a vista?”
“Como você sabe?” Eu pergunto, tentando ignorar que eu fui
pega encarando meu próprio marido.


“Que você está apreciando a vista?” Ele brinca.
“Não”. Eu resmungo. “Sobre Elizabeth”.
“O detetive Clark insinuou isso”.




Eu dei a ele minha expressão de ‘diga-me mais’ e outra
enervante memória de quando eu estava inconsciente
ressurge. Clark estava no meu quarto. Eu gostaria que
pudesse relembrar o que ele disse.

“Hyde tinha vídeos de todas elas. Em varias unidades de
pendrive”.

O que? Eu enrugo minha testa.

“vídeos de fodendo ela e fodendo todas as suas PAs”.

Oh!.

“Exatamente, chantagem material, ele gosta disso duramente”

Christian franze a testa, e eu vejo a confusão seguida pelo
desgosto em sua face. Ele fica pálido e seu desgosto se
transforma em auto aversão.
Claro – Christian gosta disso duro também.
“Não faça”. A palavra está fora da minha boca antes que eu

possa para-la.
“Não faça o que?”. Ele ainda fita-me com apreensão.
“Você não é nada parecido com ele”.


Os olhos de Christian endurecem, mas ele não diz nada,
confirmando que isso era exatamente o que ele estava
pensando...

“Você não é”. Minha voz é dura.
“Nós fomos cortados do mesmo tecido”.
“Não, você não é”. Eu estouro, entretanto, eu talvez entenda o


porquê ele pensa assim. “O pai dele morreu em um rixa de

bar. Sua mãe embebedo ela mesma para o esquecimento. Ele
estava dentro e fora de casas de adoção, dentro de fora de
problemas também – principalmente impulsionando carros (?).
Passou um tempo no reformatório”. Eu relembro a informação
revelada por Christian no avião para Aspem.
“Vocês dois tiveram problemas no passado, vocês dois
nasceram e Detroit. É só isso Christian” Eu ponho minha mão

em punho na minha cintura.

“Ana sua fé em mim está me tocando, especialmente na luz

dos últimos dias. Nós vamos saber mais quando Welch estiver
aqui”. Ele está descartando o assunto.
 “Christian”.
Ele me para com um beijo “Basta”, ele respira, e eu me lembro


da promessa de eu tinha feito a mim mesma para não
perseguir ele por informação.
“E não faça beicinho”, ele adiciona. “Venha, deixe-me secar
seu cabelo”.


E eu sei que o assunto está encerrado.
Depois de me vestir com uma calça de moletom e uma
camiseta eu sento entre as pernas de Christian para ele secar
meu cabelo.


“então, Clark disse algo mais a você enquanto eu esta
inconsciente?”.
“Não que eu me lembre”.
“Eu escutei um pouco de suas conversas”.


A escova ainda esta em meu cabelo.

“Você escutou?”. Ele pergunta com um tom indiferente.
“Sim. Meu pai, seu pai, detetive Clark...sua mãe”.
“E Kate?”
“Kate estava lá?”
“Sim, brevemente. Ela está furiosa com você também”.
Eu viro em seu colo. “Pare com todos estão com raiva da
porcaria da Ana, Ok?”
“Apenas falando a você a verdade”. Christian diz, confuso pela


minha explosão.

“Sim, isso foi imprudência, mas você sabe, sua irmã estava
em perigo”.
Sua face cai. “Sim ela estava”. Desligando o secador, ele

coloca-o na cama ao seu lado. Ele pega meu queixo.

“Obrigado”. Ele diz, me surpreendendo. “Mas, nenhuma

imprudência mais. Porque da próxima vez eu vou bater em

você”

Eu suspiro.

“Você não faria”.
“Eu faria”. Ele está sério. Puta merda. Mortalmente sério. “Eu
tenho a permissão do seu padrasto”.


Ele gargalha. Ele está me provocando. Ou ele...?



Eu me lanço para ele, e ele se torce para que eu caia na cama
entre seus braços. Enquanto eu pouso, uma dor que vem de
minhas costelas atravessa-me e eu estremeço.
Christian fica pálido. “Comporte-se”. Ele adverte, e por um
momento ele está com raiva.

“Me desculpe”. Eu murmuro acariciando sua bochecha.
Ele roça o nariz na minha mão gentilmente. “Honestamente


Ana, você não tem nenhuma consideração com sua própria

segurança”. Ele levanta a barra da minha camiseta e

descansa seus dedos na minha barriga. Eu paro de respirar.

“Não é apenas você mais”. Ele sussurra, trilhando seus dedos

ao longo do cós da minha calça, acariciando minha pele. O
desejo explode inesperadamente, quente e pesado no meu
sangue. Eu sobressalto e Christian fica tenso, parando seus
dedos e olhando para mim. Ele move sua mão para cima e
coloca meu cabelo atrás da minha orelha.

“Não”. Ele sussurra.

O que?

“Não olha para mim assim. Eu estou vendo as contusões e a
resposta é não”. Sua voz é firme, e ele beija minha testa.
Eu me contorço. “Christian”. Eu gemo.
“Não. Vá para a cama”. Ele se senta.
“Cama?”.
“Você precisa repousar”.
“Eu preciso de você”


Ele fecha os olhos e balança a cabeça como se fosse um
grande esforço. Quando ele abre os olhos novamente eles

estão brilhando com sua decisão. “Apenas faça o que você
falou Ana”.

Eu estou tentada a tirar a roupa, mas então eu me lembro das
contusões e eu sei que não vou conseguir ganhar dessa
forma.

Relutante eu aceno com a cabeça “Ok”, eu deliberadamente

mostro a ele um beicinho exagerado.
Ele ri divertindo-se. “Eu vou trazer almoço para você”.
“Você vai cozinhar?”. Eu expiro.



Ele se lança com elegância. “Eu vou esquentar alguma coisa.
A Sra. Jones tem estado ocupada”.
“Christian. Eu vou fazer isso. Eu estou bem. Jesus eu quero
sexo – eu certamente posso cozinhar”. Eu me sento
desajeitadamente, tentando esconder a hesitação por causa
da minha costela.
“Cama”. Os olhos de Christian brilham, e ele aponta para o
travesseiro.


“Se junte a mim”. Eu murmuro, desejando que eu estivesse


algo mais sedutor que calças de moletom e camiseta.

“Ana, vá para a cama. Agora”. Eu faço uma carranca, me

levanto e deixo minhas calças cair sem cerimônia para o chão,
olhando o tempo todo para ele. Sua boca contrai-se com
humor enquanto ele coloca o edredom de novo.

“Você ouviu o Dr. Singh. Ele disse descanso”. Sua voz é

gentil. Eu deslizo de volta para a cama e cruzo meus braços
em frustração. “Fique”. Ele diz claramente se divertindo.
Minha carranca de aprofunda.
O ensopado de frango da Sra. Jones é sem dúvida, uma das
minhas comidas favoritas. Christian como comigo, se
sentando com as pernas cruzadas no meio da cama.
“Isso estava bem quente”. Eu rio e ele sorri ironicamente. Eu
estou cheia e com sono.


“Você parece cansada”. Ele pega a bandeja.
“Eu estou”
“Ótimo, durma”, ele me beija. “Eu tenho algum trabalho que


preciso para fazer. Eu vou fazer isso aqui se isso está bem

para você”

Eu aceno com a cabeça...ainda lutando uma batalha perdida
com minhas pálpebras. Eu não tinha ideia que o ensopado de
frango poderia me deixar assim.
É o crepúsculo quando eu acordo. Uma pálida luz rosa inunda

o quarto. Christian está sentado na poltrona, me observando,
os olhos se iluminam pelo ambiente iluminado. Ele está
segurando alguns papeis. Seu rosto está pálido.


Puta merda! “O que há de errado?”. Eu pergunto

imediatamente, sentando-me e ignorando o protesto das
minhas costelas.

“Welch acaba de sair”.
Oh merda. “E?”
“Eu vivi com o fodido”. Ele sussurra.
“Viveu? Com Jack?”


Ele acena com a cabeça, com os olhos arregalados.

“Você tem relação com ele?”
“Não, bom Deus, não”

Eu vacilo de volta e coloco o edredom novamente, convidando
ele para vir para a cama ao meu lado e, para a minha
surpresa ele não hesita. Ele tira seus sapatos e se deita ao
meu lado.
Envolvendo seus braços em minha volta, se enrolando,
descansando sua cabeça no meu colo. Eu estou atordoada.


Oque é isso?

“Eu não entendo”, eu murmuro, correndo meus dedos por seu

cabelo e olhando atentamente para ele. Christian fecha os
olhos e enruga a testa como se estivesse se esforçando para
se lembrar.

“Depois que eu fui encontrado com a prostituta do crack, antes

de ir viver com Carrick e Grace, eu estava sobre os cuidados
do Estado de Michigan. Eu vivi em um lar de adoção, mas eu

não consigo lembrar nada sobre aquele tempo”.

Minha mente rebobina. Um orfanato? Isso é novidade para
nós dois.

“Por quanto tempo” eu sussurro.
“Dois meses ou algo assim, eu não tenho nenhuma
lembrança”.
“Você falou com seus pais sobre isso?”
“Não”
“Possivelmente você deveria, talvez eles poderiam preencher
ar lacunas”.
Ele me abraça firmemente. “Aqui”. Ele me passa os papeis,


com o que vem a ser duas fotografias. Eu alcanço e me movo


 para a luz, para que eu possa examinar com atenção. A
primeira foto é de uma casa velha com uma porta da frente
amarela e uma grande janela empenada no telhado, ela tinha
uma varanda e um pequeno jardim central. É uma casa
normal.
A segunda foto é de uma família – a primeira vista parece uma
família normal – um homem e sua esposa, eu acho, e seus
filhos. Os adultos estão vestidos deselegantemente, com
camisetas azuis sem lavar. Eles parecem ter lá pelos quarenta
anos de idade. A mulher tem cabelos loiros e o homem um
severo corte de cabelo, mas os dois estão sorrindo
calorosamente para a câmera. O homem tem as mãos nos
ombros de uma mal humorada adolescente.
Eu olho em cada uma das crianças: dois garotos – gêmeos
idênticos, por volta dos doze – os dois com um rebelde cabelo
loiro sorrindo largamente para a câmera; há outro garoto que é
menor, com um cabelo loiro avermelhado, carrancudo; e bem
ao seu lado, um pequeno garoto com cabelo arrumado e olhos
cinza. Com o olhar arregalado e assustado, vestindo com
roupas incompatíveis e agarrando um sujo cobertor de
criança.

Merda. “Esse é você”, eu sussurro, meu coração indo para a

minha garganta. Eu sei que Christian tinha quatro anos
quando sua mãe morreu. Mas essa criança parece bem mais
jovem. Ele deveria estar severamente desnutrido. Eu sufoco
um soluço, enquanto lágrimas caem dos meus olhos.

Oh, meu doce cinquenta.

Christian acena com a cabeça. “Esse sou eu”.
“Welch trouxe as fotos?”
“Sim. Eu não me lembro de nada disso”. Sua voz é plana e


sem vida.
“Se lembrar de estar com pais adotivos? Porque você
deveria? Christian, isso foi a muito tempo atrás. É isso que

está te preocupando?”.



“Eu me lembro de outras coisas de antes e depois. Quando eu

conheci meu pai e minha mãe. Mas isso...é como se fosse um

grande abismo”.

Meu coração se contorce. E compreensão aparece. Meu
querido louco por controle em todos os lugares, e agora ele
está vendo que ele está esquecendo parte dessas deste vai e
vem.

“É o Jack nessa foto?”
“Sim, ele é a outra criança”. Os olhos de Christian ainda estão


apertados, e ele está me agarrando como se eu fosse seu
bote salva vidas. Eu corro meus dedos por seu cabelo
enquanto eu olho para o outro garoto que está notoriamente
desafiante e arrogante olhando para a câmera. Eu posso ver
que é Jack. Mas ele é apenas uma criança, triste com oito ou
nove anos escondendo sua dor atrás de sua hostilidade. Me
ocorre um pensamento.

“Quando Jack me ligou para me falar que estava com Mia, ele

disse que se as coisas tivessem sido diferente, eu poderia

estar com ele”.
Christian fecha seus olhos e estremece. “Aquele fodido”.
“Você acha que ele fez tudo isso porque os Greys adotaram
você ao invés dele?”
“Quem sabe?”. O tom de Christian é amargo. “Eu não dou a
mínima para ele”.
“Possivelmente ele sabia que nós estávamos nos vendo


quando eu fui para aquela entrevista de emprego. Talvez ele

estava planejando me seduzir o tempo todo”. Minha bile sobe

para a garganta.

“Eu não acho”. Christian murmura com seus olhos agora
abertos. “As pesquisas que ele fez de minha família não

começou até uma semana ou algo assim depois que você
começou seu trabalho na SIP. Barney sabe os dados exatos.

E Ana, ele fodeu e gravou todas as assistentes dele”.

Christian fecha os olhos e me aperta com firmeza novamente.
Suprimindo o tremor que corre através de mim, eu tento
lembrar minhas várias conversas com Jack quando eu entrei



na SIP. No fundo eu sabia que era uma novidade ruim, eu
ignorei todos os meus instintos. Christian está certo – eu não
tenho nenhuma preocupação com minha própria segurança.
Eu lembro da briga que tivemos sobre eu ir para Nova Iorque
com Jack. Jesus – eu poderia ter acabado em um sórdido
vídeo de sexo. O pensamento é nauseante. E nesse momento
eu relembro as fotografias que Christian mantinha de suas
submissas.
Oh merda. “Nós fomos feitos do mesmo pano”. Não Christian
você não é, você não é nada como ele. Ele ainda está
enrolado em volta de mim como um garoto pequeno.

“Christian, eu acho que você deveria falar com seus pais”. Eu

estou relutante em move-lo, eu mudo de posição e deslizo
minhas costas na cama até que nós estamos olho no olho.
Um desorientado olhar cinza encontra o meu, me lembrando a
criança da fotografia.

“Deixa eu falar com ele”. Eu sussurro, ele balança a cabeça.
“Por favor”. Eu imploro. O olhar de Christian para mim, dor e

auto aversão em seus olhos enquanto ele considera meu
pedido.

Oh Christian, por favor!.

“Eu vou falar com eles”, ele sussurra.
“Bom, nós podemos ir e vê-los juntos, ou você pode ir. O que
você preferir”.
“Não. Eles podem vir aqui”
“Por quê?”
“Eu não quero ir a nenhum lugar”
“Christian, eu estou bem para uma volta de carro”.
“Não”. Sua voz é firme, mas ele me dá um sorriso irônico. “De


qualquer maneira, é sábado a noite, eles provavelmente estão

em alguma cerimônia”.
“Ligue para eles. As novidades claramente chatearam você,
eles talvez possam dar alguma luz”. Eu olho para o rádio
 relógio. É quase sete da noite. Ele considera o que eu disse
impassível por um momento.


 “Ok”. Ele diz como se eu tivesse dado a ele um desafio, se

sentando ele pega o telefone ao lado da cama.
Eu envolvo meu braço em volta dele e descanso minha
cabeça em seu peito enquanto ele faz a ligação.


“Pai?”. Eu registro sua surpresa de que Carrick atendeu o
telefonema. “Ana está bem, nós estamos em casa. Welch

acabou de sair. Ele achou a conexão...o orfanato em

Detroit...eu não me lembro nada daquilo”. A voz de Christian

está quase inaudível quando ele murmura a última frase. Meu
coração se aperta um pouco mais. Eu abraço ele, e ele aperta
meu ombro.

“Sim...você vai?...está bem”. Ele desliga. “Eles estão vindo”.

Ele parece surpreso, e eu percebo que provavelmente ele
nunca chamou seus pais por ajuda.

“Bom. Eu deveria me vestir”
Os braços de Christian se apertam em mim. “Não vá”.
“Ok”. Eu me aconchego ao seu lado novamente, atordoada


pelo fato de que ele simplesmente me contou muitas coisas
sobre ele – Completamente voluntariamente
Enquanto estamos na entrada da grande sala, Grace me
envolve gentilmente em seus braços.

“Ana, Ana, querida Ana”, ele murmura. “Salvando dois dos
meus filhos. Como eu poderei algum dia agradecê-la?”.
Eu ruborizo, igualmente tocada e embaraçada por suas
palavras. Carrick também me abraça, beijando minha testa.
Depois Mia me agarra, esmagando minhas costelas. Eu
estremeço e paro de respirar, mas ela não percebe.

“Obrigada por me salvar daqueles idiotas”.
Christian a repreende. “Mia! Cuidado, ela está com dor”.
“Oh, desculpe”.
“Eu estou bem”, eu murmuro, revivendo quando ela me libera.


Ela parece bem. Impecavelmente bem vestida em um
apertado jeans preto e em uma pálida rosa blusa com
babados. Estou feliz por estar usando um confortável vestido
longo e sandálias. Pelo menos eu pareço razoavelmente
apresentável.



Voltando para Christian, Mia enrola seus braços envolta da
cintura de Christian.
Sem nenhuma palavra ele dá a foto para Grace, ela
sobressalta, sua mão indo para a boca para conter sua
emoção enquanto ela instantaneamente relembra de
Christian. Carrick envolve seus braços nos ombros dela
enquanto ele também examina a foto.
“Oh querido” Grace acaricia a bochecha de Christian.
Taylor aparece. “Sr. Grey? Sra. Kavanagh, o irmão dela e o
seu irmão estão vindo Sr.”.
Christian franze a sobrancelha. “Obrigado Taylor”, ele

murmura confuso.

“Eu liguei para Elliot e disse a ele que nós estávamos vindo”.
Mia ri. “É uma festa de boas vindas”

Eu dou uma simpática olhada para meu pobre marido
enquanto Grace e Carrick olham para Mia com irritação.

“Seria bom nós comermos algo juntos”. Eu declaro. “Mia, você
me dá uma mão?”.
“Oh. Eu adoraria”.


Eu me desloco para a área da cozinha com ela, enquanto
Christian leva seus pais para seus estudos.
Kate está apoplética com sua indignação destinada a mim,
Christian, mas a maioria para Jack Elizabeth.


“O que você estava pensando Ana?”, ela grata enquanto me

encontra na cozinha, fazendo com que todos os olhares se
voltem fixamente.

“Kate, por favor, eu tenho escutado a mesma censura de todo
mundo!”. Eu estouro de volta. Ela olha para mim, e por um

minuto eu penso que eu vou estar sujeita a lição de Katherine
Kavanagh de ‘como – não – ceder – a conversa – de um –
sequestrador, mas ao invés disso ela me envolve em um
abraço.
“Jesus – algumas vezes você não usa os neurônios que você
têm Steele”. Ela sussurra, enquanto ela beija minha bochecha

com lágrimas em seus olhos.

Kate!

“Eu estive tão preocupada com você”.
“Não chore. Você vai me fazer também”.

Ela volta para traz e limpa as lagrimas, embaraçada, ela da
um profundo suspiro e se recompõe.

“Mas uma boa notícia, nós escolhemos a data ara nosso

casamento. Nós pensamos no próximo maio? E é claro, eu
quero que você seja minha madrinha”
“Oh...Kate...Wow. parabéns”. Merda – O pequeno Blip...Junior!
“O que é isso?” ela pergunta tentando interpretar meu alarme.
“Uum...eu estou apenas muito feliz por você. Alguma boa
notícia para variar”. Eu envolvo meus braços em volta dela e
puxo-a pra um abraço.
Merda, merda, merda. Para quando Blip é esperado?
Mentalmente eu calculo minha data de espera. A Dra. Greene
disse que eu estava com quatro ou cinco semanas. Então –
algo para maio? Merda.
Elliot me passa um copo de champanhe.


Oh. Merda.

Christian emerge de seus estudos, parecendo pálido e segue
seus pais para a grande sala. Seus olhos se arregalam
quando ele vê o copo em minha mão.

“Kate”. Ele a cumprimenta friamente.
“Christian”. Ela cumprimenta no mesmo tom. Eu suspiro.
“Seus medicamentos Sra. Grey”. Seus olhos estão no copo


em minhas mãos.
Eu estreito meus olhos. Droga, eu quero uma bebida. Grace
sorri enquanto ela se junta a mim na cozinha, pegando um
copo com Elliot no caminho.
“Um gole não fará mal”. Ela sussurra com uma piscada para
mim, e levanta a taça para brindar à minha. Christian faz uma
carranca para nós duas, até Elliot distraí-lo com novidades do
último placar entre Mariner e os Rangers.
Carrick se junta a nós, colocando seus braços em volta de nós
duas, e Grace beija a bochecha dele antes de ir se juntar a
Mia no sofá.



“Como ele está?”. Eu sussurro para Carrick, enquanto eu

estou em pé na cozinha olhando a família ocasionalmente no
sofá. Eu noto com surpresa que Mia e Ethan estão de mãos
dadas.

“Abalado”. Murmura Carrick para mim, franzindo sua
sobrancelha, seu rosto está sério. “Ele lembra muito do tempo

com sua mãe de sangue, muitas coisas que eu gostaria que
ele não se lembrasse, mas isso –”, ele para. “Eu espero que
nós tenhamos ajudado. Eu estou feliz que ele nos ligou. Ele
disse que você disse para faze-lo”. O olhar de Carrick está
suave. Eu encolho os ombros e dou um apressado gole no

meu champanhe, “Você é muito voa para ele. Ele não escuta
ninguém mais”.

Eu franzo a testa, eu não acho que isso seja verdade, o não
bem vindo fantasma da vaca paira na minha mente. Eu sei
das conversas de Christian com Grace também. Eu escutei-o.
Novamente eu sinto um momento de frustração eu tento
sondar a conversa deles no hospital, mas isso ainda está me
evitando.
“Venha e sente-se Ana, você parece cansada. Eu tenho
certeza de que você não estava esperando todos nós essa

tarde”.
“É ótimo ver todos”. Eu sorriu. Porque é verdade, isso É ótimo.


Eu era apenas uma filha única que casou e entrou em uma
grande família e eu amo isso. Eu me aconchego ao lado de
Christian.

“Um gole”. Ele assobia para mim e pega o copo da minha

mão.
“Sim Sr.” Eu pisco meus cílios, desarmando-o completamente.
Ele coloca seus braços em volta de mim e volta para sua
conversa sobre baseball com Elliot e Ethan.


“Meus pais acham que você pode andar sobra agua”.

Christian murmura enquanto ele tira sua camiseta, eu estou
enrolada na cama assistindo o show.

“Bom que você sabe que não é assim”.



“Ohh, eu não sei”. Ele tira seu jeans.
“Eles alguns buracos para você?”
“Alguns. Eu vivi com os Colliers por dois meses enquanto


minha mãe esperavam pela papelada. Eles já estavam
aprovados para a adoção por causa de Elliot, mas a espera
era requerida pela justiça para ver se eu tinha algum parente
vivo para requerer por mim”.
“Como você se sente sobre isso?” eu murmuro.
Ele franze a testa. “Sobre não ter nenhum parente vivo? Que

se foda isso, se eles foram alguma coisa como a puta do

crack...” Ele balança a cabeça em desgosto.

Oh Christian! Você era uma criança, e você amava sua mãe.

Ele veste seu pijama, sobe na cama, e gentilmente me puxa
para seus braços.

“Eu estou recordando. Eu lembro da comida. A Sra. Collier


podia cozinhar. E pelo menos agora sabemos porque aquele
fodido é tão preso a minha família”. Ele passa sua mão livre
por seu cabelo. “Foda-se”. Ele diz de repente se virando para
olhar para mim.


“O que?”
“Isso faz sentido agora!”. Seus olhos estão de lembranças.
“O que?”
“Passarinho (bebê pássaro). A Sra. Collier costumava me
chamar de passarinho”
Eu franzo a testa. “Isso faz sentido?”.
“É de um livro infantil. Cristo. Os Collier tinham ele. Isso foi
falado... ‘Você é minha mãe?’ Merda”. Seus olhos se
arregalam. “Eu amava aquele livro”.
Oh. Eu conheço esse livro. Meu coração dispara – Cinquenta!
“A Sra. Collier costumava ler para mim”
 Eu estou perdida no que dizer.

“Cristo. Ele sabia...aquele fodido sabia”.
“Você vai dizer à polícia?”
“Sim, eu vou. Cristo sabe o que Clark vai fazer com essa
informação”. Christian balança a cabeça como se estivesse


tentando limpar seus pensamentos.
 “De qualquer maneira, obrigada por essa tarde”
Wow. Mudança de marcha. “Pelo que?”.
“Trazendo para minha família a notícia do momento”.
“Não me agradeça, agradeça a Mia e a Sra. Jones, ela deixa a
despensa bem estocada”.


Ele balança a cabeça em desaprovação. Para mim? Por quê?

“Como está se sentindo Sra. Grey?”
“Bem. Como você está se sentindo?”
“Eu estou bem”. Ele franze a testa...sem entender meu


interesse.
Oh...nesse caso. Eu passo meus dedos em seu estomago
descendo até seu caminho da felicidade.


Ele ri e agarra minha mão. “Oh não. Não tenha nenhuma
ideia”.
Eu mordo o lábio e ele suspira. “Ana, Ana, Ana, o que eu vou
fazer com você?”. Ele beija meu cabelo.
“Eu tenho algumas ideias”. Eu me contorço do lado dele e

estremeço com a dor irradiada através da parte superior das
minhas costelas machucadas.

“Baby, você já se esforçou o bastante. Além disso, eu tenho
uma história de tempos ruins para contar para você”.

Oh!

“Você precisa saber...”. ele se afasta um pouco, fecha os

olhos e engoli.
Todo o pelo do meu corpo se arrepia. Merda.


Ele continua com uma voz macia. “Imagine isso, um garoto

adolescente procurando por dinheiro extra, para que possa

continuar com seu hábito secreto de beber”. Ele muda de lado,

então nós estamos olhando um para o outro e ele está
olhando dentro dos meu olhos.

“Então, eu estava no quintal dos Lincolns, limpando alguns

lixos e entulhos da extensão que o Sr. Lincoln tinha

adicionado ao lugar...”

Puta merda...ele está contando.

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