quinta-feira, 25 de outubro de 2012


Capítulo 22

“Jack”. Minha voz desapareceu, chocada pelo medo. Como

ele está fora da cadeia. Porque ele está com o telefone de
Mia? O sangue é drenada do meu rosto, eu me sinto tonta.

“Você se lembra de mim.”. ele diz em um tom macio eu sinto

seu amargo sorriso.

“Sim, é claro”. Minha resposta é automática e minha mente

corre.

“Você está provavelmente imaginando porque eu liguei para
você”.
“Sim”.


Desligue.

“Não desligue, eu tenho tido uma conversinha com sua
pequena cunhadinha”
O que? Mia! Não! “O que você está fazendo?” eu sussurro,


tentando dominar meu medo.

“Escute aqui sua cacete, prostituta de ouro. Você fodeu minha

vida. Grey fodeu minha vida. Você me deve. Eu tenho a
putinha aqui comigo agora. Aquele otário que você casou e
toda a sua família fodida vão pagar”.
Hyde está desprezível, e a bile volta para mim. Sua família?
Que diabos é isso?


“O que você quer?”
“Eu quero o dinheiro dele. Eu quero o dinheiro fodido dele. Se


as coisas tivessem sido diferente isso poderia ser meu. Então
você vai pegar isso para mim. Eu quero cinco milhões de

dólares hoje”.
“Jack eu não tenho acesso a esse tipo de dinheiro”.
Ele joga sua decisão. “Você tem duas horas para conseguir
isso. É isso – duas horas. Não giga a ninguém ou essa
putinha leva. Não diga a policia. Não diga ao cacete do seu
marido. Não diga ao time de segurança dele. Eu vou saber se
você fizer, entendeu? Ele para e eu tento responder, mas o
pânico e o medo fecham minha garganta.



“Você entendeu!” Ele atira.
“Sim”. Eu sussurro.
“Ou eu vou matar ela”.


Eu engasgo.

“Deixe seu telefone com você. Não diga a ninguém ou eu vou
fode-la e depois mata-la”.
E a linha cai. Eu bocejo em horror, minha boca ressecada com
medo. Vivendo um gosto metálico de terror. Mia, ele tem Mia.
Ou ele? Minha mente está zumbindo com a possibilidade
obscena, meu estomago se agita novamente. Eu acho que
vou ficar enjoada. Mas eu inalo profundamente tentando
estabilizar meu pânico e a náusea passa. Minha mente passa
como um foguete pelas possibilidades. Contar a Christian?
Contar a Taylor? Ligar para a polícia? Como Jack vai saber?
Ele realmente tem Mia? Eu preciso de tempo, tempo para
pensar – mas eu apenas posso fazer isso seguindo suas
instruções. Eu coloco meus pulsos e cabeça na porta.
“Hannah eu tenho que sair, eu não tenho certeza o quanto vou
ficar fora, cancele todos os meus compromissos essa tarde.
Deixe Elizabeth saber que eu tenho um compromisso com

uma emergência”.
“Claro Ana, está tudo bem?”. Hannah franze a testa. A


preocupação gravada em seu rosto enquanto ela me assiste
fugir.

“Sim”. Eu falo de volta distrativamente, correndo em direção a

recepção onde Sawyer está esperando.

“Sawyer”. Ele levanta da poltrona quando escuta minha voz, e

franze a testa quando vê meu rosto.

“Eu não estou me sentindo bem, por favor me leva para casa”
“Claro madame. Você quer esperar aqui enquanto eu pego o
carro?”. “Não, eu vou com você. Eu estou com pressa para chegar em
casa”.


Eu olho para fora da janela com um forte terror, enquanto eu
organizo meu plano. Chegar em casa. Encontrar o talão de
cheques. Escapar de Sawyer e Ryan de algum jeito. Ir para o



banco, inferno, quanto espaço ocupa cinco milhões de
dólares, como isso vai pesar? Eu vou precisar de uma mala?
Eu deveria telefonar para o banco avisando? Mia. Mia. o que
acontecerá se ele não tiver Mia? como eu posso checar?. Se
eu ligar para Grace ela vai dar a ela suposições, e isso
colocará Mia em perigo. Ele disse que ele saberia. Eu olho
para a janela de trás do SUV. Tem alguém me seguindo? Meu
coração acelera enquanto eu examino os carros em minha
volta. Eles parecem inofensivos o bastante. Oh Sawyer, dirija
mais rápido por favor. Meu olhos tremem para ver os dele pelo
espelho retrovisor. Ele franze a sobrancelha.
Sawyer aperta o botão de seu fone via Bluetooth para atender

uma chamada. “T...eu queria que soubesse que a Sra. Grey
está comigo”. Os olhos de Sawyer olham os meus mais uma

vez antes dele voltar sua atenção para a estrada novamente.

“Ela não está bem, eu estou levando ela de volta ao
Escala...eu vejo...Sr.”. Os olhos de Sawyer passam da estrada

para os meus através do espelho retrovisor mais uma vez.

“Sim”. Ele concorda e desliga.
“Taylor?” eu sussurro.

Ele acena com a cabeça.

“Ele está com o senhor Grey”.
“Sim madame”. Sawyer parece simpático e amolecido.
“Eles ainda estão em Portland?”
“Sim madame”


Bom, eu tenho que manter Christian seguro. Minha mão
escorrega pela minha barriga e eu a esfrego conscientemente.
E você pequeno Blip, manter os dois seguros.

“Podemos ir mais depressa por favor?”
“Sim madame”. Sawyer pressiona o acelerador e nosso carro


desliza através do transito.
A Sra. Jones está longe se ser vista quando eu e Sawyer
chegamos no apartamento. Desde que seu carro está faltando
n garagem eu presumo que ela deve estar em alguma
incumbência com Ryan.



Sawyer vai até p escritório de Taylor enquanto eu disparo para
a sala de Christian. Tropeçando em pânico em volta de sua
mesa, eu abro a gaveta para achar os cheques. A arma de
Leia aparece na frente na minha visão, eu sinto uma pontada
de aborrecimento, Christian ficou com a arma. Ele não sabe
nada sobre arma. Jesus, ele poderia ter se machucado.
Depois de um momento de hesitação, eu pego a arma checo
se está carregada e coloco no cós da minha calça. Eu talvez
precise fazer. Eu engulo com dificuldade. Eu apenas pratiquei
em alvos. Eu nunca atirei em ninguém. Espero que Ray me
perdoe. Eu volto minha atenção para pegar o talão de
cheques certo. Há cinco, e apenas um tem escrito Christian
Grey e Sra. Anastásia Grey. Eu tenho mais ou menos
cinquenta e quatro mil na minha própria conta, eu não tenho
ideia de quanto tem nessa. Mas Christian deve ser bom para
ter esse valor, com certeza. Possivelmente há dinheiro no
cofre? Merda. Eu não tenho ideia da senha. Ele não
mencionou que a combinação estava no seu armário? Eu
tento o armário mais está trancado. Merda. Eu tenho que
voltar ao plano A. eu dou uma longa respirada, eu uma mais
composta mas determinada maneira. Eu vou para o nosso
quarto. A cama foi feita. E por um momento eu sinto um
pânico.
Eu deveria ter dormido aqui a ultima noite. Qual é o ponto de
argumentar com alguém que, pela própria decisões deles, é
cinquenta tons? Ele nem está falando comigo agora.
Não –
eu não tenho tempo para pensar sobre isso.
Rapidamente eu tiro minha calça e coloco um jeans, e um
moletom com capuz, e calço um par te de tênis, e ponho a
arma no cós da minha calça, na parte de trás.
Do closet eu pego uma grande bolsa de um tipo de tecido
macio. Cinco milhões de dólares vai caber aqui? A bolsa da
academia de Christian está no chão. Eu abro-a, esperando
encontrar ela cheia de roupa suja, mas não –
seu kit de
academia está limpo e refrescante. A Sra. Jones de fato foi em
algum lugar. Eu jogo as coisas dela no chão e depois coloco-a
 dentro da outra bolsa. Isso deve dar. Eu verifico se eu estou
com minha carteira de motorista, para me identificar no banco
e verifico a hora. Faz trinta e um minutos que Jack ligou.
Agora eu só preciso sair do Escala sem que Sawyer me veja.
Eu faço meu caminho devagar e silenciosamente para a sala
de estar, ciente das câmeras CCTV, das quais estão voltadas
para o elevador. Eu acho que Sawyer ainda está no escritório
de Taylor. Cautelosamente, eu abro a porta da sala de estar
fazendo o mínimo de barulho possível. Fechando-a
rapidamente atrás de mim. Eu estou em pé bem no começo
contra a porta, fora da visão das lentes CCTV. Eu pego meu
telefone da bolsa e ligo para Sawyer.

“Sra. Grey”.
“Sawyer, eu estou na sala de cima, você pode me dar uma
mão com algo?”


Eu deixo minha voz baixa sabendo que ele está no corredor
do outro lado desta porta.

“Eu vou estar ai madame”. Ele diz e eu escuto sua confusão.

Eu nunca liguei para ele por ajuda antes. Meu coração está na
minha garganta. Batendo em um chocante e frenético ritmo.
Isso vai funcionar? Eu desligo enquanto seus passos passam
pelo corredor e vão para o andar de cima. Eu dou um
profundo suspiro e brevemente contemplo a ironia de escapar
da minha própria casa como uma criminosa.
Uma vez que Sawyer alcançou o segundo andar eu corro para

o elevador e aperto o botão para chama-lo. A porta do
elevador se abre com um muito alto anuncio de que ele está
no andar.
Eu me arremesso para dentro e freneticamente aperto o botão
para a garagem. Depois de uma pausa agonizante, as portas
do elevador começam a se fechar, e enquanto elas fazem eu
escuto o choro de Sawyer.
“Sra. Grey!”. Pouco antes das portas se fecharem, eu o vejo

escorregando pela sala de estar.
“Ana!” ele diz com descrença. Mas é muito tarde, e ele
desaparece da visão.




O elevador desce suavemente para o andar da garagem. Eu
tenho alguns minutos na frente de Sawyer, e eu sei que ele vai
tentar me parar. Eu olho ansiosamente para meu R8 enquanto
eu olho eu corro para meu Saab, abro a porta, eu atiro a
mochila para o banco do passageiro, e escorrego para o
banco do motorista.
Eu ligo o carro, e canto pneus enquanto eu corro para a
entrada 11 esperando os agonizantes segundos enquanto o
portão se abre. No instante em que o caminho está limpo eu
dirijo para fora. Avistando Sawyer pelo espelho retrovisor
enquanto ele sai rapidamente do elevador de serviço para a
garagem.
Sua expressão confusa, injuriada me assombra e me
machuca enquanto eu viro para a quarta avenida.
Eu respiro aliviada. Sabendo que Sawyer vai ligar para Taylor
ou Christian – mas eu vou lidar com isso quando eu tiver que.
Eu não tenho tempo para viver isso agora. Eu me contorço no
meu acento, sabendo no meu coração da dor de Sawyer
provavelmente vai perder o emprego. Não pense nisso agora.
Eu preciso salvar Mia. Eu preciso chegar no banco e sacar
cinco milhões de dólares. Eu olho pelo espelho retrovisor,
nervosamente antecipando pelo sinal do SUV saindo pela
garagem, mas não tem sinal de Sawyer.
O banco é elegante, moderno e discreto. Há tons abafados,
chão ecoante, e pálidos vidros verdes espalhados por todos
os lugares. Eu vou para a mesa de informação.

“Você tem uma conta conosco?”. Ela diz falhando em ocultar o


sarcasmo.
“Sim”. Eu solto. “Eu e meu marido temos uma conta conjunta
aqui. Seu nome é Christian Grey”.


Seus olhos se alargam fracionadamente e seu sarcasmo dão
lugar ao choque.

“Por aqui madame”. Ela sussurra e me leva para uma

pequena e escassamente mobilhada, com mais vidros verdes.
“Por favor, sente-se”. Ela faz um gesto para uma cadeira de couro preto, em uma mesa de vidro e um computador e um



telefone estado-da-arte. “Quanto você vai sacar conosco hoje
Sra. Grey?”. Ela pergunta agradavelmente.
“Cinco milhões de dólares”. Eu olho diretamente para ela,


como se eu pedisse por essa quantia de dinheiro todo o dia.


Ela fica branca. “Eu vejo. Eu vou chamar o gerente, oh eu me
esqueci de perguntar, mas você tem sua identidade?”
“Eu tenho. Mas eu gostaria de falar com o gerente”
“Claro Sra. Grey”. Ela sai. Eu afundo na minha cadeira. E uma
onda de náusea me lava inconfortavelmente desde onde está
minha arma no inicio das minhas costas. Agora não, eu não
posso ficar enjoada agora. Eu dou uma longa expirada e a
náusea passa. Eu nervosamente olho no relógio. São duas e
vinte e cinco.
Um homem de meia idade entra na sala. Ele é calvo, mas ele
veste um fino e caro terno carvão que combina com a gravata.
Ele segura para fora sua mão.
“Sra. Grey, eu sou Troy Whelan”. Ele sorri, nós damos a mão,
e ele se senta na mesa no lado oposto ao meu.


“Minha colega me disse que você quer sacar uma grande
quantia de dinheiro”.
“Sim é isso. Cinco milhões de dólares”.


Ele vira para seu fino computador e tecla alguns números.

“Nós normalmente pedimos por um aviso para grandes
quantias de dinheiro”. Ele pausa e olha para mim, com um
sorriso tranquilizador mas arrogante. “Felizmente, entretanto,

nós mantemos toda a reserva de dinheiro para o noroeste

Pacífico”. Ele ostenta. Jesus, ele está tentando me
impressionar?

“Sr. Whelan, eu estou com pressa. O que nós temos que
fazer? Eu tenho minha carteira de motorista e o talão de
cheques da nossa conta conjunta. Eu devo apenas fazer um

cheque?”
“Primeiras coisas primeiro, Sra Grey. Posso ver seu RG?”. Ele


muda de jovial para banqueiro sério.
“Aqui”. Eu lhe dou minha carteira de motorista.
“Sra. Grey...aqui diz Anastásia Steele”.



Oh merda!

“Oh...sim, humm”
“Eu vou ligar para o Sr. Grey”.
“Oh não, isso não vai ser necessário”. Merda! “Eu devo ter
alguma coisa com o meu nome de casada”. Eu procuro na


minha bolsa. O que eu tenho com meu nome? Eu puxo minha
carteira, e acho uma foto minha e de Christian, na cama no
Fair Lady’s cabin. Eu não posso mostrar isso a ele. Eu pego
meu Amex preto.

“Aqui”.
“Sra. Anastásia Grey”. Whelan lê. “Isso deve dar”. Ele franze a
testa.


“Isso é altamente irregular Sra. Grey”
“Você quer que eu deixe meu marido saber que seu banco
não cooperou?”. Eu endireito meus ombros e mostro a ele


minha mais ameaçadora e fixa face.

Ele para, momentaneamente me reavaliando, eu acho. “Você
vai precisar preencher um cheque Sra. Grey”.
“Claro. Essa conta?”. Eu mostro a ele meu talão. Tentando

controlar os meu batimentos cardíacos.

“Isso vai ficar bem, eu apenas preciso que você preencha

alguns papeis adicionais, se você me da licença por um
momento?”
Eu aceno com a cabeça e ele sai da sala. Eu solto um seguro
suspiro. Eu não tinha ideia de que isso seria tão difícil.
Desajeitadamente, eu abro meu talão de cheques e pego uma
caneta da minha bolsa. Eu só tenho que escrever o valor. Eu
não tenho ideia.
Com meus dedos tremendo eu escrevo: Cinco Milhões de
Reais, $5.000.000,00. Oh Deus, eu espero estar fazendo a coisa certa. Mia pense
em Mia, eu não posso falar com à ninguém.


Jack disse palavras repugnantes e assombrosas para mim.
‘Não diga a ninguém eu vou fode-la antes de mata-la’.
Sr. Whelan retorna, com a face pálida e envergonhada.




“Sra. Grey? Seu marido quer falar com você”. Ele murmura, e

aponta para o telefone entre nós na mesa de vidro.

O que? Não.

“Ele está na linha um. Apenas aperte o botão. Eu vou estar lá.
Ele tem a elegância de olhar embaraçado. Benedict Arnold
não tem nada de Whelan.eu faço uma carranca para ele.
Sentindo o sangue ser drenado do meu rosto novamente,
enquanto ele sai da sala.
Merda! Merda! Merda! O que eu vou dizer a Christian? Ele vai
saber. Ele vai intervir.
Ele é um perigo para a irmã dele. Minha mão treme enquanto
eu alcanço o telefone. Eu seguro ele em minha orelha.
Tentando acalmar minha respiração irregular, e pressiono o
botão da linha um.
“Oi”. Eu murmuro, tentando acalmar, em vão, meus nervos.
“Você está me deixando?”. A voz de Christian é um


agonizante e sem ar sussurro.


O que?
“Não”. Minha voz reflete a dele. Oh não. Oh não. Oh não. –
como ele pode pensar isso?


O dinheiro? Ele pensa que eu estou indo por causa do
dinheiro? E em um horrível momento de clareza, eu percebo
que o único jeito de manter Christian na distancia do meu
braço, fora do perigo e proteger sua irmã...é mentir.

“Sim”. Eu sussurro. E chamuscando dor através de mim,

lágrimas saindo dos meus olhos.
Ele suspira. Quase um soluço. “Ana, eu” – ele fica chocado.
Não! Minha mão agarra minha boca, enquanto eu sento


sufocar minhas emoções. “Christian, por favor. não”. Minhas

lágrimas voltam.

“Você está indo?”. Ele diz.
“Sim”.
“Mas porque o dinheiro? Foi sempre o dinheiro?”. Sua


torturada voz é quase inaudível.

Não! Lagrimas escorrem pela minha face. “Não”. Eu murmuro.
“Cinco milhões é o suficiente?”



Oh por favor. Pare.

“Sim”.
“E o bebê?”. Sua voz é um eco sem ar.


O que? Minhas mãos vão da minha boca para a minha
barriga. “eu vou cuidar dele”. Eu murmuro. Meu pequeno
blip...nosso pequeno blip.

“Isso é o que você quer?”

Não!

“Sim”.
Ele inala bruscamente. “Leve tudo”. Ele assobia.
“Christian”. Eu soluço. “É para você, é para sua família, por
favor. Não”.
“Leve tudo Anastásia."
“Christian –”. E eu quase cavo. Quase digo a ele – sobre Jack,
sobre Mia, sobre o resgate. Apenas confie em mim por favor!
Eu imploro silenciosamente.
“Eu vou sempre amar você”. Sua voz é rouca. E ele desliga
“Christian! Não...eu te amo também”. E todas as merdas


estupidas que colocamos um no outro nos últimos dias
desaparece, insignificantemente. Eu prometi, que nunca ia
deixa-lo. Eu não estou te deixando. Eu estou salvando sua
irmã. Eu afundo na cadeira. Chorando em minhas mãos.
Eu sou interrompida por uma batida tímida na porta. Whelan
entra, entretanto eu não reconheci ele. Ele olha a todo o lugar
mas não a mim. Ele está mortificado.
Você ligou para ele, seu bastardo! Eu olho para ele.

“Você tem carta branca Sra. Grey”. “O Sr. Grey concordou
mortalmente que você pode levar tudo que você precisa”.
“Eu só preciso de cinco milhões”. Eu murmuro entredentes.
“Sim madame. Você está bem?”
“Eu pareço bem?” eu solto.
“Me desculpe madame, um pouco de agua?”
 Eu aceno com a cabeça mal-humorada. Eu acabei de deixar
meu marido. Bom, Christian pensa que o fiz. Meu
subconsciente franze os lábios. Bom porque você disse que
iria.



“Eu vou pedir para minha colega preparar para você enquanto

eu preparo o dinheiro. Se você puder assinar aqui madame...e

fazer o cheque e assinar aqui também”.

Ele põe um impresso na mesa. Eu rabisco minha assinatura
ao longo na linha pontilhada do cheque e depois no impresso.
Anastásia Grey. Lagrimas caem na mesa. Por pouco não
perdendo a papelada.

“Eu vou preparar eles madame, isso vai levar mais ou menos
meia hora para preparar o dinheiro”.
Eu rapidamente checo meu relógio. Jack disse duas horas –
isso nos levará a duas horas. Eu aceno com a cabeça para
Whelan, e na ponta dos pés ele sai da sala. Me deixando com
minha miséria.
Um pouco de tempo, minutos, horas depois – eu não seu – a
Miss do sorriso hipócrita entra com uma jarra de agua e um
copo.

“Sra. Grey”. Ela diz suavemente, e coloca o copo na mesa e

preenche-o com agua.
“Obrigada”. Eu pego o copo e bebo agradecidamente. Ela sai
e me deixa com meus desordenados e assustados
pensamentos. Eu vou consertar as coisas com Christian de
alguma maneira...se não for muito tarde. Pelo menos ele está
fora dessa imagem. Eu tenho que me concentrar em Mia.
supondo que Jack está mentindo? Supondo que ele não está
com ela? Eu com certeza deveria ligar para a polícia.
“Não diga a ninguém ou eu vou fode-la antes de mata-la”. Eu
não posso. Eu sento novamente na cadeira. Sentindo a
tranquilizante presença da pistola de Leila nas minhas costas.
Cavada nas minhas costas. Quem teria um dia pensado que
eu me sentiria grata por leia ter apontado uma arma para
mim? Oh, Ray, eu estou tão feliz que que ele me ensinou
como atirar.
Ray! Eu soluço. Ele vai estar esperando por uma visita minha
essa tarde. Possivelmente eu posso simplesmente entregar o
dinheiro para Jack. Ele pode correr enquanto eu levo Mia para
casa. Oh! Isso soa absurdo.



Meu Blackberry pula em vida. “Seu amor é soberano”.

Preenchendo a sala. On não! O que Christian quer? Torcer a
faca na minha ferida?
“Foi sempre o dinheiro?”.
Oh, Christian – como você pode pensar isso? A raiva se
alarga no meu intestino. Sim, raiva, isso ajuda. Eu envio a
mensagem para o correio de voz. Eu vou me entender com
meu marido depois.
Há uma batina na porta.


“Sra. Grey”. É Whelan. “O dinheiro está pronto”.
“Obrigada”. Eu levando e a sala gira momentaneamente. Eu


agarro a cadeira.

“Sra. Grey, você está bem?”.

Eu aceno com a cabeça e dou a ele um senhor olhar de Sai-
daqui-agora. Eu dou mais um profundo e calmo suspiro. Eu
tenho que fazer isso. Eu tenho que fazer isso. Eu preciso
salvar Mia. Eu puxo a barra do meu capuz, puxo minha
camisa para baixo, cobrindo a arma nas minhas costas.
O Sr. Whelan franze a testa, mas mantém a porta aberta. E
me coloco para fora da sala.
Sawyer está esperando na entrada. Explorando a área
pública. Merda! Nossos olhos se encontra, e ele franze a testa
para mim, avaliando minha reação. Oh, ele está furioso. Eu
levanto meu dedo indicador em um gesto te-encontro-em-umminuto.
Ele acena com a cabeça e responde uma ligação em
seu celular. Merda! Eu imagino ser Christian. Eu viro
abruptamente, quase colidindo com Whelan atrás de mim, e
volto para a pequena sala.
“Sra. Grey?”. Ele soa confuso, e me segue de volta à sala.
Sawyer pode acabar com todo o plano. Eu olho para Whelan.

“Tem alguém lá fora que eu não quero ver, alguém me
seguindo”. Os olhos de Whelan se alargam.
“Você quer que eu chame a policia?”. “Não”. Puta merda. Não. O que eu vou fazer? Eu olho no meu
relógio. Quase quinze para as três. Jack vai ligar a qualquer
momento. Pense Ana! Pense. Whelan olha para mim com um



crescente desespero e perplexidade. Ele deve achar que eu
sou louca. Você É louca. Meu subconsciente assopra.
“Eu preciso fazer uma ligação, poderia me dar um pouco de
privacidade por favor?”
“Certamente”. Whelan responde – agradecido, eu chão, por
deixar a sala. Quando ele fecha a porta eu ligo para o celular
de Mia com os meus dedos tremendo.
“Bom, se isso não for o meu pagamento”. Jack diz
desdenhosamente.

Eu não tenho tempo para suas besteiras. “Eu estou com um
problema”.
“Eu sei, seu segurança te seguiu até o banco”.


O que? Como diabos ele sabe?

“Você vai ter que despistar ele. Eu tenho um carro esperando

nos fundos do banco. Um SUV preto. Um Dodge. Você tem

três minutos para chegar lá.” O Dodge!
“Eu talvez demore mais que três minutos”. Meu coração vai


até a garganta mais uma vez.

“Você é brilhante para uma prostituta de ouro, Grey. Você vai

fazer isso. E jogue seu celular quando você chegar no veículo.

Entendeu vadia?”
“Sim. Diga isso”. Ele assopra.
“Eu entendi”.


Ele desliga
Merda. Eu abro a porta para encontrar Whelan esperando
pacientemente do outro lado.

“Sr. Whelan, eu vou precisar de alguma ajuda para levar as

bolsas até meu carro. Está parado lá fora, atrás do banco.

Você tem alguma saída por lá?”
“Sim, nós temos, para os funcionários”.
“Nós podemos sair por esse lado?. Eu posso evitar a não bem
vinda atenção na porta”.
“Como desejar Sra. Grey”. Eu vou ter dois escriturários para te
ajudar com as malas, e seguranças para supervisionar. Se


você puder me acompanha?”.
“Eu tenho um ultimo favor a pedir ao senhor”.




“Certamente Sra, Grey”.

Dois minutos depois eu e minha comissão estamos na rua,
indo para o Dodge. As janelas são escuras, e eu não consigo
dizer quem está na direção. Mas enquanto nós aproximamos,
a porta do motorista se abre, e uma mulher vestida de preto,
com um boné preto puxado para o rosto sai do carro.
Elizabeth! Ela se move para o fundo do carro e abre o porta
malas. Os dois jovens estagiários do banco carregando o
dinheiro, arremessam as pesadas malas lá dentro.

“Sra. Grey”. Ela tem a coragem de sorrir como se


estivéssemos em um passeio amigável.
“Elizabeth”. Minha saudação é gelada. “Bom vê-la fora do
trabalho”.


O Sr. Whelan limpa a garganta.

“Bom, essa foi uma tarde interessante Sra. Grey”. Ele diz. E

eu sou forçada a fazer as sutilezas sociais de apertar sua mão
e agradecer, enquanto minha cabeça gira. Elizabeth? Que
diabos? Porque ela está junta com Jack?
Whelan e seu time desaparecem para dentro do banco,
deixando-me sozinha com minha chefe pessoal na SIP, que
está envolvida com extorsão, sequestro e possivelmente
outros crimes. Por quê?
Elizabeth abre a porta do passageiro apara mim e introduz-me
no carro.

“Seu celular Sra. Grey?”. Ele pergunta. Me observando

cautelosamente. Eu dou o celular para ela e ela joga em uma
lata de lixo próxima.

“Isso vai jogar os cães longe do cheiro”. Ela diz

presunçosamente.
Quem É essa mulher? Elizabeth bate a minha porta e vai para o banco do motorista. Eu olho ansiosamente para trás
enquanto ela entra no transito, indo para o leste. Sawyer está
longe de vista.
“Elizabeth, você tem o dinheiro, ligue para Jack, para deixar
Mia ir.”
“Eu acho que ele quer te agradecer pessoalmente”.




Merda! Eu olho para ela friamente pelo espelho retrovisor.
Ela fica pálida e uma ansiosa carranca estraga sua outra
forma encantadora.


“Porque você está fazendo isso Elizabeth? Eu pensei que
você não gostava de Jack”.

Ela olha para mim brevemente de novo pelo espelho, e eu
vejo um olhar fugaz de dor em seus olhos.

“Ana nós apenas vamos chegar bem, se você manter sua
boca fechada”.
“Mas você não pode fazer isso. Isso é errado”.
“Quieta”. Ela diz. Mas eu sinto seu mal-estar.
“Ele tem algum jeito par5a segurar você?”. Eu pergunto. Seus


olhos atiram nos meus, e ela pisa no freio, me jogando para a
frente duramente, e eu bato minha cabeça contra o encosto do
banco frontal.

“Eu disse quieta”. Ela rosna. “E eu sugiro que você coloque
seu cinto.”.

E nesse momento eu sei que ele tem. Algo tão terrível que ela
está pronta para fazer isso para ele. Eu imagino brevemente o
que pode ser. Roubo da empresa? Alguma coisa de sua vida
particular? Alguma coisa sexual? Eu arrepio com o
pensamento. Christian disse que nenhuma das PAs dele
falaria. Mas é a mesma estória com todas elas. Esse é o
porque ele queria me foder também. A minha bile volta para a
garganta como uma reação ao meu pensamento.
Elizabeth pega o caminho para o centro de Seattle e entra nas
colinas para o leste.
Em pouco tempo nós estamos dirigindo por ruas residenciais.
Eu consigo ler uma das placas que sinalizam as ruas: SOUTH
IRVING STREET. Ela faz uma forte curva para a esquerda em
direção a uma rua deserta com um estragado parquinho
infantil de um lado e um largo estacionamento de concreto,
lotado preenchido por um fileira de bancos (?).E consecutivos
edifícios vazios. Elizabeth entra no estacionamento lotado e
estaciona fora da ultima construção.

Ela se vira para mim. “Hora do show”. Ela murmura.



Meu couro cabeludo se arrepia enquanto o medo e adrenalina
passa através do meu corpo.

“Você não tem que fazer isso”. Eu sussurro para ela. Sua boca

se aperta em uma linha sombria e ela desce do carro.
Isso é por Mia. isso é por Mia. Eu rapidamente rezo. Por favor
deixe que ela fique bem. Por favor deixe que ela fique bem.

“Saia”. Elizabeth fala, abrindo a porta do passageiro.

Merda! Enquanto eu desço, minhas pernas estão tremendo e
eu imagino se consigo fica em pé.
A brisa de fim da tarde trás o cheiro do outono próximo, e do
calcário, e o cheiro empoeirado dos prédios abandonados.


“Bem, Olheee isso”. Jack zomba, vindo para parar em minha
frente. Eu consigo praticamente tatear seu desprezo. “O
dinheiro?”.
Elizabeth está checando as malas no porta malas. “Tem o
inferno de dinheiro aqui”. Ela diz com admiração, abrindo e

fechando cada mala.

“E o telefone dela?”
“No lixo”.
“Bom”. Jack rosna. E do nada ele ataca, me batendo forte no


rosto. A ferocidade, o golpe me joga no chão, e minha cabeça
salta com um ruído no concreto. A dor explode na minha
cabeça, meus olhos se preenchem de lágrimas, e minha visão
embaça com o choque que o impacto provoca,
desencadeando uma agonia que pulsa através do meu crânio.
Eu grito um silencioso grito de terror, sofrimento e choque. Oh
não – pequeno blip.
Jack seque com um chute cruel em minhas costelas, e meu ar
é sobrado dos meu pulmões pela força do golpe. Apertando os
olhos com força eu tendo lutar contra a náusea e a dor, para
lutar por uma preciosa respiração. Pequeno blip, pequeno blip,
oh meu pequeno blip – “Isso é pela SIP sua puta fodida”. Jack grita.

Eu coloco minha pernas para cima ficando como um bola
antecipando o próximo golpe. Não, não, não.



“Jack”. Guincha Elizabeth. “Não aqui. No meio da luz do dia.
Por uma porra de causa”.
Ele para.


“A puta merece isso”. Ele fita Elizabeth. E isso me da um


precioso segundo para atingir e puxar a arma na minha
cintura.
Trêmula, eu estou apontando para ele, aperto o gatilho e,
fogo. A bala acerta pouco acima do joelho, e ele cai em minha
frente em agonia, apertando sua coxa enquanto seus dedos
ficam vermelhos de sangue.


“Porra”. Jack berra. Eu olho para Elizabeth, e ela está

boquiaberta comigo em horror, e deixando suas mãos para

cima da cabeça. Ela se confunde...a escuridão fecha
em...merda...
Ela está no fim do túnel. A escuridão consumindo ela,

consumindo a mim. De longe todo o inferno se quebra. Carros
derrapando...freios...portas...gritos...correrias...passos. A arma
cai da minha mão.
“Ana!”. É a voz de Christian...a voz de Christian...uma voz
agonizante de Christian.
Mia...salve Mia.


“ANA”. Escuridão...paz.

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