quarta-feira, 17 de outubro de 2012



Capítulo Sete

“Você acha?” Christian pergunta surpreso.

“É a linha do maxilar dele”. Eu aponto na tela. “E os brincos, e o

formato dos seus ombros. Ele tem a forma certa, também. Ele deve
estar usando uma peruca – ou ele cortou e tingiu o cabelo”.

“Barney, você está pegando isso?” Christian abaixa o fone na sua
mesa e muda para o viva-voz. “Você parece ter estudado o seu exchefe
detalhadamente, Sra. Grey” ele murmura, soando

desagradado. Eu faço uma cara feia para ele, mas sou salva pelo
Barney.

“Sim, senhor. Eu ouvi a Sra. Grey. Eu estou utilizando o software de
reconhecimento de face em todas as imagens digitalizadas da
CCTV agora mesmo. Ver onde mais esse idiota – Desculpe-me
senhora – este homem esteve na organização”. Eu olho
ansiosamente para Christian, que ignora o palavrão de Barney.

“Porque ele faria isso?” Eu pergunto a Christian.

Ele encolhe os ombros. ”Vingança, talvez. Eu não sei. Você não

pode imaginar o porquê algumas pessoas se comportam da
maneira que elas se comportam. Eu só fico bravo porque você
trabalhou tão próxima a ele”. A boca de Christian está pressionada
em uma linha fina e dura e ele me abraça pela cintura com os seus
braços.

“Nós temos os arquivos do disco rígido dele também, senhor”,

Barney acrescenta.

“Sim, eu me lembro. Você tem o endereço do Sr. Hyde?” Christian

diz duramente.

“Sim, senhor, eu tenho”.

“Avise Welch”.

“Claro, eu irei. Eu também irei escanear a CCVT da cidade e ver se
eu consigo rastrear os seus movimentos”

“Verifique qual o veiculo que ele tem”.

“Senhor”.

“Barney pode fazer tudo isso?” Eu sussurro.



Christian assente e me dá um sorriso presunçoso.

“O que estava no disco rígido dele?” Eu sussurro.

O rosto de Christian fica mais duro e ele balança a cabeça. “ Nada
de mais”, ele diz, os lábios fechados, seu sorriso desaparecendo.

“Conte-me”.

“Não”.

“Era sobre você, ou sobre mim?”.

“Mim”. Ele suspira.

“Que tipo de coisas? Sobre o seu estilo de vida?” Christian balança

a cabeça e põe o dedo indicador sobre os meus lábios para me
silenciar. Eu faço uma cara feia para ele. Mas ele aperta os olhos e
é um aviso claro de que eu devo segurar a minha língua.

“É um Camaro 2006. Eu vou enviar os detalhes da licença para
Welch também”, Barney diz animadamente no telefone.

“Bom. Avise-me onde mais aquele fodido esteve no meu prédio. E
cheque essa imagem com a do registro pessoal dele na SIP”.
Christian olha para mim com ceticismo. “Eu quero ter certeza de
que nós temos uma confirmação”

“Já fiz isso senhor, e a Sra. Grey está correta. É Jack Hyde”. Eu
sorrio. Viu?! Eu posso ser útil. Christian esfrega as suas mãos pelas
minhas costas.

“Muito bem Sra. Grey.” Ele sorri e o seu rancor anterior desaparece.
Para o Barner, ele diz, “Deixe-me saber quando você rastrear todo

o seu movimento na Grey House. Cheque também se ele teve
acesso a alguma outra propriedade do Grupo Grey e avise ao time
de seguranças para que eles façam outra varredura em todos os
prédios”.

“Senhor”.

“Obrigado Barney”. Christian desliga.

“Bem, Sra. Grey, parece que você não é apenas decorativa, mas
útil também.” Os olhos de Christian se iluminam divertidos. Eu sei
que ele está provocando.

“Decorativa?” Eu zombo, provocando ele de volta.



“Muito”, ele diz baixo, dando-me um suave e doce beijo.
“Você é muito mais decorativo do que eu, Sr. Grey”. Ele sorri e me


beija com mais força, enrolando minha traça em seus pulsos e
envolvendo seus braços em volta de mim. Quando nós paramos
para recuperar o fôlego, meu coração está acelerado.

“Com fome?” Ele pergunta.
“Não”.
“Eu estou”.
“De quê?”
“Bem – comida de verdade, Sra. Grey”.
“Eu vou preparar algo para você” Eu rio.
“Eu amo esse som”
“De eu lhe oferecendo comida?”
“Você rindo”. Ele beija o meu cabelo e eu me levanto.
“Então o que você gostaria de comer, senhor?” Eu pergunto


docemente.

Ele aperta os olhos. “Você está sendo fofa, Sra. Grey?”

“Sempre, Sr. Grey... senhor”.

Ele me dá um sorriso indecifrável. “Eu ainda posso te colocar nos
meus joelhos”, ele sussurra sedutor.

“Eu sei”. Eu sorrio. Colocando as minhas mãos nos braços da sua
cadeira, eu me abaixo e o beijo. “Essa é uma das coisas que eu
adoro em você. Mas guarde a sua palma com espasmos, você está

faminto”.
Ele sorri o seu sorriso tímido e meu coração aperta. “Oh, Sra. Grey,


o que eu vou fazer com você?”
“Você vai responder a minha pergunta. O que você gostaria de
comer?”

“Algo leve. Surpreenda-me”, ele diz, repetindo as minhas palavras
ditas anteriormente no quarto de jogos (playroom).



“Eu verei o que posso fazer”. Eu saio do seu escritório e vou para a

cozinha. Meu coração afunda quando eu vejo que a Sra. Jones está
lá.

“Olá, Sra. Jones.”

“Sra. Grey. Você está pronta para comer algo?”

“Um...”

Ela está mexendo algo em um pote no fogão que cheira muito bem.

“Eu ia fazer lanches para o Sr. Grey e para mim”. Ela para por um
segundo. “Claro”, ela diz. “Sr. Grey gosta de pão francês – há
alguns cortados no freezer já no comprimento de lanche. Eu ficaria

feliz de fazer para você, senhora”.

“Eu sei. Mas gostaria de fazer isso”.

“Eu entendo. Eu te darei espaço”.

“O que você estava cozinhando?”

“Isso é um molho bolonhesa. Pode ser comido quando quiser. Eu
irei congelar”. Ela sorri calorosamente e desliga o fogão.

“Um – então o que o Christian gosta em um... lanche?” Eu franzo a
testa, impressionada com o que eu acabei de dizer. Será que a Sra.
Jones entendeu a referência? (em inglês, a palavra usada no livro
para lanche é Sub, que também pode ser submissa. Nessa frase,

Ana também poderia estar dizendo “o que o Christian gosta em uma
submissa”, por isso o questionamento!)

“Sra. Grey, você pode colocar qualquer coisa em um sanduiche,
contanto que seja em um pão francês, que ele comerá”. Nós
sorrimos uma para a outra.

“Okay, obrigada”. Eu vou ao freezer e encontro o pão francês

cortado em sacos Ziplock. Eu coloco dois em um prato, levo ao
micro-ondas e então programo para descongelar.

A Sra. Jones desapareceu. Eu franzo a testa enquanto volto para a
geladeira para procurar ingredientes. Eu acho que dependerá de
mim estabelecer os parâmetros pelos quais eu e a Sra. Jones
iremos trabalhar juntas. Eu gosto da ideia de cozinhar para
Christian nos finais de semana.



A Sra. Jones é mais do que bem-vinda a fazer isso durante a
semana – a última coisa que eu quero fazer quando chego em casa
do trabalho é cozinhar. Hmm... Um pouco como a rotina de
Christian com as suas submissas. Eu balanço a cabeça. Eu não
devo pensar demais nisso. Eu acho um presunto na geladeira e no
gavetão um abacate perfeitamente maduro.

Quando eu estou colocando um pouco de sal e limão no abacate
amassado, Christian surge do escritório com os planos para a nova
casa em suas mãos. Ele os coloca na bancada de café da manhã,
passeia em minha direção e coloca os braços a minha volta,
beijando o meu pescoço.

“Descalça e na cozinha”, ele murmura.

“Eu não deveria estar descalça e grávida na cozinha?” Eu sorrio.

Ele para, todo o seu corpo tenso contra o meu. “Ainda não”, ele diz
a apreensão clara na sua voz.

“Não! Ainda não!”

Ele relaxa. “Nisso nós concordamos, Sra. Grey”.

“Você quer crianças, no entanto, não quer?”

“Claro, sim. Eventualmente. Mas eu ainda não estou pronto pra
dividir você”. Ele beija o meu pescoço novamente.

Oh... dividir?

“O que você está fazendo? Parece bom”. Ele beija atrás da minha

orelha, e eu sei que é para me distrair. Um delicioso arrepio viaja
pela minha espinha.

“Sanduiches” (Subs). Eu sorrio, recuperando o meu senso de
humor.

Ele sorri contra o meu pescoço e belisca minha orelha. “Meu
favorito”. Eu o empurro com o meu ombro.

“Sra. Grey, você me feriu”. Ele se aperta como se sentisse dor.

“Covarde”. Eu murmuro com desaprovo.

“Covarde?” Ele diz sem acreditar. Ele dá um tapa na minha bunda,
fazendo-me gritar. “Rápido com a minha comida, meretriz. E depois
eu irei te mostrar quão covarde eu posso ser”. Ele me dá outro tapa

de forma divertida e vai para a geladeira.



“Gostaria de uma taça de vinho?” ele pergunta
“Por favor”.

Christian olha os planos de Gia do outro lado da bancada de café
da manhã. Ela realmente tem ideias espetaculares.

“Eu adoro a proposta de fazer toda a parede da parte de baixo de
vidro, mas...”
“Mas?” Christian fala.
Eu suspiro. “Eu não quero tirar toda a personalidade da casa”.


“Personalidade?”
“Sim. O que Gia está propondo é bastante radical, mas... eu me
apaixonei pela casa do jeito que ela é... verrugas, defeitos e tudo”.


Christian franze as sobrancelhas como se isso fosse uma maldição
para ele.

“Eu meio que amo o jeito que está” Eu sussurro. Isso o deixará

bravo?

Ele me diz. “Eu quero que esta casa seja do jeito que você quiser.
O que você quiser. É sua”.
“Eu quero que você goste também. Que esteja feliz nela também”.
“Eu estarei feliz onde quer que você esteja. É simples assim, Ana”.


Seu olhar segura o meu.

Ele é profundamente, profundamente sincero. Eu pisco para ele
conforme o meu coração se enche. Caramba, ele realmente me
ama.

“Bem” – eu engulo, lutando com o pequeno nó de emoção preso na
minha garganta – “Eu gosto da parede de vidro. Talvez nós
pudéssemos perguntar para ela para incorpora-la na casa com um

pouco mais de simpatia”.

Christian sorri. “Claro. O que você quiser. E sobre os planos para o
andar de cima e o porão?”
“Estou tranquila com eles”.
“Bom”.




Okay... Eu me seguro para fazer a pergunta de um milhão de

dólares. “Você quer colocar um quarto de jogos?” Eu sinto o tão

familiar rubor tomar o meu rosto assim que eu pergunto.
As sobrancelhas de Christian se juntam.
“Você quer?” ele responde, surpreso e divertido ao mesmo tempo.
Eu encolho. “Um... se você quer”.
Ele considera por um momento. “Vamos deixar as nossas opiniões


abertas por um momento. Além do que, esta vai ser uma casa de


família”.

Eu fico surpresa com a pontada de desapontamento que sinto. Eu
acho que ele está certo... se bem que, quando nós teremos uma
família?! Pode demorar anos.

“Se bem que nós podemos improvisar”. Ele sorri.
“Eu gosto de improviso”, eu sussurro.
Ele ri. “Isso é algo que eu quero discutir”. Christian aponta o quarto


principal, e nós começamos uma detalhada discussão sobre
banheiros e closets separados.
Quando terminamos, é nove e meia da noite.


“Você vai voltar a trabalhar?” Eu pergunto enquanto Christian enrola

os projetos.

“Não se você não quiser”. Ele sorri. “O que você gostaria de fazer?!”
“Nós podemos assistir TV”. Eu não quero ler, e não quero ir para a

cama... ainda.

“Okay”, Christian concorda voluntariamente, e eu o sigo para a sala

de TV.

Nós estivemos aqui três, talvez quatro vezes ao todo, e Christian
normalmente lê livros. Ele não está interessado na TV de forma
alguma. Eu me encolho ao lado dele no sofá, enfiando minhas
pernas debaixo de mim e descansando minha cabeça nos seus
ombros. Ele aponta o controle remoto para a TV de tela plana e
olha desinteressado para os canais.

“Alguma baboseira especifica que você quer ver?”
“Você não gosta muito de TV né?”, eu digo com ironia.



Ele balança a cabeça. “Perda de tempo. Mas eu vou assistir ago
com você”.

“Eu pensei que nós podíamos dar uns amassos”.

Ele vira para mim. “Amassos”? Ele olha para mim como se eu
tivesse nascido com duas cabeças. Ela para de piscar sem parar,
deixando a TV ligada numa novela espanhola.

“Sim”. Porque ele está tão horrorizado?
“Nós podemos ir para a cama e dar uns amassos”.
“Nós fazemos isso o tempo todo. Quando foi a ultima vez que você


ficou com alguém em frente à TV? Eu pergunto, tímida e ansiosa ao
mesmo tempo.
Ele franze a testa e balança a cabeça ao mesmo tempo. Apertando

o controle remoto novamente, ele pula alguns canais antes de parar
em um antigo episódio de Arquivo X.
“Christian?”
“Eu nunca fiz isso”, ele diz baixo.
“Nunca?”
“Não”.
“Nem com a Sra. Robinson?”
Ele bufa. “Querida, eu fiz um monte de coisas com a Sra. Robinson.


Dar amassos não foi uma delas”. Ele sorri para mim e me olha com
curiosidade. “Você já?”
Eu coro. “É claro”. Bem, meio que...
“O quê?! Com quem?”


Oh não. Eu não quero ter essa conversa.

“Conte-me”, ele pressiona.

Eu olho para baixo e cruzo os meus dedos. Ele gentilmente cobre
as minhas mãos com a dele. Quando eu o olho, ele está sorrindo
para mim.

“Eu quero saber. Então eu posso reduzir quem quer que seja a
nada”. Eu rio. “Bom, a primeira vez...”



“A primeira vez! Tem mais que um idiota?” Ele rosna.

Eu rio novamente. “Porque tão surpreso Sr. Grey?” Ele franze a
testa rapidamente, passa a mão pelo cabelo e olha para mim como

se me visse por uma luz completamente diferente. “Eu só estou.
Quero dizer – dada a sua falta de experiência”.

Eu coro. “Eu certamente tenho melhorado desde que te conheci”.

“Você tem”. Ele ri. “Conte-me. Eu quero saber”. Eu olho para os
seus pacientes olhos cinzas, tentando captar seu humor. Isso fará
ele ficar bravo ou ele genuinamente quer saber? Eu não o quero de
mal humor. Ele é impossível quando está de mal humor.

“Você realmente quer eu te conte?”

Ele assente lentamente uma vez, e seus lábios se contorcem em
um sorriso divertido e arrogante.

“Eu tinha acabado de chegar em Vegas com minha mãe e o marido
número três. Eu estava na décima série. Seu nome era Bradley e
ele era meu parceiro no laboratório de física”

“Quantos anos você tinha?”

“Quinze”.

“E o que ele está fazendo agora?”

“Eu não sei”.

“Até onde ele foi?”

“Christian”! Eu grito – e de repente ele agarra os meus joelhos,
depois os meus tornozelos e me puxa e eu caio de costas no sofá.
Ele desliza devagar sobre mim, me prendendo abaixo dele, Omã
perna entre as minhas. Fiquei tão surpresa que grito. Ele agarra
minhas mãos e as levanta acima da minha cabeça.

“Então, esse Bradley – ele chegou à primeira base?” ele murmura,

correndo o seu nariz pelo meu. Ele me dá beijos suaves no canto
da minha boca.

“Sim”, eu murmuro contra os seus lábios. Ele solta uma das suas

mãos de forma que ele possa pegar o meu queixo enquanto sua
língua invade a minha boca, e eu fico surpresa com o seu beijo
ardente.

“Dessa forma?” Christian respira quando ele toma ar.



“Não... não dessa forma”, eu respondo como se todo o sangue do
meu corpo fosse para o sul.

Soltando o meu queixo, ele passa as suas mãos pelo meu corpo e
para no meu seio.

“Ele fez isso? Ele te tocou dessa forma?” Seu dedo aperta o meu

mamilo através da minha camisola, delicadamente, repetidamente e
ele endurece em resposta ao seu toque experiente.

“Não”. Eu me contorço embaixo dele.

“Ele chegou à segunda base?” Ele murmura no meu ouvido. Suas
mãos se movem pelas minhas costelas, passando pela minha
cintura para os meus quadris. Ele morde o lóbulo da orelha e
gentilmente puxa.

“Não”. Eu respiro.

Vozes vindas da TV falam sobre os mais procurados pelo FBI.

Christian para, se inclina para cima e aperta o botão de mudo do
controle. Ele olha para baixo para mim.

“E sobre o Zé Ninguém número dois? Ele passou da segunda
base?” Seus olhos estão ardentemente quentes... Bravos?
Excitados? É difícil de dizer qual.

Ele vira para o meu lado e desliza sua mão para baixo da minha
calça de moletom.

“Não”. Eu sussurro, preza pelo seu olhar carnal. Christian sorri

perversamente.

“Bom”. Suas mãos envolvem o meu sexo. “Sem calcinha, Sra. Grey.
Eu aprovo”. Ele me beija novamente enquanto os seus dedos tecem

mais mágica, seu dedos pressionando o meu clitóris, tentando-me,
enquanto ele empurra o seu dedo indicador dentro de mim com
uma requintada lentidão.

“Era para a gente dar uns amassos” eu gemo.
Christian para. “Eu achei que nós estávamos”.
“Não. Sem sexo”.
“O quê?”
“Sem sexo...”




“Sem sexo, huh?” Ele retira a mão do meu moletom. “Aqui”. Ele

passa o seu dedo indicador pelos meus lábios, e eu sinto a minha
salgada excitação. Ele empurra seu dedo dentro da minha boca,
repetindo o que estava fazendo um pouco antes. Então se vira e ele
está entre as minhas pernas, e pressiona a sua ereção contra mim.
Ele investe uma vez, duas, e de novo. Eu suspiro conforme a minha
calça de moletom raspa no lugar certo. Ele empurra mais uma vez,
se esfregando em mim.

“Isso é o que você quer?” Ele murmura e move os seus quadris

ritmicamente, se chocando contra mim.

“Sim”. Eu gemo.

Suas mãos se movem para se concentrar no meu mamilo mais uma

vez e seu dente raspa na minha mandíbula. “Você sabe quão
gostosa você é, Ana?” Sua voz está rouca conforme ele se esfrega
mais pesado contra mim. Eu abro a minha boca para articular uma
resposta e falho completamente, gemendo alto. Ele alcança a
minha boca mais uma vez, puxando o meu lábio inferior com os
seus dentes antes de mergulhar a sua língua dentro da minha boca
novamente. Ele solta o meu outro pulso e minha mãos viajam
avidamente pelos seus ombros e pelo seu cabelo enquanto ele me
beija. Quando eu puxo seu cabelo, ele geme e levanta seus olhos
para os meus.

“Ah...”

“Você gosta que eu te toque?” Eu sussurro.

Suas sobrancelhas franzem rapidamente como se ele não tivesse

entendido a pergunta. Ele para, rangendo contra mim. “Claro que eu

gosto. Eu amo que você me toque, Ana. Eu sou como um homem
faminto em um banquete quando se refere ao seu toque”. Sua voz
soa com uma sinceridade apaixonante.

Minha nossa...

Ele se ajoelha entre as minhas pernas e me levanta, tirando a
minha blusa. Eu estou nua por baixo. Segurando a barra da sua
camiseta, ele tira pela cabeça e joga no chão, então me puxa sobre

o seu colo, seus braços apertando as minhas costas.
“Toque-me”, ele suspira.

Meu Deus... eu o toco e passo as pontas dos meus dedos através
dos pelos no seu tórax, sobre o seu esterno, sobre as suas



cicatrizes de queimadura. Ele inala mais rapidamente e suas
pupilas dilatam, mas não é de medo. É uma resposta sensual ao
meu toque. Ele me olha atentamente enquanto os meus dedos
flutuam delicadamente pela sua pele, de um mamilo para o outro.
Eles se encolhem ao meu toque. Avançando, eu dou suaves beijos
no seu peito, e minhas mãos movem-se para seus ombros, sentido
as duras e esculpidas linhas de músculo e tendões. Nossa... ele
está em boa forma.

“Eu quero você”, ele murmura e é o sinal verde para a minha libido.

Meus dedos entrelaçam o seu cabelo, puxando-o para trás e eu
clamo pela sua boca, o fogo queimando mais quente e mais forte no
meu ventre. Ele geme e me empurra de volta no sofá. Ele se senta
e arranca minhas calças junto com as dele.

“Home run”, ele suspira, e rapidamente me preenche.

“Ah...” eu gemo e ele para, agarrando meu rosto entre as suas
mãos.

“Eu te amo, Sra. Grey”, ele sussurra e bem devagar, gentilmente,
ele faz amor comigo até eu arrebentar pelas costuras, chamando
por ele e me agarrando a ele, querendo nunca deixá-lo ir.

Eu deito esparramada no seu peito. Estamos no chão da sala de
TV.

“Você sabe, nós ultrapassamos completamente a terceira base”.

Meus dedos traçam a linha dos seus músculos peitorais.

Ele ri. “Próxima vez, Sra. Grey”. Ele beija o topo da minha cabeça.

Olho para cima e encaro a TV onde os créditos de Arquivo X
passam. Christian alcança o controle e liga o som novamente.

“Você gostava desse programa?” Eu pergunto.

“Quando eu era criança”.

Oh... Christian criança... kickboxing e Arquivo X e sem toque.

“Você?” ele pergunta.

“Não é do meu tempo”.

“Você é tão nova”. Ele sorri afetuosamente. “Eu gosto de dar uns
amassos com você Sra. Grey”.



“Eu também, Sr. Grey”. Eu beijo seu peito e nós assistimos
silenciosamente enquanto Arquivo X termina e os comerciais
aparecem.

“Tem sido três semanas celestiais. Perseguições de carro e
incêndios e não obstante ex-chefes psicóticos. Como estar em

nossa própria bolha particular”, eu digo sonhadoramente.

“Hmm”, Christian grunhe. “Eu não sei se estou pronto pra te dividir
com o resto do mundo ainda”.
“De volta à realidade amanhã”, eu murmuro, tentando manter a

melancolia da minha voz.
Christian suspira e passa a sua outra mão pelo meu cabelo.


“Segurança será reforçada –“ Eu ponho meu dedo sobre seus

lábios. Não quero escutar essa palestra de novo.

“Eu sei. Serei boazinha. Eu prometo”. O que me lembra... Eu viro,
me apoiando no ombro para vê-lo melhor. “Porque você estava
gritando com Sawyer?” Ele enrijece imediatamente. Droga!

“Porque nós fomos seguidos”

“Não foi culpa do Sawyer”

Ele olha para mim. “Eles nunca deveriam ter deixado você seguir
tão na frente. Eles sabem disso”.

Eu coro culposamente e reassumo minha posição, deitando no seu
peito. Foi minha culpa.

Eu queria escapar deles.

“Não foi –“

“Chega” Christian de repente me corta. “Isto não será discutido,
Anastasia. É um fato, e eles não deixarão acontecer novamente”.

Anastasia! Eu sou Anastasia quando estou encrencada assim como

era em casa com a minha mãe.
“Okay”, eu digo, aplacando-o. Eu não quero brigar. “Ryan pegou a
mulher que estava no Dodge?”


“Não. E eu não estou convencido de que era uma mulher”.
“Oh?” Eu olho para cima novamente.
 “Sawyer viu alguém com o cabelo amarrado atrás, mas foi por um

momento. Ele presume que era uma mulher. Agora, dado que você
identificou aquele otário, pode ser que fosse ele. Ele usou o cabelo

como aquele”. O desgosto na voz de Christian é palpável.

Eu não sei o que fazer com essa noticia. Christian desliza sua mão
para baixo nas minhas costas nuas, distraindo-me.

“Se algo tivesse acontecido com você...”, ele murmura, seus olhos
abertos e sérios.

“Eu sei”, eu sussurro. “Eu sinto o mesmo sobre você”. Eu tremo

com o pensamento.

“Venha. Você está ficando gelada”, ele diz, levantando. “Vamos
para a cama. Nós podemos cobrir a terceira base lá”. Ele me dá um
sorriso malicioso, mercurial (temperamental) como sempre,
apaixonado, nervoso, ansioso, sexy – meu Fifty Shades. Eu pego
sua mão e ele me levanta, e sem questionar, eu o sigo através da
grande sala para o quarto.

Na manhã seguinte, Christian aperta a minha mão quando nós
chegamos na SIP.

Ele parece muito o poderoso executivo em seu terno azul marinho e
gravata combinando, e eu sorrio. Ele não esteve tão elegante assim
desde o balé em Mônaco.

“Você sabe que não precisa fazer isso?” Christian diz. Eu fico

tentada a rolar meus olhos para ele.

“Eu sei”, eu murmuro, sem querer que Sawyer e Ryan me escutem

na parte da frente do Audi. Ele franze a testa e sorri.

“Mas eu quero ir”, eu continuo. “Você sabe disso”. Eu inclino e o
beijo. A testa franzida não desaparece. “O que foi?” Ele olha
receoso para Ryan enquanto Sawyer desce do carro. “Eu vou sentir
falta de tê-la para mim”. Eu acaricio o seu rosto. “Eu também”. Eu o
beijo. “Foi uma lua de mel maravilhosa. Obrigada”.

“Vá trabalhar, Sra. Grey”.

“Você também Sr. Grey”

Sawyer abre a porta. Eu olho para Christian mais uma vez antes de
descer para a calçada. Conforme eu entro no prédio eu dou a ele
um pequeno aceno. Sawyer segura a porta aberta e me segue.



“Oi Ana”. Claire sorri na recepção.

“Claire, oi”. Eu sorrio de volta.

“Você parece ótima. Boa lua de mel?”

“A melhor, obrigada. Como estão as coisas por aqui?”

“O velho Roach é o mesmo, mas a segurança foi aumentada e a

nossa sala de servidor está sendo reformulada. Mas Hannah irá te
contar tudo”. Claro que ela irá. Eu dou a Claire um sorriso amigável
e vou para o meu escritório.

Hannah é minha assistente. Ela é alta, magra e impiedosamente
eficiente, ao ponto de, de vez em quando eu achá-la um pouco
intimidante. Mas ela é doce comigo, apesar do fato de ela ser uns
anos mais velha. Ela está me esperando com o meu latte – o único
café que eu a deixo trazer para mim.

“Oi Hannah”, eu digo calorosamente.

“Ana, como foi a sua lua de mel?”

“Fantástica. Tome – para você”. Eu coloco o pequeno vidro de

perfume que eu troce para ela da sua mesa, e ela bate palmas com
alegria.

“Oh, obrigada!” ela diz com entusiasmo. “A sua correspondência

urgente está na sua mesa, e Roach gostaria de vê-la às dez. Isso é

tudo que eu tenho para te informar por enquanto”.

“Bom. Obrigada. E obrigada pelo café”. Entrando no meu escritório,
eu coloco a minha pasta na minha mesa e olho para a pilha de
cartas. Jesus, eu tenho muita coisa para fazer.

Um pouco antes das dez escuto uma batida tímida à minha porta.

“Entre”.

Elizabeth aparece na porta. “Oi Ana. Eu só queria lhe desejar boas
vindas”.

“Ei. Eu tenho que dizer, lendo toda essa correspondência, eu
gostaria de voltar ao Sul da França”.

Elizabeth ri, mas a sua risada é forçada, e eu inclino a minha
cabeça para o lado e olho para ela como Christian faz comigo.



“Feliz que você tenha voltado em segurança”, ela diz. “Eu a vejo em
poucos minutos na reunião com Roach”.

“Okay”, eu murmuro, e ela fecha ao passar pela porta. Eu franzo a

testa para a porta fechada. O que foi isso? Eu ignoro. Meu email
apita – é uma mensagem do Christian.

De: Christian Grey
Assunto: Esposas errantes
Data: 22 de agosto de 2011 09:56
Para: Anastasia Steele


Esposa,
Eu enviei o email abaixo e voltou.
E é porque você não mudou o seu nome.
Tem algo que você deseja me contar?


Christian Grey
CEO, Grey Enterprises Holdings Inc.


Anexo:
De: Christian Grey
FW Assunto: Bolha
Data: 22 de agosto de 2011 09:32
Para: Anastasia Grey


Sra. Grey
Amo cobrir todas as bases com você.
Tenha um ótimo retorno.
Já sinto falta da nossa bolha.


X.


Christian Grey
De volta ao mundo real CEO, Grey Enterprises Holdings Inc.


Droga. Eu clico em responder imediatamente.


De: Anastasia Steele
Assunto: Não estoure a bolha
Data: 22 de agosto de 2011 09:58
Para: Christian Grey


Marido
Eu sou a favor de metáforas de baseball com você, Sr. Grey.
Eu quero manter o meu nome aqui.
Eu vou te explicar essa noite.
Eu irei para uma reunião agora.
Sinto falta da nossa bolha também.
PS. Pensei que eu tinha que usar o meu BlackBerry?


Anastasia Steele
Coordenadora Editorial, SIP


Isso vai ser uma briga e tanto. Eu posso sentir. Suspirando, eu junto
os meus papeis para a reunião.

A reunião dura duas horas. Todos os coordenadores estavam
presentes, além de Roach e Elizabeth. Nós discutimos o pessoal,
estratégia, segurança e o final do ano. Conforme a reunião
progredia, eu me sentia mais e mais desconfortável.

Houve uma brusca mudança em como os meus colegas estão me
tratando –
uma distância e diferença que não havia antes de eu sair
para a minha lua de mel. E de Courtney, que dirige a divisão de não



ficção, há uma hostilidade franca. Talvez eu esteja paranoica, mas
isso explica de alguma forma a risada estranha de Elizabeth essa
manhã.

Minha mente volta para o iate, então para o quarto de jogos e para

o R8 fugindo do Dodge misterioso na I-5. Talvez Christian esteja
certo....talvez eu não possa fazer isso mais. Essa ideia é
deprimente – isso é tudo que eu sempre quis fazer. Se eu não fizer
isso, o que eu farei? Enquanto eu volto para a minha sala, eu tento
afastar esses pensamentos ruins.
Quando eu sento na minha mesa, rapidamente checo os meus
emails. Nada de Christian. Checo meu BlackBerry... nada ainda.
Bom. Pelo menos ele não teve nenhuma reação contrária ao meu
email. Talvez nós discutamos isso essa noite, conforme o meu
pedido. Eu acho difícil de acreditar, mas ignorando essa sensação
desagradável, eu abro o plano de marketing que me foi dado na
reunião.

Seguindo o nosso ritual das segundas, Hannah entra na minha sala
com um prato para o meu lanche preparado pela Sra. Jones, e nós
sentamos para comer nossos lanches juntas, discutindo quais os
objetivos da semana. Ela me atualiza sobre as fofocas do escritório
também, o que – considerando que eu estive fora por três semanas

– é muita coisa. Enquanto estamos conversando, alguém bate à
porta.
“Entre”.

Roach abre a porta, e parado atrás dele está Christian. Eu
momentaneamente travo. Christian me dá um olhar ardente e entra,
antes sorrindo educadamente para Hannah.

“Olá, você deve ser Hannah. Eu sou Christian Grey”, ele diz.

Hannah se embaralha com os pés e estende a mão.

“Sr. Grey. É-é um prazer te conhecer”, ela gagueja com as mãos
tremendo. “Eu posso te oferecer um café?”

“Por favor”, ele diz calmamente. Com um rápido olhar intrigado para

mim, ele olha para o escritório atrás de Roach, que está tão mudo
quanto eu na porta da minha sala.

“Se você me der licença Roach, eu gostaria de ter uma palavra com
a Srta. Steele” Christian reforça o “ita”, sarcasticamente.

É por isso que ele está aqui...merda!



“Claro Sr. Grey. Ana”, Roach murmura, fechando a porta da minha


sala conforme ele sai. Eu recupero a fala.
“Sr. Grey, que bom vê-lo”. Eu sorrio, muito docemente.
“Srta. Steele, eu posso me sentar?”
“É a sua empresa”. Eu indico a cadeira em que Hannah estava


sentada.

“Sim, é”. Ele me dá um sorriso arisco, um sorriso que não chega
aos seus olhos. Seu tom é seco, ele está irrequieto de tensão, eu
posso senti-la à minha volta. Merda. Meu coração encolhe.

“Seu escritório é bem pequeno”, ele diz, confirme senta em frente à

minha mesa.

“Serve para mim”.

Ele me olha com neutralidade, mas eu sei que está bravo. Eu dou
um longo suspiro. Isso não vai ser divertido.

“O que eu posso fazer por você, Christian?”
“Eu só estou verificando os meus bens”.
“Seus bens? Todos eles?”
“Todos eles. Alguns precisam de um reposicionamento”.
“Reposicionamento? Em que sentido?”
“Eu acho que você sabe”. Sua voz é ameaçadoramente calma.
“Por favor -não me diga que você interrompeu o seu dia, depois de


três semanas afastado para vir aqui e brigar comigo a respeito do

meu nome”. Eu não sou uma droga de propriedade!
Ele se mexe e cruza as pernas. “Não brigar exatamente. Não”.
“Christian, eu estou trabalhando”.
“Para mim, parece que você estava fofocando com a sua


assistente”. Meu rosto queima. “Nós estávamos repassando as
nossas tarefas” Eu vocifero. “E você não respondeu a minha
pergunta”.

Há uma batida na porta. “Entre!” eu grito, alto demais.



Hannah abre a porta e traz uma pequena bandeja. Jarro de leite,
um pote de açúcar, café em uma máquina francesa. Ela trouxe
tudo. Ela coloca a bandeja na minha mesa.

“Obrigada Hannah”, eu murmuro, envergonhada por ter gritado tão

alto.

“Você precisa de algo mais, Sr. Grey?” ela pergunta sem fôlego. Eu

quero virar os meus olhos para ela.

“Não, obrigado. Isso é tudo”. Ele dá o seu sorriso deslumbrante, o
sorriso de derrubar calcinha para ela. Ela cora e sai afetada. Ela
volta sua atenção para mim.

“Agora, Srta. Steele, onde nós estávamos?”

“Você estava rudemente interrompendo o meu dia de trabalho para
brigar comigo a respeito do meu nome”.

Christian pisca uma vez – surpreso, eu acho, pela veemência na
minha voz.

Habilmente, ele pega um pedaço de linha invisível no seu joelho
com os seus dedos longos e habilidosos.

É distração. Ele está fazendo isso de propósito. Eu estreito os meus
olhos para ele.

“Eu gosto de fazer visitas surpresas. Isso mantém empregados
atentos, esposas nos seus lugares. Você sabe”. Ele encolhe os

ombros, sua boca fechada em uma linha arrogante.

Esposas nos seus lugares! “Eu não tinha ideia de que você tempo
de sobra”, eu respondo.

Seus olhos esfriam. “Porque você não quer mudar o seu nome
aqui?” ele pergunta, sua voz mortalmente calma.

“Christian, nós temos que discutir isso agora?”

“Eu estou aqui. Não vejo porque não”.

“Eu tenho uma tonelada de trabalho para fazer, fiquei longe por três
semanas”. Ele olha para mim, seus olhos frios e avaliadores –
distantes até. Me admira que ele possa parecer tão frio após a noite
passada, depois das últimas três semanas. Droga. Ele deve estar
muito bravo – realmente bravo. Quando ele vai aprender a não
exagerar na reação?



“Você está com vergonha de mim?” ele pergunta, sua voz

enganosamente suave.

“Não! Christian, claro que não!” Eu franzo as sobrancelhas. “Isso é
sobre mim – não você”. Jesus, ele é irritante às vezes. Bobo
megalomaníaco controlador.

“Como isso não é sobre mim?” Ele inclina sua cabeça para um lado,

genuinamente perplexo, a sua indiferença se esvaindo enquanto ele
me olha atentamente, e eu percebo que ele está sentido. Puta
merda. Eu o magoei. Oh não... ele é a ultima pessoa que eu quero
magoar. Eu tenho que fazê-lo ver a minha lógica. Eu tenho que
explicar as minhas razões para ele.

“Christian, quando eu assumi esse trabalho, eu tinha acabado de te
conhecer”, eu digo pacientemente, lutando para encontrar as
palavras certas. “Eu não sabia que você ia comprar a empresa –“

O que eu posso dizer a respeito desse momento na nossa história?
Suas razões insanas para fazer isso – sua necessidade de controle
absurda, sua tendência de perseguir ao extremo e sem controle,
tudo porque ele é tão rico. Eu sei que ele quer me manter segura,
mais é o fato de ele ser dono da SIP o principal problema aqui. Se
ele nunca tivesse interferido, eu poderia continuar normalmente e
não ter que enfrentar as recriminações sussurradas e descontentes
dos meus colegas. Eu coloco minha cabeça entre as minhas mãos
só para quebrar o contato com ele.

“Porque isso é tão importante pra você?” eu pergunto, tentando

desesperadamente manter o meu desgastado temperamento. Eu
olho para o seu olhar impassível, seus olhos estão luminosos, não
revelando nada, a sua mágoa anterior agora escondida. Mas
mesmo enquanto eu faço a pergunta, lá no fundo eu sei a resposta
antes mesmo dele dizer.

“Eu quero que todos saibam que você é minha”.

“Eu sou sua – olhe”. Eu levando a minha mão esquerda, mostrando

as minhas alianças de casamento e de noivado.

“Isso não é o bastante”.

“Casar com você não é o bastante?” Minha voz é quase um suspiro.

Ele pisca, percebendo o horror no meu rosto. Onde mais eu posso ir
a partir daqui. O que mais eu posso fazer?



“Não foi isso o que eu quis dizer”, ele responde e passa m mão

pelos seus cabelos longos demais de forma que um pedaço cai na
sua testa.

“O que você quer dizer?”

Ele engole. “Eu quero que o seu mundo comece e termine comigo”,

ele diz, sua expressão clara. O seu comentário me desestabiliza. É
como de ele tivesse me dado um soco forte no estomago, atingindo-
me e me ferindo. E eu vejo um pequeno e assustado garoto de
cabelos ruivos e olhos cinzentos, vestindo roupas sujas,
descoordenadas e mal ajustadas.

“É assim”, eu digo sem pestanejar, porque é verdade. “Eu só estou

tentando estabelecer uma carreira, e eu não quero fazê-la em seu
nome. Eu tenho que fazer algo Christian. Você não pode me
aprisionar no Escala ou na cada nova sem nada para fazer. Eu vou
ficar louca. Eu vou sufocar. Eu sempre trabalhei, e sempre gostei.
Esse é o emprego dos meus sonhos; é o que eu sempre quis. Mas
fazer isso não significa que eu te ame menos. Você é o mundo para
mim”. Minha garganta seca e há lágrimas nos meus olhos. Eu não
devo chorar, não aqui. Eu repito sem parar na minha cabeça. Eu
não devo chorar. Eu não devo chorar.

Ele me olha sem dizer nada. Então algo passa pela sua cabeça,
como de ele estivesse considerando o que eu disse.

“Eu te sufoco?” sua voz é um sussurro, e é um eco da pergunta que
ele me fez anteriormente.

“Não... sim... não”. Essa é uma conversa tão cansativa – não a que
eu queria ter agora, aqui. Eu fecho os olhos e esfrego a testa,
tentando imaginar como nós chegamos a isto.

“Olhe, nós estamos falando sobre o meu nome. Eu quero manter o
meu nome aqui porque eu quero colocar uma distancia entre mim e
você.... mas só aqui, e é isso. Você sabe que todo mundo pensa
que eu conquistei esse trabalho por sua causa, quando a realidade
é –“ Eu paro, quando os seus olhos se arregalam. Oh não...isso é
por causa dele?

“Você quer saber o porquê você ganhou esse emprego, Anatasia?”
Anastasia? Droga. “O quê? O que você quer dizer?” Ele se mexe na

cadeira como se estivesse se preparando. Eu quero saber?



“O gerente aqui deu o emprego do Hyde pra você cuidar. Eles não
queriam o gasto de ter de contratar um executivo sênior enquanto a
empresa estava quase vendida. Eles não tinham a menor ideia do
que o novo dono iria fazer quando tomasse posse, então
sabiamente, eles não quiseram um gasto extra. Então eles te deram
a vaga do Hyde para tomar conta até o novo dono” – ele para, e me
dá um sorriso irônico – “que sou eu, tomar posse”.

Puta merda! “O que você está falando?” Então foi por causa dele.
Droga! Eu estou horrorizada.

Ele sorri e balança a cabeça com a minha surpresa. “Calma. Você
está mais do que à altura do desafio. Você está se saindo muito

bem”. Há um pequeno toque de orgulho na sua voz, e quase me

destrói.

“Oh”, eu murmuro de forma incoerente, absorvendo essa novidade.

Eu sento direito na minha cadeira, a boca aberta, encarando-o. Ele
se mexe de novo.

“Eu não quero te sufocar Ana. Eu não quero de por numa gaiola
dourada. Bem...” Ele para, sua expressão mais sombria. “Bom, o
meu lado racional não quer”. Ele esfrega o seu queixo como se

estivesse elaborando um plano.

Oh, aonde ele vai com isso? Christian olha para cima de repente,

como se ele tivesse um insight. “Então, uma das razões pelas quais
eu estou aqui – sem contar para lidar com a milha esposa errante”,
ele diz, apertando o seus olhos, “é para discutir o que eu vou fazer
com essa empresa”.

Esposa errante! Eu não sou errante, eu não sou uma propriedade.
Eu o encaro novamente e a ameaça das lágrimas desaparece.

“E quais são os seus planos?” Eu inclino a minha cabeça para o

lado, repetindo o seu gesto, e não posso evitar o tom sarcástico.
Seus lábios se transformam em um quase sorriso.

Jesus – mudança de humor, de novo! Como eu posso acompanhar

o Sr. Temperamental?
“Eu vou renomear a empresa – para Publicações Grey”. Puta
merda.

“E no prazo de um ano, ela será sua”.

Fico de boca aberta de novo – mais aberta dessa vez.



“Esse é o meu presente de casamento para você”.

Eu fecho a boca então a abro novamente, tentando articular alguma
coisa – mas não consigo. Minha mente está em branco.

“Então, será que eu tenho que mudar o nome para Publicações
Steele?” Ele está sério. Caramba.

“Christian”, eu sussurro, quando a minha mente finalmente se

reconecta com a minha boca.

“Você me deu um relógio... eu não posso comandar um negócio”.

Ele vira a sua cabeça para o lado novamente e me dá um olhar de

censura. “Eu toco o meu próprio negocio desde que tinha vinte e um
anos”.

“Mas você é... você. Louco por controle e um jovem prodígio. Jesus,

Christian, você cursava economia em Harvard antes de desistir.
Pelo menos você tem alguma noção. Eu vendi tinta e cabos por três
anos em meio período, pelo amor de Deus. Eu conheço tão pouco

do mundo e eu sei quase nada!” Minha voz se eleva, ficando mais

alta e mais alta confirme eu termino o meu discurso.

“Você também é a pessoa com mais conhecimentos que eu
conheço”. Ele aponta sinceramente. “Você adora um bom livro.

Você não conseguia largar o seu trabalho nem durante a lua de

mel. Você leu quantos manuscritos? Quatro?”

“Cinco”, eu sussurro.

“E você escreveu relatórios completos de todos eles. Você é uma
jovem brilhante, Anastasia. Eu tenho certeza de que você consegue

comandar”.

“Você é louco?”

“Louco por você”, ele murmura.

E eu bufo, porque é a única coisa que o meu corpo consegue fazer.
Ele estreita os olhos.

“Você vai ser motivo de piada. Comprar uma empresa para uma
pequena mulher, que só tinha tido um emprego de meio período por

alguns meses da sua vida adulta”.

“E você dá a mínima pro que as pessoas pensam? Além disso,
você não estará sozinha”.



Eu olho para ele. Ele realmente perdeu a noção dessa vez.

“Christian, eu...” Eu coloco a minha cabeça entre as minhas mãos –

minhas emoções estão em frangalhos. Ele é doido?

E de algum lugar escuro eu profundo eu tenho a repentina e
inapropriada vontade de rir. Quando eu olho para ele, ele está com
os olhos arregalados.

“Tem algo te divertindo, Srta. Steele?”
“Sim. Você”.

Seus olhos se abrem mais, chocados mas também divertidos.

“Rindo do seu marido? Nunca faça isso. E você está mordendo o
seu lábio”. Seus olhos se tornam mais profundos... daquele jeito.
Oh não – eu conheço esse olhar. Misterioso, sedutor, devasso...
não, não, não! Não aqui.

“Nem pense nisso” Eu aviso, o alarme claro em minha voz.
“Pensar no que, Anastasia?”
“Eu conheço esse olhar. Nós estamos no trabalho”.


Ele inclina para frente, seus olhos grudados nos meus, cinza
escuros e famintos. Puta merda!

Eu engulo instintivamente. “Nós estamos em uma pequena sala,
razoavelmente a prova de som, e com uma porta com tranca”.
“Falta moral grave”, eu digo cada palavra com cuidado.
“Não com o seu marido”
“Com o chefe do chefe do meu chefe”, eu sibilo.


“Você é minha mulher”.
“Christian, não. Eu falo sério. Você pode me foder em sete tons de
domingo essa noite. Mas não agora. Não aqui!”.


Ele pisca e seus olhos se estreitam mais uma vez. Então,
inesperadamente, ele ri.

“Sete tons de domingo?”. Ele arqueia a sobrancelha, intrigado. “Eu
posso te cobrar isso, Srta. Steele”.

“Ah, pare com isso de Srta. Steele”. Eu digo e bato na mesa,

surpreendendo a nós dois.



“Pelo amor de Deus, Christian. Se é tão importante para você, eu
vou mudar o meu nome!”. Sua boca se abre enquanto ele inala

pesadamente. E então ele ri, um sorriso radiante, alegre e com
todos os dentes à mostra. Wow...

“Bom”. Ele bate as mãos, e de repente se levanta.

O que agora?

“Missão cumprida. Agora, eu tenho que trabalhar. Se você me dá
licença, Sra. Grey”.

Gah – esse homem é tão enlouquecedor! “Mas –“

“Mas o que, Sra. Grey?”

Eu cedo. “Vá”

“Eu pretendo ir. Eu te verei essa noite. E estou ansioso para os sete
tons de domingo”.

Eu franzo as sobrancelhas.

“Oh, e eu tenho um monte de reuniões de negócios chegando, e eu
gostaria que você me acompanhasse”.

Eu olho para ele. Você simplesmente vai embora?!

“Eu vou pedir para Andrea ligar para Hannah para ela colocar as

datas no seu calendário. Há algumas pessoas que você precisa
conhecer. Você deve pedir para a Hannah te ajudar com os seus

horários daqui para frente”.

“Okay”, eu murmuro, completamente confusa, desorientada e em

choque.

Ele se inclina sobre a minha mesa. O que agora? Eu sou fisgada
pelo seu olhar hipnotizante.

“Adoro negociar com você, Sra. Grey”. Ele se abaixa mais enquanto

eu fico sentada paralisada, e ele dá um beijo suave e carinhoso nos

meus lábios. “Até mais, tarde baby”, ele murmura. Ele se levanta

abruptamente, pisca para mim, e sai.

Eu coloco a minha cabeça sobre a mesa, sentindo como se eu
tivesse sido atingida por um trem em movimento – o trem em
movimento que é o meu amado marido. Ele tem que ser o mais
frustrante, irritante, contrariado homem no planeta. Eu me levanto e
esfrego os olhos freneticamente.



Com o que eu acabei de concordar? Okay, Ana Grey comandando
a SIP – quer dizer, Publicações Grey. O homem é louco. Alguém
bate na porta, e a cabeça de Hannah aparece.

“Você está bem?” ela pergunta.

Eu simplesmente a encaro. Ela franze a testa.

“Eu sei que você não gosta que eu faça isso – mas eu posso te
fazer um chá?” Eu assinto.
“Twinings English Breakfast, preto e fraco?” Eu aceno com a

cabeça.

“Já trago Ana”.

Eu encaro a tela do meu computador sem enxergar nada, ainda em
choque. Como eu posso fazê-lo entender? Email!

De: Anastasia Steele
Assunto: NÃO UMA PROPRIEDADE!
Data: 22 de agosto de 2011 14:23
Para: Christian Grey

Sr. Grey

Da próxima vez que você vir me ver, marque um horário, assim pelo menos eu
posso ter um aviso prévio da sua irritante e adolescente megalomania.
Sua

Anastasia Grey .----note o nome, por favor,
Coordenadora Editorial, SIP

De: Christian Grey
Assunto: Sete Tons de Domingo
Data: 22 de agosto de 2011 14:34
Para: Anastasia Steele



Minha querida Sra. Grey (ênfase no minha)
O que eu posso dizer em minha defesa: Eu estava na vizinhança.
E não, você não é uma propriedade, você é minha esposa amada.
Como sempre, você fez o meu dia.


Christian Grey
CEO & Irritante Megalomaníaco, Grey Enterprises Holdings Inc.


Ele está tentando ser engraçado, mas eu não estou no humor para
rir. Eu sou um suspiro profundo e volto para a minha
correspondência.

Christian está quieto quando eu entro no carro a noite.

“Oi”, eu murmuro.
“Oi”, ele responde, cautelosamente, como ele deveria.
“Invadiu o trabalho de mais alguém hoje?” Eu pergunto docemente.
Uma sombra de um sorriso aparece em seu rosto. “Só o do Flynn”.


Oh.

“Da próxima vez que você for vê-lo, eu te darei uma lista de tópicos
que eu quero que seja discutido”, eu sibilo para ele.
“Você parece fora de série, Sra. Grey”.


Eu olho rapidamente para as cabeças de Ryan e Sawyer na minha
frente.

Christian se move ao meu lado.

“Hey”, ele diz calmo e procura a minha mão. A tarde toda, enquanto

eu deveria estar concentrada no trabalho eu estava tentando
descobrir o que dizer para ele. Mas eu fui ficando cada vez mais
brava com o passar do tempo. Eu já tive o bastante do seu
comportamento improvisado, petulante e francamente infantil. Eu
puxo a minha mão da dele – de uma maneira improvisada,
petulante e infantil.

“Você está brava comigo?” ele sussurra.



“Sim”, eu respondo. Evolvendo os meus braços em torno do meu

corpo, eu olho pela janela. Ele se mexe ao meu lado mais uma vez,
mas eu ainda não olho para ele. Eu não entendo porque estou tão
brava com ele – mas eu estou. Realmente muito brava.

Assim que chegamos ao Escala, eu quebro o protocolo e saio do
carro com a minha pasta. Eu adentro no prédio, sem olhar para ver
que está me seguindo.

Ryan entra no saguão atrás de mim e corre para o elevador para
apertar o botão.

“O que?” eu sibilo quando olho para ele. Suas bochechas ficam

vermelhas.

“Desculpa senhora”, ele balbucia.

Christian chega e para ao meu lado para esperar pelo elevador, e
Ryan recua.

“Então não é só comigo que você está brava?” Christian diz de

forma seca. Eu olho para ele e vejo um traço de humor no seu
rosto.

“Você está rindo de mim?” Eu estreito os meus olhos.

“Eu não me atreveria”, ele diz, levantando as suas mãos como se

eu estivesse o ameaçando com uma arma. Ele está com o seu
terno azul marinho parecendo fresco e limpo com o seu cabelo de
sexo bagunçado e olhar inocente.

“Você precisa de um corte de cabelo”, eu resmungo. Virando contra
ele, eu entro no elevador.

“Preciso?” ele pergunta, enquanto tira o cabelo da testa. Ele me
segue.

“Sim”. Eu digito o código do nosso apartamento no painel.

“Então agora você está falando comigo?”

“O necessário”.

“Porque exatamente você está brava? Eu preciso de uma dica” ele

pergunta com cuidado.

Eu me viro e olho para ele.



“Você realmente não tem nenhuma ideia? Sinceramente, para

alguém tão brilhante, você deve ter uma suspeita? Eu não posso

acreditar que você seja tão estúpido”. Ele dá um alarmado passo
atrás. “Você está realmente brava. Eu pensei que nós tivéssemos
resolvido tudo isso no seu escritório”, ele murmura, perplexo.

“Christian, eu só me rendi às suas ordens petulantes. Só isso”. A

porta do elevador abre e eu arranco para fora. Taylor está parado
na entrada.

Ele dá um passo para trás e rapidamente fecha a boca conforme eu
passo por ele.

“Oi Taylor” eu digo.

“Sra. Grey”, ele responde.

Eu deixo a minha pasta na entrada e vou pra a sala principal. Sra
Jones está no fogão.

“Boa noite, Sra. Grey”.

“Oi, Sra. Jones”, eu murmuro mais uma vez. Eu vou direto para a

geladeira e pego uma garrafa de vinho branco. Christian me segue
na cozinha e me olha enquanto eu pego um copo do armário. Ele
retira o paletó e coloca casualmente sobre a bancada.

“Você quer uma bebida?” Eu pergunto super docemente.

“Não, obrigado”, ele diz, sem tirar os olhos de mim, e eu sei que ele
está perdido. Ela não sabe o que fazer comigo. De um lado é
cômico e de outro trágico. Bem, ele que se dane! Eu estou tendo
problemas buscando a minha auto-compaixão desde a nossa
reunião essa tarde. Vagarosamente ele tira a gravata e abre o
primeiro botão da sua camisa. Eu me sirvo com um copo grande de
sauvignon branco, e Christian passa a mão pelos cabelos. Quando
eu me viro, a Sra. Jones desapareceu.

Droga! Ela é o meu escudo humano. Eu tomo um gole de vinho. O
gosto é bom.

“Pare com isso” ele balbucia. Ele dá os dois passos entre nós,

parando na minha frente. Gentilmente, ele coloca uma mecha de
cabelo atrás da minha orelha e acaricia o meu lóbulo com as pontas
dos dedos, enviando um arrepio por todo o meu corpo. É isso o que
eu senti falta o dia todo? O seu toque? Eu balanço a minha cabeça,
fazendo-o soltar a minha orelha e olho diretamente para ele.



“Fale comigo”, ele murmura.

“Para quê? Você não me escuta”.

“Sim, eu escuto. Você é uma das poucas pessoas a quem eu
escuto”. Eu tomo outro gole de vinho.

“Isso é sobre o seu nome?”

“Sim e não. É sobre como você lida com o fato de eu discordar de
você”. Eu olho para ele, esperando-o ficar nervoso.

Ele franze as sobrancelhas. “Ana, você sabe que eu tenho...
problemas. É difícil para eu ir onde é a causa. Você sabe disso”.

“Mas eu não sou uma criança, e eu não sou uma propriedade”.

“Eu sei”, ele assente.

“Então pare de me tratar como seu eu fosse”, eu suspiro,

implorando a ele.

Ele passa os seus dedos pela minha bochecha e leva a ponta do
dedo para o meu lábio inferior.

“Não fique brava. Você é tão preciosa para mim. Como uma
propriedade sem preço, como uma criança”, ele sussurra, com uma

sombria e reverente expressão no seu rosto. Suas palavras me
distraem. Como uma criança. Preciosa como uma criança... uma
criança seria preciosa para ele!

“Eu não sou nenhuma dessas coisas, Christian. Eu sou sua esposa.

E se você ficou sentido porque eu não iria adotar o seu nome, você

deveria ter me dito”.

“Sentido?” Ele franze os olhos, e eu sei que ele está explorando a
possibilidade em sua mente. Ele se endireita de repente, ainda com

os olhos franzidos e olha rapidamente para o relógio no pulso. “A

arquiteta estará aqui em aproximadamente uma hora. Nós
deveríamos comer”. Oh no. Eu gemo. Ele não me respondeu e
agora eu tenho que lidar com Gia Matteo. A bosta do meu dia ficou
ainda pior. Eu faço uma carranca para Christian.

“Essa discussão não está encerrada” eu suspiro.

“O que há mais para discutir?”

“Você pode vender a empresa”.



Christian bufa. “Vender?”
“Sim”.
“Você acha que eu vou achar um comprador no mercado atual?”
“Quanto te custou?”
“Foi relativamente barato”. Seu tom é reservado.
“Então, e se falir?”
Ele sorri. “Nós iremos sobreviver. Mas eu não deixarei falir,


Anastasia. Não enquanto você estiver lá”.
“E se eu sair?”
“E fazer o que?”
“Eu não sei. Alguma outra coisa”.
“Você já disse uma vez que esse é o emprego dos seus sonhos. E


me perdoe se eu estiver errado, mas eu jurei perante Deus,
reverendo Walsh e o grupo dos nossos mais próximos e queridos,
acalentar você, defender suas esperanças e sonhos, e mantê-la

segura ao meu lado”.

“Citar os nossos votos de casamento para mim não é jogar limpo”.

“Eu nunca prometi jogar limpo, pelo que eu me lembro. Além disso”,
ele adiciona, “Você já usou os nossos votos comigo como uma
arma antes”.

Eu bufo para ele. É verdade.

“Anastasia, se você ainda está brava comigo, desconte em mim na
cama mais tarde” Sua voz é de repente baixa e cheia de

sensualidade, seus olhos ardendo.

O quê? Cama? Como?

Ele sorri da minha cara. Ele espere que eu o amarre? Caramba!
Minha deusa interior retira o seu fone do iPod e começa a escutar
com extasiada atenção.

“Sete tons de domingo”, ele murmura. “Estou ansioso para isso”

Whoa!



“Gail!” ele grita bruscamente, e quatro segundos depois a Sra.
Jones aparece. Onde ela estava? No escritório de Taylor?
Escutando? Oh meu Deus.

“Sr. Grey?”
“Nós gostaríamos de comer agora, por favor”.
“Muito bem senhor”.


Christian não tirar os seus olhos de mim. Ele me olha vigilante como
se eu fosse alguma criatura exótica prestes a atacar. Eu tomo um
gole do meu vinho.

“Eu acho que irei me juntar a você em uma taça”, ele diz, e passa

as mãos pelos cabelos novamente.

“Você não vai terminar?”

“Não”. Eu olho para o meu prato de fettuccini mal tocado para evitar
o olhar de censura de Christian. Antes que ele diga alguma coisa,
eu me levanto e retiro os nossos pratos da mesa.

“Gia estará conosco em um momento”, eu murmuro. A boca de

Christian se curva em uma carranca infeliz, mas ele não diz nada.

“Eu cuido disso, Sra. Grey”, a Sra. Jones diz assim que eu entro na

cozinha.

“Obrigada”.
“Você não gostou?” ela pergunta, preocupada.
“Estava bom. Eu só não estou com fome”


Dando-me um sorrisinho simpático, ela vira para limpar o meu prato
e colocá-los na lava-louças.

“Eu vou fazer algumas ligações”, Christian diz, avaliando-me com o
olhar antes de desaparecer no seu escritório.

Eu deixo escapar um suspiro de alivio e vou para o nosso quarto. O
jantar foi estranho. Eu ainda estou brava com Christian e ele não
parece achar que fez algo de errado.

Ele fez? Meu subconsciente ergue uma sobrancelha para mim, e
me encara benevolente por seus óculos em formato de meia-lua.
Sim, ele fez. Ele fez a coisa ficar ainda mais estranha para mim no
trabalho.



Ele não esperou que nós estivéssemos na privacidade da nossa
casa para discutir esse problema. Como ele se sentiria se eu
invadisse o seu escritório, estabelecendo uma regra? E além de
tudo isso, ele quer me dar a SIP! De que jeito eu irei conduzir uma
empresa? Eu sei quase nada de negócios.

Eu olho para fora, para o céu de Seattle que está banhado por uma
névoa rosa claro perolada. Como sempre, ele quer resolver as
nossas diferenças no quarto... um... entrada... quarto de jogos...
sala de TV... balcão da cozinha... Pare! Sempre vira sexo com ele.
Sexo é o seu mecanismo automático.

Eu vou para o banheiro e olho o meu reflexo no espelho. Voltar para

o mudo real é duro. Nós não tivemos que lidar com as nossas
diferenças enquanto estávamos na mossa bolha porque estávamos
tão ligados um ao outro. Mas e agora?
Rapidamente eu volto ao meu casamento, lembrando as minhas
preocupações naquele dia – casar com pressa.

... Não, eu não devo pensar assim. Eu sabia que era Fifty Shades
quando eu casei com ele. Eu só tenho que esperar e tentar
conversar com ele sobre isso.

Eu olho de soslaio para mim no espelho. Eu pareço pálida, e agora
tenho aquela mulher para lidar.

Eu estou usando minha saia lápis cinza e uma blusa sem mangas.
Certo! Minha deusa interior pega o seu esmalte vermelho prostituta.
Eu desfaço dois botões, exibindo um pouco de decote. Lavo o meu
rosto então cuidadosamente refaço a minha maquiagem, aplicando
um pouco mais de máscara que o normal e colocando mais gloss
nos meus lábios. Abaixando, eu escovo os meus cabelos
vigorosamente da raiz para as pontas. Quando me levanto, meu
cabelo é uma névoa castanha ao meu redor que cai nos meus
seios. Eu os coloco artisticamente atrás da orelha e saio à procura
dos meus saltos, ao invés das rasteiras.

Quando eu volto para a sala principal, Christian tem os projetos da
casa espalhados pela mesa de jantar. Ele colocou uma musica para
tocar no aparelho de som. Ele me para no caminho.

“Sra. Grey”, ele diz calorosamente enquanto olha zombeteiro para

mim.

“O que é isso?” Eu pergunto. A música é incrível.



“É um réquiem. Você parece diferente”, ele diz, distraído.
“Oh. Eu nunca ouvi antes”.
“É bem calma, relaxante”, ele diz e ergue uma sobrancelha. “Você


fez algo com o seu cabelo?”
“Escovei”, eu murmuro. Eu sou transportada pelas vozes


assombrosas. Abandonando os planos sobre a mesa, ele anda até
mim, um leve passeio no tempo da música.

“Dança comigo?” ele sussurra.

“Isso? É um réquiem”. Eu chio, chocada.

“Sim”. Ele me puxa para os seus braços e me segura, afundando o
nariz em meu cabelo e passando gentilmente de um lado para o
outro. Ele cheira divinamente como ele mesmo.

Oh... eu senti tanto a falta dele. Eu envolvo meus braços em volta
dele e luto com a vontade de chorar.

Porque você é tão irritante?

“Eu odeio brigar com você”, ele sussurra.
“Bom, pare de ser tão estúpido”.
Ele ri e o som reverbera através do seu peito. Ele aperta os braços


em mim. “Estúpido?”
“Idiota”.
“Eu prefiro estúpido”.
“Você deveria. Combina com você”.


Ele ri mais uma vez e beija o topo da minha cabeça.

“Um réquiem?” Eu murmuro um pouco chocada que estejamos
dançando isso.

Ele encolhe. “É somente uma adorável peça de musica, Ana”.

Taylor tosse discretamente na entrada, e Christian me solta.

“Srta. Matteo está aqui”, ele diz.

Oh ótimo!

“Deixe-a entrar”, Christian diz. Ele estende os braços e aperta as
minhas mãos enquanto a Srta. Gia Matteo entra na sala.

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