terça-feira, 16 de outubro de 2012



CAPÍTULO 6


"Você tem algo em mente?" Christian murmura, prendendo-me com seu olhar
ousado. Eu dou de ombros, de repente, sem fôlego e agitada. Não sei se foi a
perseguição, a adrenalina, o meu humor mais cedo –
não sei explicar, mas eu
quero isso, e quero rude. Uma expressão perplexa passa rapidamente pelo
rosto de Christian.

"Uma foda bem safada?" Ele pergunta, suas palavras numa carícia suave.

Concordo com a cabeça, sentindo meu rosto pegar fogo. Por que me sinto
envergonhada com isso? Já fiz todo o tipo de sacanagem com esse homem. 
Ele é meu marido, porra! Estou envergonhada porque dessa vez sou eu quero
e eu estou com vergonha de admitir? Meu subconsciente olha pra mim. Não
pense demais.

"Tenho carta branca?" Ele me pergunta sussurando, olhando-me
especulativamente como se estivesse tentando ler minha mente.

Carta Branca? –
Puta merda –
no que isso implica? "Sim", eu murmuro
nervosamente, enquanto a excitação cresce dentro de mim. Ele me dá um
lento sorriso sexy.

"Venha", diz ele e puxa-me para as escadas. Sua intenção é clara. Sala de
jogos! Minha deusa interior desperta de seu sono pós-sexo no R8, olhos
arregalados e ansiosa para ir.
No topo das escadas, ele solta minha mão e destranca a porta sala de jogos. A
chave está no chaveiro que tem escrito ‘Isso Seattle’ que eu o dei há não muito
tempo atrás.

"Depois de você, Sra. Grey," ele diz e abre a porta.

A sala de jogos tem um tranquilizador cheiro familiar, de couro, madeira e
polimento recente. Eu coro, sabendo que a Sra. Jones deve ter vindo aqui fazer
a limpeza enquanto estivemos fora na nossa lua de mel. Enquanto entramos,
Christian acende as luzes e as paredes vermelho-escuro são iluminadas com 
luz suave e difusa. Eu fico olhando para ele, a antecipação correndo forte e
pesado nas minhas veias. O que ele vai fazer? Ele tranca a porta e se vira.
Inclinando a cabeça para um lado, ele me olha pensativo e depois balança a
cabeça, achando graça.

"O que você quer, Anastasia?", Ele pergunta gentilmente.

"Você". Minha resposta sai em um sopro.



Ele sorri. "Sou seu. Desde que surgiu no meu escritório pela primeira vez."

"Surpreenda-me, então, Sr. Grey."

Sua boca se torce com humor reprimido e promessa carnal. "Como quiser, Sra.
Grey." Ele cruza os braços e levanta um longo dedo indicador aos lábios,
enquanto me avalia. "Acho que vamos começar por livrar você de suas
roupas." Ele dá um passo a frente. Agarrando a frente da minha jaqueta jeans 
curta, ele abre e a puxa pelos meus ombros e ela cai no chão. Ele segura a
barra da minha camiseta preta.

"Levante os braços."

Eu obedeço, e ele a retira pela minha cabeça. Inclinando-se, ele me dá um
beijo suave nos lábios, os olhos brilhando com uma mistura atraente de luxúria
e amor. A camiseta se junta ao meu casaco no chão.

"Tome", eu sussurro olhando nervosamente para ele enquanto removo o laço 
de cabelo em volta do meu pulso e dou para ele. Ele para, e seus olhos se
arregalam brevemente, sem demonstrar nada. Finalmente, ele pega o pequeno
prendedor.

"Vire-se", ele ordena.

Aliviada, sorrio para mim mesmo e obedeço imediatamente. Parece que
superamos esse pequeno obstáculo. Ele junta meu cabelo e o trança com
rapidez e eficiência antes de amarrá-lo com o laço. Ele puxa a trança, trazendo
minha cabeça para trás.

"Bem pensado, Sra. Grey," ele sussurra em meu ouvido, em seguida, morde a
minha orelha. "Agora vire-se e tire sua saia. Deixe-a cair no chão." Ele me solta
e dá um passo para trás, enquanto me viro para olhar para ele. Sem tirar os
olhos dele, solto o cinto da minha saia e deslizo o zíper para baixo. A saia se
abre e cai no chão, ao redor dos meus pés.

"Saia de sua saia", ele ordena. Enquanto dou um passo em sua direção, ele se
ajoelha rapidamente na minha frente e segura meu tornozelo direito.
Habilmente, ele abre minhas sandálias uma de cada vez, enquanto me inclino 
para frente, apoiando-me com uma mão na parede abaixo dos ganchos de
onde costumavam pender os chicotes de couro, varas de equitação e
palmatórias. Os chicotes de couro e os de montaria foram as únicas peças que
foram mantidas. Eu os olho com curiosidade. Será que ele vai usar algum
deles?

Depois de tirar minha sandália, e deixar apenas de sutiã e calcinha, Christian
abaixa-se sobre os calcanhares, olhando para mim. "Você é uma bela vista,
Sra. Grey." De repente, ele se levanta, agarra meus quadris e me puxa para
frente, enterrando o nariz no ápice de minhas coxas. "E cheira a você, a mim e
sexo", diz ele inalando fortemente. "É inebriante." Beija-me através de minhas 
calcinhas de renda, enquanto respiro mais rápido por com suas palavras –




minhas entranhas se derretendo. Ele é tão... safado. Reunindo minhas roupas 
e sandálias, ele as arruma em um movimento rápido e gracioso, como um
atleta.

"Ande e fique ao lado da mesa", diz ele calmamente, apontando com o queixo.
Virando-se, caminha para a antiga cômoda das maravilhas.

Ele olha para trás e sorri para mim. "Olhe para a parede", ele ordena. "Dessa
forma, você não saberá o que estou planejando. Nosso objetivo é agradar, Sra.
Grey, e você queria uma surpresa."

Viro-me para longe dele ouvindo atentamente – meus ouvidos de repente
sensíveis ao menor som. Ele é bom nisso – aumentando minhas expectativas,
alimentando meu desejo... fazendo-me esperar. Eu o ouço colocando minhas 
sandálias no chão e, penso eu, minha roupa na cômoda, seguido pelo barulho
revelador de seus sapatos enquanto caem no chão, um de cada vez. Hmm...
adoro os pés descalços de Christian. Um momento depois, o escuto abrir uma
gaveta.

Brinquedinhos! Oh, eu amo, amo, amo essa expectativa. A gaveta se fecha e
minha respiração fica entrecortada. Como pode o som de uma gaveta deixar-
me tremendo desorientada? Não faz sentido. De repente o aparelho de som é
ligado, o que indica que teremos música. Surge o som de um piano, silencioso
e tranquilo, e os acordes tristes enchem a sala. Não é uma música que eu
conheça. O piano é acompanhado por uma guitarra elétrica. Que música é
essa? É a voz de homem, e eu só posso entender as palavras, algo sobre não
estar com medo de morrer.

Christian se aproxima lentamente de mim, o som de seus pés descalços
caminhando sobre o chão de madeira. Eu o sinto atrás de mim enquanto uma 
mulher começa a cantar... uma música... de lamento?
"Pesado, você disse, Sra. Grey?", Ele fala suavemente no meu ouvido
esquerdo.

"Hmm".

"Você tem que me dizer para parar, se estiver demais. Se você disser ‘Pare’,
eu vou parar imediatamente. Você entendeu?"

"Sim".

"Quero que você prometa."

Eu inalo rapidamente. Merda, o que ele vai fazer? “Prometo", murmuro sem
fôlego, recordando suas palavras mais cedo: Não quero te machucar, mas eu 
fico mais do que feliz em brincar.

"Boa menina". Inclinando-se, ele dá um beijo em meu ombro nu, e em seguida,
coloca um dedo por baixo da alça do meu sutiã e traça uma linha pelas minhas



costas por baixo da alça. Quero gemer. Como ele consegue fazer de um


pequeno toque algo tão erótico?
"Tire isso", ele sussurra em meu ouvido, e rapidamente obedeço e deixo cair 
meu sutiã no chão.


Suas mãos roçam em minhas costas, e ele coloca seus polegares na minha


calcinha e as desliza pelas minhas pernas.
"Saia", ele ordena. Mais uma vez faço o que ele diz, saindo da minha calcinha.
Ele dá um beijo nas minhas costas, parando atrás de mim.


"Vou vendar seus olhos para que seja mais intenso." Ele desliza uma máscara
dessas de companhia aérea sobre meus olhos e meu mundo está mergulhado
na escuridão. A mulher cantando, gemendo incoerentemente... uma melodia
contínua e cheia de sentimentos.

"Relaxe e deite-se reta sobre a mesa." Suas palavras estão suaves. "Agora".
Sem hesitar, me curvo ao lado da mesa e descanso meu corpo sobre a
madeira polida, meu rosto corando contra a superfície dura. Está um pouco fria
contra minha pele e cheira vagamente a cera de abelha e algum odor cítrico.

"Estique os braços para cima e segure a borda." Ok... Avançando, eu agarro a
extremidade da mesa. É extensa, e então meus braços ficam totalmente
esticados.

"Se você soltar, eu vou te bater. Você entendeu?"
"Sim".
"Você quer que eu bata em você, Anastasia?"
Tudo abaixo da minha cintura se aperta deliciosamente. Percebo que queria


isso desde que me ameaçou durante o almoço, e nem a perseguição de carro,
nem o que fizemos depois saciou essa necessidade.
"Sim." Minha voz é um sussurro rouco.
"Por quê?"
Oh... eu tenho que ter um motivo? Putz. Eu dou de ombros.
"Diga-me," ele fala persuasivo.
"Um..."
E do nada ele me dá um tapa bem forte.
"Ah!" Eu grito.




"Quieta agora."

Ele gentilmente esfrega meu traseiro onde me bateu. Então, ele se inclina
sobre mim, seus quadris encostando nos meus, me beija entre os ombros e faz
uma trilha de beijos por toda as minhas costas. Ele tirou sua camisa, então o
pelo do seu peito roça em minhas costas, e sua ereção me pressiona através 
do tecido áspero da calça jeans.

"Abra as pernas", ele ordena.

Separo minhas pernas.

"Mais."

Eu gemo e abro minhas pernas ainda mais.

"Boa menina", ele diz. Ele passa o dedo pelas minhas costas, ao longo da
abertura entre minhas nádegas, e sobre o meu ânus, que se encolhe ao seu
toque.

"Vamos nos divertir um pouco com isso", ele sussurra.

Porra!

Seu dedo continua a descer sobre o meu períneo e lentamente desliza dentro
de mim.

"Estou vendo que está muito molhada, Anastasia. Por mais cedo ou por
agora?" Eu gemo e ele enfia o dedo dentro e fora de mim, mais e mais. Me
empurro contra sua mão, saboreando a intrusão.

"Oh, Ana, acho que é os dois. Acho que você adora estar aqui, assim. Minha".
Gosto –
oh, gosto muito. Ele retira o dedo e me beija com força mais uma vez.
"Diga-me", ele sussurra, sua voz rouca e urgente.

"Sim, adoro" eu choramingo.

Ele me dá um tapa com força de novo e eu grito, e então ele enfia dois dedos
dentro de mim. Ele os retira imediatamente, esfregando minha umidade ao
longo e ao redor do meu ânus.

"O que você vai fazer?" Pergunto, sem fôlego. Oh Deus... ele vai comer minha
bunda?

"Não é o que você está pensando", ele murmura tranquilizador. "Eu te disse,
com isso, um passo de cada vez, bebê." Eu ouço o ruído tranquilo de algum
líquido, presumivelmente de um tubo, em seguida, seus dedos estão
massageando-me lá outra vez. Lubrificando-me... lá! Eu me contorço enquanto
meu medo sobre o desconhecido bate de frente com a minha excitação. Ele me



dá outro tapa, mais embaixo, e então bate em meu sexo. Eu gemo. É... tão
bom.

"Fique parada", diz ele. "Não se mova."

"Ah."

"É um lubrificante." Ele espalha um pouco mais em mim. Eu tento não me
contorcer embaixo dele, mas meu coração está batendo, meu pulso acelerado,
enquanto o desejo e a ansiedade pulsam através de mim.

"Queria fazer isso com você já há algum tempo, Ana". Eu gemo. E eu sinto algo
frio, metalicamente frio, correr pela minha espinha.

"Tenho um pequeno presente para você aqui", Christian sussurra.

Uma imagem dele me mostrando e explicando sobre os brinquedinhos me vem
à mente. Puta merda. Um plug anal.

Christian o esfrega na separação entre as minhas nádegas.

Oh Senhor.

"Vou colocar dentro de você, muito lentamente." Respiro rapidamente, a
expectativa e ansiedade aumentando dentro de mim.

"Vai doer?"

"Não, querida. É pequeno. Quando estiver dentro de você, eu vou te foder
muito forte." Eu praticamente entro em convulsão. Debruçando-se sobre mim,
ele me beija mais uma vez em meus ombros.

"Pronta?", Ele sussurra.

Pronta? Será que estou?

"Sim", resmungo baixinho, minha boca seca. Ele corre outro dedo para baixo
passando pela minha bunda e períneo, deslizando dentro de mim. Porra, é o
seu polegar. Ele envolve meu sexo e seus dedos suavemente acariciam meu 
clitóris. Gemo baixinho... é uma sensação... muito boa. E suavemente,
enquanto seus dedos e seu polegar executam sua magia, ele enfia o plug frio 
lentamente em mim.

"Ah!" Eu gemo bem alto pela a sensação estranha, meus músculos protestando
contra a intrusão. Ele circunda o dedo dentro de mim e empurra o plug ainda
mais, que desliza facilmente, e fico sem saber se é porque estou muito
excitada ou se é porque ele me distraiu com seus eficientes dedos, mas meu 
corpo parece aceitá-lo. É grande... e estranho... lá!

"Oh, bebê."



E posso senti-lo... onde o polegar gira dentro de mim... e o plug pressiona-
se de encontro... oh, ah... Ele torce o plug lentamente, provocando-me um
grande gemido.

"Christian", eu murmuro, seu nome um incompreensível mantra, enquanto me 
adapto à sensação.

"Boa menina", ele murmura. Ele corre sua mão livre para baixo, pelo meu lado
até que atingir meu quadril. Lentamente ele retira o polegar, e ouço o som
revelador de seu zíper abrindo. Segurando o outro lado do meu quadril, ele me
puxa e abre ainda mais minhas pernas, seus pé afastando o meu. "Não saia da
mesa, Ana", adverte.

"Não", murmuro rapidamente.

"Algo pesado? Diga-me se eu estiver sendo muito pesado. Entendeu?"

"Sim", eu sussurro, e ele me enfia e me puxa para ele ao mesmo tempo,
empurrando o plug para a frente, mais profundo...

"Porra!" Eu grito.

Ele para, sua respiração mais difícil e minha respiração se juntando à dele.
Tento assimilar todas as sensações: o delicioso preenchimento, o provocante
sentimento que estou fazendo algo proibido, o prazer erótico que se contorce
dentro de mim. Ele puxa suavemente o plug.

Oh Senhor... Reclamo baixinho, e o ouço respirar forte –
uma respiração
ofegante de puro, absoluto prazer. Aquece meu sangue. Alguma vez já me
senti assim tão devassa... tão –


"De novo?", Ele sussurra.

"Sim".

"Continue esticada", ele ordena. Ele escorrega para fora de mim e me enfia
novamente.

Oh... Era isso que eu queria. "Sim", sussurro.

E ele pega ritmo, a respiração mais difícil, combinando a minha própria
enquanto ele bate de contra mim.

"Oh, Ana," ele suspira. Ele move uma das mãos dos meus quadris e introduz o
plug novamente, puxando-o lentamente, tirando-o e colocando-o dentro. O
sentimento é indescritível, e acho que vou desmaiar sobre a mesa. Ele
continua enfiando enquanto ele me mete, de novo e de novo, movendo-se forte
e duro dentro de mim, minhas entranhas se apertando e tremendo.



"Oh merda", resmungo. Isso vai me rasgar no meio.

"Sim, querida", ele sussura.

"Por favor", imploro e eu não sei pelo quê –
para parar, nunca parar, girar o
plug novamente. Minhas entranhas estão se apertando em torno dele e do
plug.


"Isso mesmo", ele respira, e me dá um forte tapa na minha nádega direita, e eu
gozo –
de novo e de novo, caindo, caindo, girando, pulsando ao redor e ao
redor –
e Christian suavemente retira o plug.


"Porra!" Eu grito e Christian agarra meus quadris e goza em voz alta,
segurando-me no lugar.


A mulher ainda está cantando. Christian sempre coloca músicas na função
repetir. Estranho.


Eu estou enrolada em seus braços em seu colo, nossas pernas entrelaçados,
com a cabeça encostada em seu peito. Estamos no chão da sala de jogos
próximos à mesa.


"Bem-vinda de volta", diz ele, retirando a venda de mim. Eu pisco enquanto
meus olhos se ajustam à luz fraca. Inclinando meu queixo para trás, ele me um
beijo suave nos lábios, os olhos focados em e ansiosamente procurando os
meus. Levanto minha mão para acariciar seu rosto. Ele sorri.


"Bem, cumpri o contrato?", Ele pergunta, divertido.


Eu franzo a testa. "Contrato?"


"Você queria algo mais pesado", diz ele suavemente.
Sorrio, porque simplesmente não consigo evitá-lo. "Sim. Acho que sim..."
Ele levanta as sobrancelhas e sorri de volta para mim. "Fico muito feliz em
ouvir isso Sra. Grey. Você parece muito bem fodida e bonita neste momento."
Ele acaricia meu rosto, seus longos dedos tocando minha bochecha.


"Parece que sim", ronrono.


Ele se abaixa e me beija com ternura, seus lábios suaves e quentes, se
entregando aos meus. "Você nunca me decepciona." Ele se inclina para trás
para olhar para mim. "Como você se sente?" Sua voz é suave, com
preocupação.


"Bem", sussurro, sentindo meu rosto ficando vermelho. "Muito bem fodida."
Sorrio timidamente.


"Por que, Sra. Grey, você tem uma boca tão suja?". Christian finge uma
expressão ofendida, mas posso ouvir seu divertimento.




"É porque estou casada com um menino, muito, muito sujo, Sr. Grey."
Ele me dá um sorriso completamente bobo que é contagiante. "Fico feliz que 
você tenha se casado com ele." Ele gentilmente se apodera da minha trança, 


levanta-a aos lábios, e beija a ponta com reverência, os olhos brilhando com
amor. Oh Deus... Alguma vez consegui resistir a esse homem?
Procuro sua mão esquerda e beijo sua aliança, uma simples faixa da platina


como a minha. "Meu", sussurro.


"Seu", ele responde. Ele enrola seus braços ao meu redor e pressiona seu
nariz em meu cabelo. "Devo preparar um banho para você?"
"Hmm. Só se você se juntar a mim."
"Ok", ele diz. Ele me coloca de pé e ergue-se ao meu lado. Ainda está


usando calça jeans.
"Você vai usar seu... er... jeans?" Ele franze a testa para mim. "Outro jeans?"
"O que você costumava usar aqui."
"Aquele jeans?" Ele murmura piscando com perplexa surpresa.
"Você fica muito gostoso com ele."
"Eu?"
"Sim... Quer dizer, realmente gostoso."
Ele sorri, timidamente. "Bom para você, Sra. Grey, talvez eu use." Ele se inclina


para me beijar e então pega o pequeno pote na mesa que contém o plug anal,


o tubo de lubrificante, a venda, e minha calcinha.
"Quem limpa esses brinquedos?" Eu pergunto enquando o sigto até a cômoda.
Ele franze a testa para mim, como se não tivesse entendido a pergunta. "Eu.
Sra. Jones".


"O quê?"


Ele acena com a cabeça, divertido e envergonhado, acho. Ele desliga a
música.
"Bem –
um..."
"Suas subs costumavam fazer isso?" Eu concluo. Ele encolhe os ombros se


desculpando.
"Tome." Ele me entrega sua camisa e eu a visto, cobrindo-me. Seu perfume
ainda na roupa, e esqueço minha preocupação sobre como o butt plug é limpo.




Ele guarda os objetos na cômoda. Pegando minha mão, abre a porta sala de
jogos, e em seguida, leva-me para fora e escada a baixo. Eu o sigo docilmente.


A ansiedade, o mau humor, o nervosismo, o medo e a excitação da
perseguição de carros se foram. Estou relaxada –
finalmente saciada e calma.
Enquanto entro em nosso banheiro, eu bocejar alto e me espreguiço... em paz
comigo mesma para variar.


"Que foi?" Christian pergunta enquanto abre a torneira.


Sacudo a cabeça.


"Diga-me," ele pergunta suavemente. Ele derrama o óleo de banho de jasmim
na água, enchendo a sala com seu aroma doce, sensual.


Eu coro. "Eu me sinto melhor."


Ele sorri. "Sim, você já estava com um humor estranho hoje, Sra. Grey."
De frente para mim, ele me puxa em seus braços. "Sei que está preocupada
com os últimos acontecimentos. Sinto muito por ter se envolvido. Eu não sei se
é uma vingança, um ex-empregado, ou um rival de negócios. Se alguma coisa
acontecesse com você por minha causa –" Sua voz se torna um sussurro de
dor. Eu envolvo meus braços em torno dele.


"E se alguma coisa acontecer com você, Christian?" Coloco em palavras meu
medo.


Ele olha para mim. "Nós vamos dar um jeito nisso. Agora vamos tirar você
desta camisa e entrar no banho."


"Você não deveria falar com Sawyer?"
"Ele pode esperar." Sua boca endurece, e eu sinto uma pontada súbita de pena
por Sawyer. O que ele fez para aborrecer Christian?


Christian me ajuda a tirar sua camisa, e em seguida, franze a testa enquanto
me viro para ele. Meus seios ainda ter hematomas desbotados das mordidas 
de amor que ele me deu durante nossa lua de mel, mas eu decido não
provocá-lo sobre elas.


"Será que o Ryan conseguiu pegar o Dodge?"


"Vamos ver, após este banho. Entre." Ele estende sua mão para mim. Entro na
perfumada água quente, e sento-me timidamente.


"Ow." Minha bunda está sensível, e a água quente faz-me estremecer.


"Devagar, bebê", adverte Christian, mas enquanto fala, uma sensação
desconfortável se instala.




Christian se despe e entra atrás de mim, me puxando para seu peito. Me
aconchego entre suas pernas, e nos deitamos relaxadamente, satisfeitos na
água quente. Corro meus dedos pelas suas pernas, e segurando minha trança
com uma mão, ele a gira suavemente entre os dedos.

"Temos que dar prosseguimento com os planos para a nova casa. Mais tarde 
esta noite?"

"Claro." Aquela mulher está vindo novamente. Meu subconsciente olha por
cima do volume três das Obras Completas de Charles Dickens e dá um olhar 
de raiva. Concordo com meu subconsciente. Eu suspiro. Infelizmente, projetos
de Gia Matteo são de tirar o fôlego.

"Tenho que arrumar minhas coisas para o trabalho", eu sussurro.

Ele fica imóvel. "Você sabe que não tem que voltar a trabalhar", murmura.

Ah, não... De novo não. "Christian, já discutimos isso. Por favor, não volte a
esse ponto."

Ele puxa minha trança e meu rosto inclina-se para trás. "Estou só dizendo..."
Ele dá um beijo suave em meus lábios.

Eu coloco uma calça de moletom e uma camiseta, e decido buscar minhas
roupas no quarto de jogos. Enquanto caminho através do corredor, ouço a voz
alta de Christian vindo de seu escritório. Eu congelo.

"Onde diabos você estava?"

Oh merda. Ele está gritando com Sawyer. Encolhendo-me, subo as escadas
para a sala de jogos. Eu realmente não quero ouvir o que ele tem a dizer a ele

eu ainda acho a voz alta de Christian intimidante. Pobre Sawyer. Pelo menos
eu posso gritar de volta.
Eu recolho minhas roupas e os sapatos de Christian, e então, noto que o
pequeno pote de porcelana com o plug anal ainda está em cima da antiga
cômoda. Bem... Acho que eu deveria limpá-lo. Eu o coloco na pilha e desço as
escadas, indo embora. Olho nervosamente para sala grande, mas tudo está
calmo. Graças a Deus.

Taylor estará de volta amanhã à noite, e Christian normalmente fica mais calmo
quando ele está por perto. Taylor está de folga hoje e amanhã passará o dia
com a filha. Pergunto-me despretensiosamente se algum dia vou chegar a
conhecê-la.

Sra. Jones sai da lavanderia. Levamos um susto.

"Sra. Grey –
Não tinha te visto aí." Oh, eu sou a Sra. Grey agora! "Olá, Sra.
Jones".



"Seja bem-vinda e parabéns." Ela sorri.

"Por favor, me chame de Ana".

"Sra. Grey, eu não me sentiria confortável fazendo isso.” Oh! Por que as coisas

tem que mudar só porque eu tenho uma aliança no meu dedo?

"Gostaria de dar uma olhada no cardápio da semana?", Ela pergunta, olhando 
para mim com expectativa.

Cardápio?

"Um..." É uma pergunta que eu não estava esperando.

Ela sorri. "Desde que vim trabalhar para o Sr. Grey, todas as noites de domingo
eu confiro o cardápio da próxima semana com ele e tomo nota de tudo o que
ele poderia precisar do supermercado."

"Entendo".

"Devo levá-las para você?"

Ela aponta para minhas roupas.

"Oh... um. Na verdade, eu ainda vou dar uma olhada nelas." E elas estão
escondendo o pote com o plug anal! Eu fico vermelha. É um milagre que ainda
consiga olhar a Sra. Jones no olho. Ela sabe o que a gente faz – ela limpa a
sala. Nossa, é muito estranho não ter privacidade.

"Quando quiser, Sra. Grey. Eu ficaria muito feliz em resolver todas as coisas
com você."
"Obrigado." Somos interrompidas por um pálido Sawyer, que sai do escritório 
de Christian e rapidamente atravessa a grande sala. Ele nos dá um breve
aceno, não olhando nenhuma de nós no olho, e se esgueira para o escritório
de Taylor. Fico grata por sua interrupção uma vez que não quero discutir
cardápios nem sobre plug anal com a Sra. Jones agora. Oferecendo-lhe um
breve sorriso, eu fujo de volta para o quarto. Será que eu vou me acostumar a 
ter empregados à minha disposição? Sacudo a cabeça... um dia, talvez.

Largo os sapatos de Christian no chão e minhas roupas sobre a cama, e levo o
pote com o plug anal para o banheiro. Olho para ele com desconfiança. Parece
bastante inofensivo, e surpreendentemente limpo. Não querendo mais ficar
olhando para qquilo, e eu o lavo rapidamente com água e sabão. Será que e o
suficiente? Vou ter de perguntar ao Sr. Especialista em sexo se deveria ser
esterilizado ou algo assim. Tremo com o pensamento.

Fico feliz que Christian tenha reformado a biblioteca para mim. Ela agora abriga
uma linda mesa branca de madeira na qual posso trabalhar. Tiro meu laptop e 
confiro minhas anotações sobre os cinco manuscritos que li na lua de mel.



Sim, já tenho tudo que preciso. Uma parte de mim teme voltar a trabalhar, mas
nunca poderia dizer isso para Christian. Ele aproveitaria a oportunidade para
me fazer largar o emprego. Lembro-me da reação surpresa de Roach, quando
lhe disse que iria me casar e com quem, e como, pouco depois, a minha vaga
foi confirmada. Percebo agora que é porque eu estava me casando com o
chefe. O pensamento é indesejável. Não estou mais substituindo o editor-geral

Eu agora sou Anastasia Steele, Editora-geral.
Ainda não criei coragem para dizer a Christian que não vou mudar meu
sobrenome no trabalho. Acho que minhas razões são sólidas. Eu preciso de
alguma distância dele, mas sei que haverá uma briga, quando ele finalmente
souber disso. Talvez eu devesse discutir isso com ele esta noite.

Sentada na minha cadeira, começo minha última tarefa do dia. Olho para o
relógio digital do meu laptop, que me mostra que é sete da noite. Christian
ainda não saiu de seu escritório, então tenho tempo. Removendo o cartão de
memória da câmera Nikon, eu o coloco no laptop para transferir as fotografias.
Enquanto carrego as fotos, reflito sobre o dia de hoje. Ryan já voltou? Ou ele
ainda está a caminho de Portland?

Ele pegou a mulher misteriosa? Christian tem notícias dele? Quero algumas
respostas. Não me interessa que está ocupado, eu quero saber o que está
acontecendo, e de repente me sinto um pouco ressentida por ele estar me
escondendo coisas. Me levanto, com a intenção de confrontá-lo em seu
escritório, mas enquanto eu o faço as fotos dos últimos dias da nossa lua de
mel surgem na tela.

Puta merda!

Fotos e mais fotos de mim. Dormindo, muitas de mim dormindo, meu cabelo
sobre meu rosto ou espalhado por todo o travesseiro, lábios entreabertos...
merda –
chupando meu polegar. Não chupava meu polegar há anos! Tantas
fotos. Não sabia que ele as tinha tirado. Há algumas fotos que ele tirou de
longe, sem eu saber, incluindo uma de mim debruçada sobre a amurada do
iate, olhando melancolicamente para a distância. Como não percebi ele as
tirando? Sorrio para as fotos de mim enrolada embaixo dele e rindo –
meu
cabelo voando enquanto fazia força, lutando contra seus dedos que me
atormentavam com cócegas. E há uma minha e dele na cama na cabine
principal que ele tirou com o braço esticado. Estou abraçada em seu peito e ele
olha para a câmera, jovem, maravilhado... apaixonado.

Sua outra mão segurando minha cabeça, e estou sorrindo como um boba
apaixonada, mas sem conseguir tirar meus olhos de Christian. Oh, meu homem
lindo, seu cabelo bagunçado pós-sexo, seus olhos cinzentos brilhando, seus
lábios abertos e sorrindo. Meu belo homem que não suporta que o façam
cócegas, que não podia suportar ser tocado até recentemente, mas que agora
tolera meu toque. Tenho que perguntar-lhe se ele gosta, ou se ele me permite
tocá-lo para o meu prazer ao invés do dele.



Eu franzo a testa, olhando para sua foto, subitamente esmagada pelos meus
sentimentos por ele. Alguém por aí quer machucá-lo –
primeiro Charlie Tango,
em seguida, o incêndio na GEH, e aquela maldita perseguição de carro. Eu
suspiro, levando minha mão à boca enquanto um involuntário FDP escapa.
Abandonando meu computador, corro para encontrá-lo –
não mais para
confrontá-lo –
apenas para ver que ele está seguro.

Não me preocupando em bater, eu invado seu escritório. Christian está
sentado à sua mesa e falando ao telefone. Ele levanta os olhos em aborrecida
surpresa, mas a irritação no rosto desaparece quando ele vê que sou eu.

"Então você não pode torná-lo ainda melhor?", Diz ele, continuando sua
conversa por telefone, embora não tire os olhos de mim. Sem hesitar, ando em
volta de sua mesa, e ele vira a cadeira de frente para mim, franzindo a testa.
Dá pra ver que ele está pensando o que ela quer? Quando eu me arrasto para
seu colo, as sobrancelhas se levantam em surpresa. Coloco meus braços em
volta do seu pescoço e me aconchego nele. Cautelosamente, ele coloca o
braço em volta de mim.

"Um... sim, Barney. Pode esperar um momento?" Ele encosta o telefone em
seu ombro.

"Ana, o que foi?"

Balanço a cabeça. Levantando meu queixo, ele olha nos meus olhos. Solto
minha cabeça de sua mão, colocando-a sob seu queixo, e me enrosco mais
ainda em seu colo.

Confuso, ele aperta seu braço livre mais firmemente em torno de mim e beija o
topo da minha cabeça.
"Ok, Barney, o que você estava dizendo?" Ele continua, encaixando o telefone
entre a orelha e o ombro, e aperta uma tecla de seu laptop. Uma imagem
granulada em preto e branco de CFTV aparece na tela. Um homem com
cabelos escuros vestindo um macacão claro aparece na tela. Christian
pressiona outra tecla, e o homem caminha em direção à câmera, mas com a
cabeça abaixada. Quando o homem está mais perto da câmara, Christian
congela a imagem. Ele está em uma sala muito branca com o que parece ser 
uma longa fileira de grandes armários pretos à sua esquerda. Deve ser a sala 
principal da GEH.

"Ok Barney, mais uma vez."

A cena recomeça. Aparece uma caixa próximo à cabeça do homem no vídeo 
do CFTV e de repente a imagem se aproxima. Sento-me, fascinada.

"É o Barney que está fazendo isso?" Pergunto baixinho.

"Sim", responde Christian. "Você pode melhorar a imagem de alguma forma?",
Diz a Barney.



A imagem fica borrada, e em seguida, volta a entrar em foco um pouco mais
nítida, o homem olhando para baixo de propósito e evitando a câmera do
CFTV. Enquanto olho para ele, um arrepio de reconhecimento percorre minha
espinha. Há algo de familiar na linha de sua mandíbula. Ele tem um cabelo
preto curto bagunçado que parece estranho e despenteado... e na imagem
recém-tratada, vejo um brinco, uma pequeno argola.

Puta merda! Eu sei quem é.

"Christian", sussurro. "Este é Jack Hyde".

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